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Algumas Semanas Depois

Oficialmente eu entrei na Tokio Hotel, os fãs já aguardavam pela minha primeira aparição nos shows com a banda, essa que aconteceria próxima semana. Parece um sonho, se eu não tivesse escutado minha mãe, provavelmente esses meses teriam sido muito amargurados.

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde, meu pai descobriria que minha mãe e eu mentimos para ele, mas eu não iria deixá-lo comandar tudo sobre mim. Ela lhe informou que eu passaria um tempo indeterminado vivendo e trabalhando na cidade vizinha com meus amigos, enquanto o período de vestibulares não estava próximo, e ela sempre me enviava dinheiro.

Meu pai algumas vezes me ligava com a desculpa de que queria saber se estava tudo bem, tudo para me monitorar, e dizia que queria falar com esses meus amigos. Nisso, Tom quase sempre me salvava, por várias vezes ele desligava a ligação na cara do meu pai afirmando que o sinal estava péssimo e nós riamos muito.

Meu pai o odiava.

Sobre os garotos, eu me aproximei demais deles, eram garotos excelentes, só que brigavam por qualquer coisa. Inclusive, eu peguei esse hábito de brigar também.

Incrivelmente, Tom virou um grande conselheiro meu, como amigo ele era agradável de se estar, estava sempre disposto a me ajudar nos problemas familiares ou de auto-estima. Mas isso não significa que os flertes e indiretas pararam, o que com o tempo fui percebendo que Bill sempre pedia para maneirar ou parar.

Falando em Bill, ele era um cara incrível, observador como eu pensei na primeira impressão que tive dele, e ele era simplesmente muito fofo! Acho que estávamos quase sempre juntos, nos tornamos melhores amigos praticamente.

Mas se tem algo que não mudou foi o seu olhar profundo voltado para mim, principalmente quando eu estava distraída, jogando com Gustav ou Georg, ou escutando Tom me contar sobre suas experiências com as mulheres.

Na real, eu nunca tinha percebido que isso costumava acontecer sempre. Só percebi quando em uma conversa com Georg, ele repentinamente comentou "sempre que ele encara assim, eu penso que ele está chapado".

Entretanto, eu parei de topar com ele encarando, talvez tenha percebido que todos perceberam. Mas, enfim, não duvido que seja apenas um momento onde ele começa a chapar em seus pensamentos.

-Quer sair e comer algo? - escuto a voz do meu lado, me viro saindo do transe que me encontrava e vejo Bill na porta do meu mais novo quarto.

-Ah, sim, claro! - respondi e ele abriu aquele sorriso bonito.

-Tenta ficar pronta rápido, mesmo sendo um desafio extremamente difícil, ok? - questionou juntando as mãos e forçando um tom de voz dramático.

-É mais fácil você demorar mais que eu, idiota! - eu respondi rindo e levantando da cama. Ele deu uma risada alta e saiu do quarto.

Eu tomei um banho gelado para acordar, quando terminado eu finalizei meu cabelo e fui atrás de uma roupa, optei por um short jeans curto, meia calça preta e uma blusa preta com estampa vermelha que chegava até metade da minha barriga.
De maquiagem apenas um gloss puxado para um vermelho e um delineado nos olhos, na pele foi uma preparação básica.

-Uau, me deixou sem palavras agora. - disse Bill assim que eu chegava na sala, ele me admirava com um sorriso no rosto. - Está maravilhosa!

Garota Nova • BILL KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora