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Era mais um dia de gravação do clipe, minha maquiagem estava pesada novamente e minhas roupas continuavam muito chamativas, agora eu usava um salto que me permitia ficar uns 7 cm mais alta.

Meu cabelo estava volumoso e espalhafatoso, constrastando com meu batom vermelho.

No fim da última filmagem fomos direto para um clube qualquer, naquele dia em especial eu me sentia muito cansada e teria ido para casa, mas decidi acompanhar os garotos.

-Tente não sumir se não quiser um Bill surtado atrás de você. - aconselhou Tom de canto e eu revirei os olhos.

Como se não bastasse a noite em que foram me buscar, no dia seguinte Bill continuou o sermão, de maneira mais calma, mas ainda era um sermão.

Eu precisava de um pouco mais de liberdade, é claro que Bill não me impedia de fazer muitas coisas e quando fazia isso era devido a sua preocupação, mas haviam tantas coisas que eu gostaria de fazer agora que estou longe de meus pais e num país novo.

Queria me aventurar como aconselhou minha mãe, provar de tudo, viver sem pensar nas consequências.

Me livrei de meus pensamentos e me sentei na cadeira de nossa mesa já reservada, fomos muito bem recebidos pelo garçom, cada um pediu sua bebida e ficamos escutando as músicas que o DJ tocava.

-Chegamos na rota final, como se sentem? - Bill questiona nos olhando curiosos.

-Rota final do quê? - Tom pergunta sem entender.

-Do videoclipe. - murmurou um "ah tá".

-Ansiosa para o resultado. - respondi passando as mãos umas nas outras.

-Acho que aliviado e ansioso também. - Gustav responde.

-Aliviados, é claro. - diz Tom se referindo a ele e Georg que sorria.

-Já estão preparados para as entrevistas? - o emo pergunta pegando seu copo que acabava de ser deixado pelo garçom.

-É a melhor parte. - respondi sorridente e tomando um gole da minha cerveja.

-É a melhor parte porque você quase não fala. - comenta Tom irônico, eu o olhei surpresa.

-Eu falo sim! Até mais que você. - ele fez uma careta.

Nós continuamos a discussão e fomos repreendidos por um Georg que só queria relaxar um pouco, então voltamos a normalidade.

Bebemos muito, acho que todos estavam bêbados, Tom dançava na pista de dança com Georg e até Gustav se juntou a eles.

Bill e eu olhamos os três e damos risada.

-São um belo trio, não? - Bill questiona, um pouco mais sóbrio do que eu, certamente. Ele ria olhando para o trio, direcionei meu olhar para o emo, não estávamos muito longe, tanto que eu podia sentir o cheiro de seu perfume.

-Tipo a gente, uma bela dupla. - respondi sem pensar muito bem, Bill me olhou com um sorrisinho, gostou do que havia escutado.

-Com certeza. - concordou tomando um gole de sua bebida. - Quer ir dançar?

Abri um sorriso e confirmei com a cabeça, o acompanhei até a pista de dança que a essa altura já estava cheia, sem perder meu tempo comecei a me mexer com a música eletrônica agitada.

Bill inventava passos comigo, rindo e se divertindo com a coreografia que improvisei na hora.

A música eletrônica se transforma num ritmo mais lento e sensual, trazendo uma batida latina que me era familiar. Passei a me mover de acordo com o ritmo, o garoto sorria em minha frente e segurou minha mão, me fazendo rodar em meio aos passos.

Garota Nova • BILL KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora