STARBOY || Tom Kaulitz

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Angelina Myler's POV

Eu esqueci de falar.

Caso queira fazer alguma...coisa
com esse tal namoradinho,
por favor, peça para ele não
rasga o vestido.

Quero fazer isso quando você voltar para mim.

Discretamente, cruzo as pernas sob a mesa do restaurante chique, escondendo um sorrisinho ao bebericar o vinho tinto. Maldito seja o Kaulitz e o seu efeito sobre mim. Solto um suspiro, descansando a taça novamente na mesa.

Seu cheiro único e viciante, seu piercing roçando meu pescoço, suas mãos tateando todo meu corpo enquanto sua boca solta as palavras mais profanas já ditas...embora eu tente evitar, as lembranças de minutos atrás, presa com o Kaulitz no elevador,  passam pela minha cabeça como ondas eletromagnéticas no vácuo.

Abro o teclado e digito as palavras mais mentirosas que já articulei. Sorrio ao final, enviando a mensagem logo em seguida.

Não vou voltar para você, Kaulitz

— Algum problema? — Matteo pergunta, finalmente percebendo que estou tempo demais no celular.

Fala sério, se não fosse esse meu coração tolo e completamente apaixonado pelo Tom, eu seria maluca por esse modelinho. Ele é um fofo, embora um tanto emocionado. E, sendo bem sincera, sabe como encantar uma mulher. Ficou me esperando no restaurante com um buquê de delicados lírios amarelos misturados com violetas.

Fiquei surpresa com todo seu cavalheirismo.

Depois de puxar a cadeira para que eu pudesse me sentar, Matteo começou a puxar assuntos suaves. Apenas coisas divertidas que fizeram com que conhecêssemos melhores um ao outro. Descobri que a família dele é nobre desde que ele nasceu — sem problemas econômicos como a minha teve há uns anos — e que ele adora patinar no gelo, além de gostar de ler livros sobre conhecimento físico-químico e tudo mais.

Não posso negar que as coisas ficaram mais interessantes depois que descobri seu interesse em termodinâmica e leis da relatividade. Desde então, estamos discutindo sobre tais tópicos, bebericando vinho e esperando os pratos chiques que Matteo optou.

Está sendo legal. Mas...parece mais um encontro de amigos. Matteo pode ser um fofo, mas não desperta nada no meu corpo. Nem uma faiscazinha mínima de interesse. É entediante. Fico esperando algum batimento cardíaco errar, algum poro se arrepiar. Mas não ocorre nada.

O que eu menos quero é comparar Matteo com o Kaulitz, visto que eu quero esquecê-lo, mas...é impossível. Tom doma meu corpo, fazendo-me sentir coisas como nunca senti antes dele. Lambo os lábios secos, buscando palavras.

Deixo o celular de lado, desligando a conversa com o guitarrista. Sorrio para Matteo, seu foco completamente vidrado em mim.

— Apenas Aaron com alguns problemas na resolução de uma atividade de álgebra. Nada demais — minto. Matteo sorri de volta, agarrando a garrafa de vinho e despejando o conteúdo bordo para minha taça — Obrigada, Matt.

— Então — ele começa, me encarando com seus olhos tempestuosos enquanto ergue a mão e começa a contar nos dedos — inteligente, linda, educada, gentil...você é o combo perfeito ou algo do tipo?