Tom me colocou a seu lado na van e comentou algo como "por favor, não vomite aqui". Eu não lhe respondi, minha mente se encontrava no emo novamente, pensando em como queria que fosse diferente a sua reação e que ele gostasse de mim.
Passei o caminho calada, sentindo o olhar curioso do garoto a meu lado. O gosto forte da bebida ainda estava em minha boca e sentia uma tontura, mas se ele não tivesse me tirado de lá, eu provavelmente ainda estaria me embriagando.
-Ei, Alana. Já estamos em casa. - escutei sua voz chamando minha atenção, então voltei para mim, tentei sair do carro sem tropeçar e cair, tive ajuda do Tom para isso.
Hoje ele realmente estava sendo bem prestativo, até estranhei seu comportamento.
-Onde está o seu boné? - questionei vendo que estava somente com a bandana desde que saímos do casarão, sendo que mais cedo usava um boné branco.
-Que boné? Eu não estava de boné. - respondeu confuso e eu deixei para lá, minha mente estava, como sempre, me pregando peças.
Ele me levou até o quarto de Bill, onde ficou combinado que eu ficaria por um tempo. Eu me sentei na cama macia e confortável enquanto ele sentava do meu lado me olhando.
Minha visão continuava embaçada, mas eu poderia chutar que ele me olhava apreensivo.
-Está sentindo enjôo? Tontura? Sono? - ele perguntava me olhando.
-Um pouco dos três. - respondi suspirando. - Não deveria ter bebido tanto, não é, garoto?
Ele deu uma risada anasalada.
-Foi sua primeira vez, né? Então eu te dou um desconto. - disse com sarcasmo. - Se você sentir dor de cabeça, na cozinha tem uma caixinha com remédios para ressaca, é só me pedir.
-Está bem, obrigada. - sorri tentando manter os olhos pesados abertos.
Ele iria se levantar e sair, mas eu sentia que precisava contar para alguém da cena que presenciei, eu sabia que podia compartilhar tudo com Tom e sabia também que ele me escutaria.
-Se eu te falar uma coisa, você jura não contar para ninguém? - eu falei receosa, ele pareceu curioso.
-Claro.
-Isso tem que ficar entre nós, de verdade. - insisti.
-Sim, sim. Fica entre nós. - falou dando uma risada baixa.
-Sabe o Bill? - questionei um pouco confusa em meus pensamentos.
-O Kaulitz? Acho que conheço, sim. - ele respondeu com ironia. Eu sorri abaixando a cabeça.
-Ele é tão fofo, tão lindo o jeito dele, o sorriso dele... - falei com um sorriso bobo, suspirando enquanto sua imagem vinha em minha cabeça. - Eu acabei escutando a conversa de vocês, mas não foi proposital, e eu quero muito desabafar esse sentimento com alguém.
Ele escutava com atenção.
-Eu estou gostando do Bill, gostando romanticamente, mas ele só me vê como amiga. - respirei fundo e o olhei. Ele parecia estar em choque, absorvendo a informação. - Mas não conte para ele, você tem que me prometer, Tom.
Ele estava em silêncio, mas pareceu forçar um sorriso e balançou a cabeça positivamente.
-Não vou contar.
-Queria tanto que algum milagre acontecesse e ele gostasse de mim dessa mesma forma. - falei suspirando. - Acho que tudo nele me deixa maravilhada, é como se ele fosse o sol que leva raios de alegria por onde passa.
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Garota Nova • BILL KAULITZ
Hayran KurguFoi anunciado em 2007 que a banda Tokio Hotel estava a procura de um novo integrante pelo Reino Unido. Alana, uma garota simples que se preocupava acima de tudo com seu futuro profissional por conta das pressões de seu pai autoritário, decide arrisc...