》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Angelina Myler's POV
— Vou vomitar de ansiedade — Aaron reclama pela vigésima vez no banco do passageiro. Eu reviro os olhos. Nunca vi alguém conseguir falar tanto em uma viagem de apenas 10 minutos de carro.
O hotel não era tão longe da mansão da família Rivery, já que morávamos na costa oeste da Califórnia, a área mais procurada por turistas e artistas que realizam shows aqui no estado. Obriguei a Aaron me deixar dirigir, porque ele estava branco que nem papel e a qualquer momento podia fazer alguma bobagem na estrada.
Confesso que eu também estava nervosa. Não é todo dia que se conhece famoso assim gratuitamente. Ainda mais quando esse famoso está interessado no seu melhor amigo. Só não batucava meus pés inquietos como os de Aaron porque eles estavam ocupados demais pisando no acelerador e no freio.
Depois de dez minutos que pareceram-me quatro horas, chegamos no hotel mais luxuoso que já vi. Eu e Aaron levantamos as sobrancelhas em surpresa. Já havíamos viajado para 37 países — sim, quantidade igual porque fomos juntos em todas as viagens — e esse é definitivamente uma das melhores hospedagens existentes no mundo. Há uma fonte enorme na frente do hotel. Luzes azuis e verdes decoram a entrada de palmeiras e plantas caríssimas.
Eu dirijo até uma das vagas mais próximas da entrada luxuosa. Quando eu paro, Aaron solta um suspiro, esfregando suas mãos e fechando os olhos. Solto uma risada, apertando o botão de desligar a mercedes e abrindo a porta de sua g63.
— Relaxa, pinscher. O vocalista vai te amar.
Saio do carro, sem nada em mãos além de nossos celulares nos bolsos. Pego o de Aaron, conferindo se há alguma mensagem além da que eu já tinha visto. Nada. Guardo-o de volta e subo as escadas de mármore da entrada. Quando escuto a porta da mercedes fechando, travo o carro, escutando os passos de Aaron atrás de mim.
O hall está vazio, graças à falta de pessoas com dinheiro suficiente para se hospedar naquele local. Eu suspiro aliviada por ter me vestido bem o suficiente. E minhas botas são da Saint Laurent...por favor né?!
Me apoio no balcão da recepção, batucando os dedos impacientemente esperando a recepcionista terminar a ligação.
— Boa noite. Em que posso ajudar? — Ela pergunta, digitando algo em seu computador.
— Boa noite. Estamos aqui para ver o voca...os famosos que estão hospedados aqui. — Me corrijo, lembrando que ainda não temos certeza se é ele. A atendente apenas franze a testa enquanto continua a digitar.
— E vocês tem autorização?! — Cerro os dentes dentro da boca, segurando minha víbora interna e a convencendo de não soltar uma boa. A mulher mal presta atenção no que estou dizendo.
— Liga pra eles. Avisa que é o Aaron e a sua amiga.
Ela solta um suspiro que me faz querer voar em cima dela, mas de qualquer forma para de digitar e faz o que peço. Escuto um barulho de sapato batucando no chão e nem preciso virar para saber que é o otário do Aaron tendo um ataque de pânico.
