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ALANA GIBSON

Não saí do quarto do Tom, ele permitiu que eu dormisse com ele, passamos a maior parte do tempo calados mas lado a lado. Eu não tinha o que falar e ele não sabia o que falar.

Pensei muito nas palavras do Bill, elas foram convincentes, mas mesmo assim, eu tinha medo de acabar me desiludindo de uma forma que gerasse um trauma muito grande.

-Ainda tá acordada? - ouço a voz de Tom a meu lado, me virei para ele e confirmei com a cabeça, pela pouca iluminação da lua ele conseguiu me ver. - Está muito tarde, vai acabar amanhecendo assim.

-Eu não ligo. - respondi baixo.

-Sei, não diga que não avisei quando estiver desmaiando de sono no estúdio amanhã. - disse profetizando e eu suspirei.

-Não tem problema.

-Olha, normalmente eu costumo deixar as mulheres acordadas a noite toda, mas agora eu agradeceria se você dormisse. - disse com um tom brincalhão e irônico, eu acabei soltando uma risada baixa.

-Só você para me fazer rir agora.

-É sério! A melhor coisa que você faz é esfriar a cabeça e depois pensar direito esse b.o.

-Eu não consigo dormir, é capaz de eu sonhar com aquela cena. - eu revirei os olhos.

-Ah, para com isso. - ele me puxou para deitar em seu peitoral. - Não acredito que vou ter que dar uma de melhor amigo compreensivo agora.

Me posicionei lá e senti sua mão passar lentamente pelos meus cabelos.

-Ele te contou o que realmente aconteceu? - perguntei curiosa.

-Sim, ele disse que ela quem o beijou e não foi retribuída. - continuou passando sua mão.

-Você acredita nele?

-Acredito, o Bill nunca foi de aprontar essas situações, ele sempre foi muito sensível para isso. - respondeu com convicção, eu pensei um pouco e fechei meus olhos.

-Eu também acho que ele não mentiu, mas... mesmo assim, me sinto magoada. Consegue entender? - questiono ainda de olhos fechados, Tom demorou um pouco para responder, como se pensasse.

-Acho que sim. Vocês vão precisar ter uma puta conversa, ainda bem que não namoro e não preciso passar por isso. - eu dei uma risada sincera.

-Esse é outro ponto. Não namoramos.

-Não oficialmente, porque vocês se tratam como namorados a bastante tempo.

-Mas não tira o fato de que não namoramos, mesmo que o Bill quisesse beijar outro alguém, ele poderia. - respirei fundo.

-Ele gosta de você, idiota, e você dele. Só isso já é o suficiente para estabelecer uma relação acima de amizade. - disse como se fosse óbvio, eu pensei um pouco.

-Você deveria estar com seu irmão, não comigo. - eu digo meio brincalhona, tentando deixar o ar da conversa melhor, Tom sorriu.

-Eu estou no meu quarto, você quem chegou primeiro, senão seria ele o sortudo a receber um cafuné do grande Tom Kaulitz. - ele disse orgulhoso e eu dei outra risada com sua fala.

Garota Nova • BILL KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora