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BILL KAULITZ

Quando a madrugada chegou, levei Alana até o quarto, mas não a deixei que entrasse antes de beijá-la.

Eu estava viciado em seus lábios, qualquer oportunidade de os sentir, queria aproveitar.

Retornando ao sofá, eu não demorei para dormir. Quando acordei cedo, Beatrice já estava acordada, preparando algo na cozinha e parecia animada.

-Vejo que alguém acordou de bom humor. - ela se vira para mim com um sorriso.

-Hoje vou dar uma passada por uns apartamentos na cidade. - ela comentou. - Vi pela internet alguns que são muito bons e com aluguel em conta.

-Fico feliz por isso, Trice. Quer que eu lhe acompanhe? - perguntei enquanto comia, ela se sentou a minha frente.

-Acho que não, você deve ter muitos afazeres, eu me viro sozinha. - eu confirmei com a cabeça. - Se bem que, se você pudesse tirar um tempinho, eu gostaria de passar uma noite com você, como nos velhos tempos.

-É uma boa ideia, te aviso quando puder. - respondi animado.

-Depois de tanto tempo sem nos vermos, você mudou muito em três anos. - ela comentou olhando para mim.

-Você acha? - sorri fraco. - Eu não percebi muita diferença em mim, já em você, certamente mudou por completo. - ela deu uma risada baixa.

-Nós crescemos, você está mais maduro que antes e mais alto. - disse. - Mais bonito também.

-Obrigado, Trice. - dei uma risada sem saber como reagir ao elogio. - Você também ficou muito mais bonita.

-Me lembro quando você me dava conselhos amorosos, eu era terrível no amor. - ela disse brincalhona e demos risada. - Mesmo nunca tendo te visto namorando, você parecia saber muito, não tenho dúvidas de que ainda continua ótimo dando conselhos.

-Você sabe que nunca fui de namorar sério, eu só era bom em aconselhar mesmo. - dei de ombros.

-Não chegou a namorar ninguém nesse tempo? - perguntou se mostrando interessada.

-Não, nunca passaram de ficadas.

-E você não sente vontade? - perguntou com um sorrisinho no rosto.

-Nunca parei para pensar nisso, não era algo importante para mim. - fui sincero e logo meus pensamentos são tomados pelo rosto da Alana, acabei soltando um sorriso bobo. - Mas, agora não me parece tão ruim.

Ela abriu um sorriso e mudamos de assunto.

Quando todos estavam acordados, nos dirigimos ao estúdio e trabalhamos por horas, resultou em dia muito produtivo.

Enquanto terminávamos de escrever uma canção, eu me pego observando Alana enquanto conversava com Gustav, seu sorriso único e seu jeito meigo mas intrigante ao mesmo tempo, tudo aquilo me encantava.

Ela parecia se sobressair mais do que qualquer pessoa que já entrou em minha vida.

-O que foi? - ela questionou sorridente, percebendo meu olhar.

Murmurei um "nada" e dei um sorriso de canto, ela fez uma cara desconfiada mas logo voltou a conversar.

Essa garota não é nenhum pouco parecida com as outras meninas com quem já estive me relacionando. E eu tenho a sorte de poder beijá-la, mas ainda não atingi meu objetivo principal: a fazer ser minha por completo.

Quando esse objetivo for atingido, finalmente a mídia vai se calar em relação aqueles rumores absurdos e todos saberão que ela é minha garota.

-Vou pedir um lanche para a gente. - disse Georg pegando o celular.

Garota Nova • BILL KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora