Garota Nova • BILL KAULITZ

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-Dá para me contar por quê você está me evitando tanto? - Bill questionava em minha frente de forma inquieta. - Eu já me desculpei pela briga e por não ter falado contigo calmamente, então porquê continua assim?

-Você pode me largar e deixar eu assistir. - fui seca em minha resposta, tentando não olhar o seu rosto decepcionado comigo.

Ele desistiu e saiu sem dizer mais nada.

Algumas semanas se passaram desde que as ameaças se iniciaram, eu não quis pagar para ver o quão catastrófico seriam aquelas fotos espalhadas nas redes sociais e ver minha carreira acabar, sendo que mal tinha acabado de começar.

Eu evitei falar com o Bill o máximo que pude e ele notou isso, desde então procura por respostas. Respostas que ele não vai ter.

Sempre que pensava em falar para ele ou para alguém mais, uma frase em específico me vinha a cabeça. "Diga a qualquer pessoa e juro acabar com seus amigos num show."

A pessoa que me ameaçava não estava sozinha, ela contava com Marcus, seus amigos e sabe-se lá quem, eles tinham armas. Suas ameaças eram claras e não se limitavam a um simples compartilhamento das imagens, eram ameaças a nossas vidas, um atentado.

Eu estava aterrorizada, pensei em inúmeras formas de parar aquilo mas nenhuma me garantia a nossa segurança de verdade. Eles sabiam de tudo o que eu fazia. E eu desconfiava de uma pessoa em específico: Beatrice, eu não tinha provas, mas não havia ninguém mais que fosse meu inimigo e que pudesse me fazer mal.

-Ainda brigados? - Tom aparece, me dando um pequeno susto, meu estado de alerta estava me deixando um pouco paranóica. - Quando vão largar a frescura?

-Por que se importa? - questionei dando uma volta no assunto, não queria ter de responder suas perguntas que já eram previsíveis.

Tom revirou os olhos.

-Não tem uma pergunta menos óbvia que essa? É igual somar 2 mais 2. - respondeu impaciente e sentou ao meu lado. - Você tá chateada?

-Não, não estou. - eu disse olhando a tela da televisão sem sequer prestar atenção, só queria que ele pensasse que eu não estava interessada em lhe escutar e saísse assim como Bill.

-Tá, então o que há de errado? - perguntou e esperou por uma resposta, eu fingi não o escutar dando uma risada de uma cena do filme. - Ah, vai tomar no cu.

Resmungou tomando o controle da minha mão e desligando a televisão, eu reclamei e o vi me olhando sério.

-Começa a falar antes que eu me estresse ainda mais. - mandou com a voz séria.

É claro, ele não era o Bill, não iria sair após ser ignorado.

-Que droga, Tom. Por que você sempre quer se meter? - perguntei grosseira me levantando do sofá e passando do seu lado.

-Porque eu tenho que salvar o dia, é óbvio. - respondeu irônico e me seguindo. - Vocês mal estão se falando desde a noite da festa da cidade, alguma coisa aconteceu.

-Sim Tom, só estou chateada com seu irmão pela forma como ele falou comigo quando descobriu que eu estava com o Marcus. - pronunciei o nome do maldito de olhos verdes com fúria, tudo isso está acontecendo porque caí em sua armadilha. - Feliz agora?

Tom fez uma careta e balançou a cabeça.

-Você tá mentindo, tente novamente. - mandou não convencido com minha resposta e revirei os olhos.

-Se não acredita, para de ser um incoveniente e vai fazer qualquer droga que curte fazer.

Utilizei da mesma grosseria diversas vezes mas aquilo não funcionava com Tom, ele simplesmente ria ou fazia alguma piadinha em cima do que eu falava.