012

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Tom me colocou a seu lado na van e comentou algo como "por favor, não vomite aqui". Eu não lhe respondi, minha mente se encontrava no emo novamente, pensando em como queria que fosse diferente a sua reação e que ele gostasse de mim.

Passei o caminho calada, sentindo o olhar curioso do garoto a meu lado. O gosto forte da bebida ainda estava em minha boca e sentia uma tontura, mas se ele não tivesse me tirado de lá, eu provavelmente ainda estaria me embriagando.

-Ei, Alana. Já estamos em casa. - escutei sua voz chamando minha atenção, então voltei para mim, tentei sair do carro sem tropeçar e cair, tive ajuda do Tom para isso.

Hoje ele realmente estava sendo bem prestativo, até estranhei seu comportamento.

-Onde está o seu boné? - questionei vendo que estava somente com a bandana desde que saímos do casarão, sendo que mais cedo usava um boné branco.

-Que boné? Eu não estava de boné. - respondeu confuso e eu deixei para lá, minha mente estava, como sempre, me pregando peças.

Ele me levou até o quarto de Bill, onde ficou combinado que eu ficaria por um tempo. Eu me sentei na cama macia e confortável enquanto ele sentava do meu lado me olhando.

Minha visão continuava embaçada, mas eu poderia chutar que ele me olhava apreensivo.

-Está sentindo enjôo? Tontura? Sono? - ele perguntava me olhando.

-Um pouco dos três. - respondi suspirando. - Não deveria ter bebido tanto, não é, garoto?

Ele deu uma risada anasalada.

-Foi sua primeira vez, né? Então eu te dou um desconto. - disse com sarcasmo. - Se você sentir dor de cabeça, na cozinha tem uma caixinha com remédios para ressaca, é só me pedir.

-Está bem, obrigada. - sorri tentando manter os olhos pesados abertos.

Ele iria se levantar e sair, mas eu sentia que precisava contar para alguém da cena que presenciei, eu sabia que podia compartilhar tudo com Tom e sabia também que ele me escutaria.

-Se eu te falar uma coisa, você jura não contar para ninguém? - eu falei receosa, ele pareceu curioso.

-Claro.

-Isso tem que ficar entre nós, de verdade. - insisti.

-Sim, sim. Fica entre nós. - falou dando uma risada baixa.

-Sabe o Bill? - questionei um pouco confusa em meus pensamentos.

-O Kaulitz? Acho que conheço, sim. - ele respondeu com ironia. Eu sorri abaixando a cabeça.

-Ele é tão fofo, tão lindo o jeito dele, o sorriso dele... - falei com um sorriso bobo, suspirando enquanto sua imagem vinha em minha cabeça. - Eu acabei escutando a conversa de vocês, mas não foi proposital, e eu quero muito desabafar esse sentimento com alguém.

Ele escutava com atenção.

-Eu estou gostando do Bill, gostando romanticamente, mas ele só me vê como amiga.  - respirei fundo e o olhei. Ele parecia estar em choque, absorvendo a informação. - Mas não conte para ele, você tem que me prometer, Tom.

Ele estava em silêncio, mas pareceu forçar um sorriso e balançou a cabeça positivamente.

-Não vou contar.

-Queria tanto que algum milagre acontecesse e ele gostasse de mim dessa mesma forma. - falei suspirando. - Acho que tudo nele me deixa maravilhada, é como se ele fosse o sol que leva raios de alegria por onde passa.

Garota Nova • BILL KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora