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O céu daquela noite estava fechado pelas nuvens carregadas que indicava que muita chuva viria por aí, aquele ar tenso combinava com o momento, os barulhos das nuvens se chocando causando, assim, trovões.

Paramos de andar imediatamente quando vimos a loira no meio daquela noite tensa, em um movimento ágil Bill me coloca atrás de si e Tom tem a mesma reação de ficar um pouco mais a frente. - Solta essa arma, Beatrice. - Bill pedia em tom assustado. Ela deu uma risada alta e irônica.

-Essa arma? - apontou a pistola em nossa direção. - Por quê eu faria isso, BillBill?

-Você vai acabar machucando alguém. - ele continuou, me mantendo atrás de seu corpo.

-Mas esse é o meu objetivo. - ela sorria como se estivesse completamente louca, foi então que percebi que suas roupas brancas estavam sujas e a maquiagem borrada, ela levou seu olhar para mim na mesma hora. - Ela é a razão do meu fracasso. Você nunca deveria ter vindo, nunca deveria ter fama, nunca deveria ter conhecido o Bill, você tem tudo! Você não merece essa fama, não merece o Bill, eu quem deveria estar no seu lugar! Eu mereço!

Ela exclamava de forma exaltada, sem deixar de apontar a arma, de seus olhos caíam lágrimas fazendo com que sua maquiagem borrasse ainda mais.

-Tenha calma, Beatrice. Você não está pensando claramente, vamos conversar e... - Tom foi cortado por ela que apontou-lhe a arma diretamente, o olhando com ódio. Ele levantou as mãos e paralisou. - Tá, tá, era só falar que não queria conversar!

Beatrice se aproximou mais voltando a apontar para nós dois, ela tinha um sorriso maléfico e isso me assustou, ela estava realmente fora de si, talvez sempre estivesse mas dessa vez era diferente, ela tinha muito ódio dentro dela e não sabia como lidar.

Tom vendo aquilo tentou ir até ela, mas novamente lhe apontou a pistola, o fazendo parar.

-Se não se afastar agora, eu atiro em você! - ameaçou.

-Tom, por favor. - pediu Bill o olhando sério, como se implorasse por telepatia que ele se afastasse. Tom assim o fez contra a vontade.

-Boa escolha. - ela zombou e voltou a atenção para nós dois. - Não pense que estou sozinha, Tom. Nem tente aprontar alguma comigo. - pareceu ler sua mente, no mesmo tempo, Marcus surgia do carro ao nosso lado com um sorriso diabólico.

Bill fechou seu punho na hora e eu sabia que tudo o que ele queria era socar Marcus.

-Esse é o meu irmãozinho, meninos. Acho que nunca lhes mostrei na adolescência, não é? - Beatrice dizia irônica, se divertindo com aquilo. Marcus trazia consigo uma arma também, agora apontada em Tom.

-Como escondeu a porra de um irmão por tanto tempo? - Tom questionou em sua típica ironia que parecia nunca se abalar por nada. Ela sorriu.

-Ele é filho bastardo, de uma outra cidade, assim que soube que sua personalidade era totalmente igual da irmã mais velha, eu tive que conhecê-lo e colocá-lo em meus planejamentos. - ela sorriu para ele. - Inclusive, soube que a vadiazinha esteve se jogando para meu irmão, isso é tão feio.

Ela me olhava com um sorriso doente, enquanto se aproximava Bill recuava para trás, sem sair de minha frente.

-O que tem a me dizer, vadiazinha? Vai continuar se escondendo? Se esconder também não vai fazer os seus fãs esquecerem das fotos vazadas. - ela diz rindo alto, eu comprimi os lábios e lhe olhei nos olhos.

-Vai se foder você e seu irmão. - Beatrice sorria percebendo meu ódio.

-Acho que está na hora de acabarmos com tanto diálogo. - ela disse apontando a arma em nossa direção e encostando o dedo no gatilho.

Garota Nova • BILL KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora