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Angelina Myler's POV

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Angelina Myler's POV

A melhor decisão que tomei sobre essa festa foi: não queria príncipe.

Não. Eu queria mesmo valsar com meu pai, rir de suas piadas e passar todo o ritual de príncipe e princesa com ele. Minha mãe e minha tia não gostaram da ideia, mas meu pai amou. Elas até mandaram eu chamar Aaron pra ser meu príncipe, mas que graça teria? O coitado ficaria todo sem jeito com toda aquela gaydar aflorada nele. Rio com o pensamento.

Quando entro no salão de valsa com meu pai, não penso em mais nada. Todos suspiram e vejo flashs de câmera em todo canto, até mesmo de alguns repórteres. Eu sorrio, tentando lidar com todas aquelas luzes brancas, os suspiros fundos dos convidados ao me verem e a pressão de dançar bem e não cair em cima desses saltos.

Meu pai me guia até o centro do salão e nos posicionamos frente à frente. Ele pega minha mão gentilmente e nós aguardamos a música começar. A mini orquestra no fundo do salão começa a tocar e nós dois deslizamos pelo salão, meu pai rindo pela milésima vez por eu ter escolhido a música de lago dos cisnes.

Nós vamos de um lado para o outro, meu pai me gira e meu vestido rodopia pelo salão como em um filme medieval, fazendo todos suspirarem. Eu sorrio, voltando para os braços dele e continuando a música. É tudo calmo e sereno, como fora nos ensaios. A presença do meu pai sempre me tranquiliza e, por alguns minutos, eu esqueço que tem quase duzentas pessoas nos encarando.

— Eu gostei muito daqueles seus amigos, mas só encontrei dois. — Meu pai comenta no meio da valsa, quebrando o clima silencioso — Os outros não virão?

— Eles estavam resolvendo a hospedagem do hotel — explico — devem estar por aí agora.

— Claro. E qual é o que você está de olho?! — Meu pai tenta ser descolado comigo, mas vejo seu pomo de adão se mexer com a engolida em seco tensa que ele dá. Eu coro, revirando os olhos meio sem jeito.

— Pai, pelo amor de Deus. Não vou falar disso com o senhor — eu alerto, rindo ao vê-lo suspirar fundo de alívio.

— É claro. Obrigada por poupar o pobre coração do seu velho.

Rio, negando com a cabeça e continuando em silêncio enquanto giramos pelo salão. Sinto meus pelos da nuca se arrepiarem e estreito os olhos. Conduzo meu pai para que ele gire e eu possa ver o que antes estava em minhas costas. Eu olho na direção e meus batimentos cardíacos aceleram quando finalmente o vejo de perto.

Depois de um completo mês sem vê-lo, eu fico tão estonteante que meus pés travam por alguns milésimos de segundo. Ele sorri para mim, cutucando o piercing no lábio e se escorando em uma das mesas do jantar. Minhas pernas quase falham com aquela visão: Tom Kaulitz de terno.

Só volto a dançar quando meu pai me cutuca pela cintura, acordando-me do transe. Mas de qualquer forma, não deixo de observar o garoto. Ele está com uma camisa preta social e sem gravata, os dois primeiros botões abertos. Seu smoking tem uma lavagem azul marinho forte, quase preto, e os pés estão calçados com sapatos sociais. Quase rio com a visão. Achei que nunca fosse ver Tom Kaulitz com sapatos sociais.

STARBOY || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora