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ALANA GIBSON
21:00 PM

-Não sabia que era festa fantasia. - disse Tom todo engraçadinho na porta do meu quarto.

-Idiota. - falei rindo.

Eu usava uma calça boca de sino com um cinto de couro e uma regata de cor vermelha e estampas que deixava minha cintura à mostra. Meus lábios também estavam vermelhos vivos e nos meus olhos tinha uma sombra escura, que deixava meu olhar mais marcante.

-Estou muito simples? - questionei a ele me olhando no espelho de cima a baixo, parecia faltar algo.

-Sei lá, tá normal. - ele respondeu dando de ombros.

-Muito obrigada pela ajuda, querido Tom. - fui irônica e ele riu.

-Coloca alguns acessórios e ficará mais bonitinha. - ele disse agora sério.

-Valeu. - fui até a gaveta pegando uma corrente dourada e a colocando na cintura, junto com um par de brincos, algumas pulseiras e anéis. - O que você quer aqui?

-Seu amiguinho Noah acabou de chegar. - ele disse e eu arregalei os olhos.

-Como assim? Agora? Pensei que ele tinha desistido de vir. - falei suspirando. - Espero que ele não passe muito tempo aqui.

-É, então... - Tom parecia receoso de falar, eu o olhei curiosa. - Ele quer ir à festa e te trazer em "segurança".

Fez aspas com os dedos e eu levantei a sobrancelha desacreditada.

Tom me explicou que assim que Noah soube que estávamos de saída, exigiu que fosse apenas para me acompanhar.

Nós fomos até a sala onde ele se encontrava conversando com Bill e Gustav, todos estavam sérios e eu podia sentir um climão ali.

-Olá Alana, quanto tempo. - disse ele com seu típico tom de voz arrogante.

-Oi Noah, veio tarde, nós ainda temos alguns planos para hoje. - cruzei os braços o olhando.

-Eu sei disso querida, eu estarei dentro desses planos também, como você sabe, a pedido do seu pai, estarei te visitando. - falou sem mudar o tom arrogante, colocando um sorriso no rosto.

-Vigiando, você quis dizer. - lhe corrigi. - Vai mandar relatórios também? - fui irônica e ele sorriu mais ainda.

-O que for preciso, não vou decepcionar o Gibson. - revirei os olhos.

-Não tem sentido nenhum você estar aqui, porque não veio outra hora? Saia daqui. - mandei olhando para a porta.

-Sem discussões, pessoal. - disse Gustav tentando cortar o climão.

Nesse momento, Bill veio até mim colocando sua mão sob  meu ombro e me chamando para o meu quarto, próximo dali.

-Ele vai ter que ir com a gente. Não podemos arriscar quebrar o acordo com seu pai. - ele dizia sério.

Estávamos próximos, ele me olhava no fundo dos olhos e dizia coisas como "fica tranquila, é só uma noite" ou "são muitas pessoas, você nem irá perceber a presença dele", mas tudo isso, para mim, era injusto.

Eu deveria ser livre.

-Tudo bem, mas não larga do meu pé, porque eu tenho certeza que ele vai querer me irritar se me ver sozinha. - falei vencida, Bill estava sendo racional pelo bem da banda, eu deveria fazer o mesmo.

-Deixa comigo. Vamos? - levou sua mão até a minha, eu confirmei e voltamos para a sala onde o clima continuava o mesmo. Na verdade, talvez até pior.

Garota Nova • BILL KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora