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Ethan, o amigo de Tom, que até então eu só havia trocado algumas palavras assim que chegamos em sua casa, apareceu e nos levou para casa. Ele parecia preocupado com os meninos, só foi embora quando se certificou que estava tudo bem.

A primeira coisa que fiz foi levar Bill até sua cama, eu disse que iria pegar uma compressa para pressionar em sua bochecha que agora ganhava um tom arroxeado.

Enquanto eu fazia isso, eu também resmungava coisas, já Bill me olhava cuidar de si em silêncio.

-Não era para isso acontecer. - falei relembrando as cenas e sentindo raiva.

-Está tudo bem, não é a primeira vez que levo um soco. - disse ele ameaçando se levantar, eu imediatamente o parei, colocando minha mão em seu peito e o fazendo voltar a deitar.

-Você vai ficar quietinho aí.

-Eu estou bem, Alana, não precisa de todo esse cuidado. - ele diz teimoso, retiro a compressa e o vejo reclamar de dor.

-Me deixe ficar um pouco mais. - falei voltando a pressinar contra a sua bochecha.

Ele se deu por vencido, sabendo que eu iria insistir e ficou quieto.

Após um tempo, deixei a compressa com ele e fui para meu quarto.

×

No dia seguinte, como já esperava, meu pai me confrontou no telefone, dizia que por onde eu passasse só existiria situações como da noite anterior.

Eu não me dei o trabalho de contrariá-lo, escutei tudo o que ele tinha a dizer e fiquei pensativa.

Eu estava adorando meu novo estilo de vida desse último mês, mas, realmente foi uma boa ideia largar tudo?

Faziam seis meses que eu estudava sem parar, todos os dias, e eu aprendi muita coisa, tudo para passar no vestibular.

Mas hoje eu sou uma nova estrela juvenil reconhecida, foi uma tremenda mudança de hábito.

O que está sendo incrível graças aos garotos, eles estão sendo minha família agora e eu não sinto vontade de largar nada disso.

-Cadê sua guitarra? - escutei a voz do Bill se aproximando de mim. Arregalei os olhos percebendo que tinha esquecido e voltei para a casa, buscando a minha querida guitarra preta com estrelas.

Era de manhã, fazia sol novamente e a temperatura estava agradável, nós estávamos indo para um estúdio, onde iríamos ensaiar algumas músicas, passaríamos à frequentá-lo enquanto não fôssemos para Alemanha.

Inclusive, aí está uma coisa que não falei para meus pais, eu iria me mudar na Alemanha com eles, afinal, todo esse período aqui, eles vieram para "recrutar" o novo membro da banda e retornar.

Eu estava nervosa, deveria aprender o alemão em alguns meses para me comunicar e regravar algumas músicas, os meninos garantiram que iriam me ajudar nisso.

Então, minha vida estaria prestes a mudar ainda mais e eu esperava me adaptar bem da mesma forma como estou.

No estúdio, fomos bem recebidos pelo nosso produtor, ele não ficou muito tempo por lá, quando sozinhos, começamos a ensaiar logo.

Perdemos a conta de quantas pessoas olhavam o rosto do Bill com curiosidade, ele parecia se envergonhar vez e outra, mas, logo passou a ignorar.

Tentamos camuflar o hematoma, mas, não ficou 100% camuflado. Mas, quem o olhasse de longe não iria perceber.

-Nosso próximo show é no sábado que vem, não podemos perder tempo. - dizia Bill já estressado, qualquer erro de tornava um motivo de levar um sermão dele.

Garota Nova • BILL KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora