》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Tom Kalitz's POV
— A-angelina, porra — eu arfo, revirando os olhos.
As reboladas em cima do meu pau se cesam automaticamente. Eu quase solto um guincho de ódio pela princesa ter parado de quicar em mim até lembrar que...merda. Arregalo os olhos e encaro a loira em cima de mim. Aí meu Deus.
Sim, a mesma garota de Gold Coast, a mesma que, mesmo sem conhecê-la, fez Angelina morrer de ciúmes por mim. Culpa da porra do álcool e seu efeito em meu estômago, que me envolveu em raiva e me fez voltar para a mesma balada da Austrália apenas para ficar de verdade com a garota.
Minhas bochechas ficam coradas o suficiente para que fiquem quentes, mas eu agradeço aos Céus por este quarto ter uma luz led vermelha imbutida. Me ergo na cabeceira ao encontrá-la gargalhando de nervoso.
— Me desculpa — é tudo que eu consigo dizer — sério...eu não...
— Está tudo bem, você ao menos me avisou. Fui eu que não....eu só não estou acostumada com isso — ela sorri amarelo, me encarando com desespero estampado.
Claro. Ninguém é acostumado a escutar o parceiro de cama gemer o nome de outra pessoa. Caralho. Que vergonha.
Eu passo as mãos pelas tranças enquanto a garota saí de cima de mim, deitando ao meu lado. Reviro os olhos e agarro o controle do ar condicionado, diminuindo a temperatura para que eu pare de suar. Cacete. Acho que vou começar a usar viagra, porque sem Angelina comigo, essa porra de pau não ergue nem com pacto.
Quase rio. Jesus. Se isso não fosse tão humilhante e triste, acho que estaria chorando de rir com essa garota agora mesmo. Que tipo de homem geme o nome de outra garota durante uma foda? Cristo, me sinto como um velho de sessenta anos que esqueceu como se transa.
— Eu nem sei o que dizer, Claire — eu começo, encarando o teto branco. Uma risadinha ecoa do meu lado.
— É Blaire, na verdade. — minhas bochechas avermelham-se ainda mais, e eu fico com vontade de me enfiar em baixo da cama. — E...está tudo bem. Na verdade, eu que peço desculpas. Disse que ia te ajudar e...sei lá, parece que só piorei a situação.
— Você não fez nada — um sorriso morto brota em meus lábios — é só que...não tem como piorar a minha situação.
Lambo os lábios, fechando os olhos para que eles não demonstrem o vazio e a tristeza que estou sentindo nos últimos dias. Minhas performance nos shows não estão mais aa mesmas e o público está começando a perceber isso. Essa merda toda acabou com minha vida profissional e pessoal. E isso está me matando por dentro.
