》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Angelina Myler's POV
Aperto a alça da mochila e fecho a porta do passageiro da minha M8 mecanicamente. Aaron me mostra um de seus sorrisos sem dentes enquanto trava o carro e saí do banco de motorista. Lambo os lábios, me sentindo detestável.
— Obrigada por vir comigo para a escola hoje, pinscher — eu agradeço, começando a patinar pelo asfalto como a porra de um pinguim. Cristo, não tenho energia sequer para caminhar direito.
Eu nunca, nunca me senti tão instável como estou. Esse final de semana foi, tranquilamente, o pior de toda a minha vida. Minha casa só não foi invadida pela maldita imprensa por conta dos inúmeros seguranças que meu pai possuí.
E a minha aparência? Pareço um caco de vidro perambulando pela Califórnia. Minha mãe me emprestou uma de seus chinelos peludos da sua marca renomada. Chinelos. Eu nunca usei isso, e para acrescentar ainda mais, estou de coque com um lápis prendendo-o. Incontáveis espinhas brotaram em meu rosto graças a minha ansiedade que me fez comer todos os chocolates da casa e... simplesmente estou exausta.
— Sabe que não foi nada, Chanel — Aaron me dá uma cotovelada amigável antes de pegar minha bolsa das minhas costas e carregá-la para mim. Eu agradeço num murmuro silencioso. — porta dos fundos?!
Porra. Meu estômago revira ao perceber que, sim, eu teria que lidar com as fãs do Kaulitz na escola também. Estava tão preocupada com os jornalistas e paparazzis que esqueci o pior de tudo: as fãs malucas. Solto um gemido de dor, sentindo minhas visceras sucumbirem.
— Sim, por favor — concordo.
Devagar, caminhamos até os fundos da escola, meu chinelo causando atrito com o asfalto enquanto o silêncio dos tênis caros de Aaron me acompanham. Eu aperto os livros em meus braços contra meu peito, meus ante-braços pedindo socorro enquanto carregam a caralhada de simulados do SAT que estou levando para todos os lados.
Eu posso ter ficado em um estágio vegetativo esse final de semana. Mas, ao menos consegui estudar bastante.
Aaron abre a porta da saída de incêndios e nós dois entramos. As escadas cinzentas me dão oi como se a nova coloração fosse característica da minha vida. Subimos os degraus em passos pequenos e longos, porque quero evitar o máximo qualquer tipo de interação com qualquer ser humano que não seja o pinscher.
Ultimamente tenho andado apenas com ele. Falei com meus pais no dia do...ocorrido, e então não os vi mais. Fiquei trancada no quarto fazendo e refazendo todos os simulados da porra do SAT. até chegar em cinquenta segundos para duas questões.
