》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Angelina Myler's POV
Engulo em seco, tentando prestar atenção na porra da estrada enquanto sinto os olhos acastanhados em cima de mim, me analisando.
Cacete. Enfio o pé ainda mais fundo do acelerador da Urus, xingando mentalmente os arrepios em minha pele quando Tom me encara daquela forma, mesmo que seja pelo espelho do meio do carro.
— Está bonita Lili — Bill, agarrado com Aaron nos últimos dois bancos de trás do carro, me elogia. Eu olho para ele pelo espelho, sorrindo em agradecimento. — Vai para algum lugar?
Fico sem reação. Abro a boca e a fecho no instante seguinte, visto que não tenho o que dizer. Consigo sentir a observação silenciosa de Tom sobre mim, aguardando uma respostas plausível. Ultrapasso alguns carros na avenida antes de finalmente conseguir falar algo.
— Ah...eu vou sair com um amigo agora de noite. — explico, engolindo em seco — Não iria ter tempo de me arrumar agora, então já fui pronta para o aeroporto.
O silêncio nos abrange. E eu não preciso olhar pelo espelho nem para trás para ter certeza que sim, o Kaulitz está puto. É como se pudesse ver a fumaça saíndo pela suas narinas, o sangue escorrendo de seus olhos e a fúria reinando em seus punhos. Lambo os lábios, pecebendo o quanto eles estão secos.
— 'Tá gostosa — É tudo que Bill fala em meio uma risadinha irônica, me indicando que ele percebe o clima nada escondido entre mim e o irmão. Idiota.
O carro fica em silêncio logo em seguida. Aumento o volume do som, ficando incomodada com a falta de comunicação. Me perco em pensamentos distintos, tentando me concentrar em algum deles mas na verdade os mesclando em uma mistura de questionamentos.
Quando mal percebo, estamos no hotel que os garotos vão ficar hospedados. Eu franzo o nariz ao vê-lo. Não é uma pousada barata, mas...com certeza não é das caras. Quase deixo escapar uma risada. Esses milionários acabaram de ganhar milhares e milhares de dólares com a Tour Mundial e não tem coragem de pagar uma estadia confortável. Senhor.
Paro a Urus no estacionamento do hotel e desligo o motor, fazendo com que os garotos acordem do transe e percebam que já chegamos. Passo meu cotovelo pelo banco e olho para trás.
— Garotos, vou no banheiro do hotel rapidinho e já vou saindo — aviso, suspirando fundo pois queria ficar mais tempo com eles — quando eu voltar passo aqui e a gente conversa melhor. Amo vocês!
— Bom jantar, Lina! — Gustav deseja, lançando um beijo para mim, que retribuo com um sorriso. Aaron me fuzila com um olhar safado e pisca um dos olhos como um aviso de cuidado silencioso. Pisco de volta, o fuzilando.
