》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Angelina Myler's POV
— ELE ESTÁ AQUI! — eu grito, abrindo a porta do quarto de Aaron com tudo. Minhas mãos tremem com a mensagem que acabei de receber no Instagram. Aaron se levanta rapidamente da cama, largando o livro de suas mãos com o susto. — Caralho, pinscher, ele está aqui!
Coloco as mãos nas laterais da cabeça, tentando me acalmar enquanto ando de um lado para o outro pela enorme suíte. Cacete. Cacete. Cacete. Mordo meu lábio inferior.
— Quem?! Quem está aqui?! — ele se levanta da cama, me parando no meio de seu quarto e tomando o celular da minha mão. Aaron lê as mensagens com a respiração acelerada. Ele franze o cenho, arregalando os olhos logo em seguida. — O que a porra do seu modelinho alemão está fazendo aqui na Califórnia?!
Engulo em seco, dando de ombros e gaguejando ao procurar uma resposta para a pergunta que eu mesma faço para mim.
— E-ele falou que estava com saudades e queria me ver. Puta que pariu Rivery! O cara pegou um avião do Brasil pra a Califórnia só para me ver! E eu nem sequer gosto dele! — cuspo, assustada com tudo isso.
O que diabos eu vou dizer pra o Matteo? Não é como se eu pudesse dar um fora nele, visto que o cara viajou por quase um dia e atravessou a América para me ver. Mas também não posso falar que sinto algo por ele porque seria uma completa mentira. Engulo em seco. Cristo, tem como ficar pior?!
—Respira. Respira, Chanel — Aaron apoia suas mãos em meu ombro, tentando me acalmar. Eu lambo os lábios, contendo a tremedeira que assola meus membros. — Quando ele quer te ver?!
— HOJE! — eu exclamo, a voz aguda de desespero. Aaron arregala os olhos.
— Angelina, porra — ele tira as mãos do meu ombro para coçar o cabelo, nervoso — hoje os garotos voltam para a Califórnia. Temos que buscá-los.
Caralho. Fecho os olhos com força, sentindo meu estômago embrulhar. Tinha sim como ficar pior. Bufo uma risadinha, começando a gargalhar sem parar, sentindo o furor transpirar por todos os meus poros e me cegar com uma aflição idiota. Rio até me acabar, sentindo as lágrimas consequentes das gargalhadas molharem minhas bochechas.
— Para de rir, sua psicopata! — Aaron me repreende, embora um sorriso de ladinho envolva seus lábios. Eu finalmente abro os olhos, sorrindo para ele.
— O que eu vou fazer, porra? — pergunto, ainda me recuperando da crise de risos.
Eu mal me lembrava disto. Pensei tanto no que faria quando visse o Kaulitz novamente, — tanto — que havia me esquecido sobre o fato de ser hoje a volta dos garotos. Meu coração dispara e um suspiro fundo, tentando controlar as sensações que correm através da minha pele.
