》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Angelina Myler's POV
— Está com frio? — Tom pergunta gentilmente para mim, pronto para tirar sua jaqueta quando começamos a caminhar pela praia arenosa da Califórnia. Eu sorrio, negando com a cabeça.
— Estou bem, amor — sorrio, batendo nossos ombros de brincadeira. Tom olha para mim, as íris brilhantes se incendiando à luz da lua cheia. O garoto pega minha mão e entrelaça nossos dedos enquanto andamos sem rumo.
Respiro fundo, tentando levar isso tudo como uma realidade do presente. A maresia bagunça meus cabelos e o barulho do vento ensurda meus ouvidos. Os ruídos das ondas vem e vão, trazendo uma calmaria constante ao meu interior. O polegar do Kaulitz afaga minha palma enquanto continuamos com as mãos coladas. Tento disfarçar os arrepios que seu toque me causam, mas é impossível.
— Eles ainda estão atrás da gente, não é? — questiono, sentindo um desconforto na nuca que só sinto quando me observam. Tom dá de ombros.
— Provavelmente.
Eu engulo em seco. Pode parecer normal para Tom, toda essa atenção da imprensa voltada a ele mas...para mim não é. Nem um pouco. O garoto percebe meu desconforto e aumenta a pressão de sua mão sobre a minha. Sorrio para o nada, grata pelo pequeno gesto de conforto.
Minhas botas se afundam na areia conforme continuamos nossa caminhada, meu sueter protegendo minha pele do frio. Meu cabelo fica grudado na minha cara quando o vento, de repente, se revolta. O Kaulitz ri da minha bufada irritada ao tentar ajeitar a juba de leão.
— Toma — por debaixo dos fios negros cobrindo meus olhos, vejo ele retirar um elástico de cabelo com a mão livre, me oferecendo-o logo em seguida. Franzo a testa, pegando a xuxinha cor de caramelo.
— Isso é meu! — eu o acuso, agarrando o objeto de sua mão. Solto nossas mãos unidas e começo a juntar meu cabelo, pronta para fazer um rabo de cavalo.
— Não — o garoto me impede de prender as madeixas com sua mão no topo da minha cabeça. Ele sorri, me arrastando para uma grande pedra presente ali. Reviro os olhos quando ele indica a rocha, me fazendo sentar em cima dela. Fico ainda mais confusa quando ele pega o elástico de cabelo da minha mão. — Estava em cima da escrivaninha. Você deixou lá quando foi se arrumar.
— E você pegou minha xuxinha favorita com que finalidade?! — questiono, sentindo um selar ser depositado em minha tempora. Minhas bochechas coram quando sorrio, encantada com todo carinho.
— Sei lá. — ele sorri — queria ter uma parte de você comigo quando voltar pro hotel.
Okay. Eu não aguento esse Kaulitz apaixonado. Simplesmente não aguento. Abro um sorriso enorme, tentando controlar todos os meus hormônios que reagem com essa atenção que ele me dá.
