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Não mudei minha roupa, porque essa está confortável o suficiente para dançar alguma música boa — se tiver — e não sofrer de calor no processo.

Deixamos os pombinhos Georg e Wendy ir no Audi, já que eles não aproveitaram o tempo deles juntos e sozinhos. Levo Bill Aaron e Gustav no banco de trás e o abusado do Tom no banco de passageiro. Ele coloca músicas de Metallica e eu rio, balançando a cabeça com o ritmo.

Os três garotos atrás de nós reclamam da melodia mas eu e Tom nos divertimos com a irritação deles e cantamos ainda mais alto, fazendo os três bufarem de ódio. Piso fundo no acelerador e passo o Audi preto, dando uma buzinada divertida para Georg.

Chegamos no hotel em menos de sete minutos. Aaron dá graças à Deus quando chegamos no estacionamento e Tom desliga a multimídia. Rio enquanto desligo o carro e saio do mesmo.

— Você e Tom podem ir à merda com esse som do inferno! — Gustav resmunga quando nós dois continuamos a cantarolar Seak and Destroy. O Kaulitz mais velho ri enquanto vai até o loiro e começa a gritar a letra da música no ouvido dele.

Me junto ao guitarrista e grito a letra no outro ouvido de Gustav, fazendo o garoto urrar e estapear nossos ombros. Rimos, satisfeitos por irrita-lo o suficiente. Faço um high-five com Tom antes de nos separarmos e seguirmos até a entrada do hotel. Eu sorrio, um pouco besta.

Tipo, é estranha essa proximidade que adquiri com o Kaulitz desde aquele almoço idiota. Parece que evoluimos a cada segundo que se passa, e isso é...bom, eu acho. Se eu tivesse bem do juízo, enxergaria todos os quatro garotos como irmãos, como eu vejo Aaron. Um amigo tão tão íntimo que chega parecer meu sangue.

Mas não é o que acontece com Tom. E eu tenho certeza que não tem nada a ver com o fato do moreno ser guitarrista.

Ele tem esse jeito de cafajeste que faz qualquer garota enlouquecer. Seus dedos hábeis fazem com que eu imagine coisas consideradas ilícitas, como uma pré adolescente que acaba de descobrir como funciona sexo. Ele toca guitarra, eu fico excitada. Ele mexe o piercing, eu só falto morrer em pé. Ele dá um sorriso, eu já estou pronta dentro do caixão. Chega a ser irritante.

Além de que Tom é engraçado. Sua companhia é muito legal e qualquer coisa que ele fala me faz rir com facilidade. Refletir sobre isso me faz perceber que a atração que sinto pelo Kaulitz não é por causa daquela guitarra estúpida que ele toca...e sim pelo que ele é.

Não é como Henry. Definitivamente não. Mas não vou admitir isso. Nunca.

— Não estão cansados? — eu questiono para o trançado, querendo quebrar o silêncio ao perceber que estamos sozinhos. Tom sorri um pouco, enfiando as mãos no bolso da calça.

— Eu estou um pouco. Acho que os garotos ainda estão no pique porque eles não tocaram mais de um instrumento. Sinto como se um caminhão tivesse passado por minhas costas — o garoto diz, massageando seu trapézio.

Solto um suspiro, sentindo pena do mesmo. Todos os garotos trabalharam duro, é claro, mas Tom...ele está tocando guitarra, ajeitando os sons de teclado e controlando o painel eletrônico. Não duvido que esteja se sentindo como um morto perambulando pelo planeta.

Empurro seu ombro de forma divertida, sorrindo um pouco.

— Soca a a cara do Henry e quem sabe...eu não te dou uma massagem nas costas antes de dormir, hm? — não acredito que aquela proposta saiu dos meus lábios, mas o Kaulitz sorri sugestivamente, passando seu braço pelo meu ombro e acariciando o mesmo. Um calor repentino me aconchega com sua aproximação.

— Agora eu estou motivado — ele devolve, me fazendo revirar os olhos. Rimos e seguimos juntos para o salão de festas do hotel, onde está ocorrendo a festa. Deixo aquele braço de Tom ao meu redor, não porque Henry vai estar lá, mas...porque quero.

STARBOY || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora