》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Angelina Myler's POV
Termino de passar um gloss avermelhado, me olhando com prazer no espelho ao ver que o resultado me agrada. E muito.
Visto uma mini saia de couro preta que nunca havia usado, juntamente com uma blusa de manguinhas curtas mas de gola alta que deixava meu umbigo amostra. Graças a saia curta pra caralho, optei por botas de cano alto e sem saltos. Pego a Chanel que comprei hoje em cima da cama e jogo dentro dela meu gloss, meu celular, carteira e um pote com chicletes.
Aaron aparece no meu quarto logo em seguida, me encarando de boca aberta enquanto pega seu pocket em cima da mesinha de cabeceira e coloca em sua bolsa.
— Você está um arraso! Essa Chanel valorizou você, chanel — Reviro os olhos, sorrindo para ele.
— Você também está impecável. Agora vamos, se não só chegamos nesse show quando ele acabar! — Eu apresso, puxando-o pelo pulso e descendo as escadas.
Minha mãe está na sala resolvendo seus horários em sua agenda. Sorrio para ela, que não nos percebe no cômodo por estar ocupada. Isabella Myler pode até ser loira, mas meus olhos azuis gélidos pertencenna ela. Solto um pigarreio de leve.
— Oi mãe. Já estamos indo, okay? — Aviso a ela, dando um beijo em sua testa. Minha mãe me dá um abraço curto e desajeitado.
— Okay, meu amor. Vocês vão dormir na casa da tia Ashley ou aqui mesmo?
Eu olho para Aaron, buscando por uma resposta rápida do mesmo. Não havíamos pensado nisso. Não quando nas últimas horas tudo que se passava pela nossa cabeça era esse bendito show.
— Acho que aqui, tia Bella. Minha mãe contratou uma equipe de detetização hoje de manhã, e só vamos poder usar a casa daqui há dois dias — Ele explica, se aproximando da minha mãe e dando um beijo em sua bochecha.
— Sim...ok. Só tomem cuidado, porque eu seu pai só volta de viagem depois de amanhã e eu tenho um voo para Milão de uma da manhã — Eu suspiro fundo. Sei que meus pais são super ocupados. E eles ainda tentam me dar atenção, fazendo coisas de família aos domingos e sempre se importando comigo. Mas...eu queria mais. Queria poder estar com eles todos os dias.
Terminamos de nos despedir da minha mãe e vamos correndo para minha bebezinha BMW M8. Abro o carro e o som de seu alarme me faz delirar. Ganhei-a no meu último aniversário, quando meus pais ganharam minha confiança para começar a dirigir. Deixo a chave nas mãos de Aaron e me dirijo ao banco de passageiro.
— Um arranhão na minha filha e você vai desmentir o ateísmo, porque vai encontrar Jesus hoje — Ameaço. Aaron ri, entrando no carro.
A viagem até o estádio que os garotos iam fazer o show é curta, mas demora um pouco mais que o esperado graças ao trânsito. As ruas estão lotadas de turistas e fãs de Tokio Hotel que vieram apenas para o show dos meninos. Aaron e eu suspiramos, entediados. Gostávamos de dirigir quando havia pistas livres e adrenalina correndo pelas veias.
