016

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A frequência que íamos para o estúdio aumentou, a repetição seria insuportável se eu não tivesse os garotos comigo.

Eu estava muito cansada, todos nós estávamos e era só o começo.

Bill, eu e alguns compositores nos encontrávamos no estúdio quase todos os dias para escrever algumas letras incansávelmente.

Hoje tiramos uma folga e estamos aproveitando em casa, os garotos já compraram algumas bebidas para nós. Era uma tardezinha quente e pacífica, Tom ficou encarregado de ligar o rádio e colocar as músicas, enquanto eu e Gustav servimos os copos.

Todos espalhados no chão da sala riam das piadas do George e Tom.

Assim, as horas foram se passando rapidamente, chegando a noite, onde todos já estavam bêbados o suficiente, inclusive eu.

Fui coagida por Tom a beber, pois segundo ele "deveria aproveitar o lado gostoso da vida".

-Mais uma? - questionou Bill com o tom de voz arrastado, ele segurava a garrafa de vodca e me olhava esperando uma resposta.

-Não... já deu por... hoje, pra mim. - falei lentamente de forma sonolenta, me levantando aos poucos e sentindo uma dor nas costas devido a posição que fiquei.

-Mas... mas já?! - ele se apoiou no sofá para levantar sem cair para um lado. - Eu nem te dei um "beija" ainda. - ele errou a palavra sem nem perceber e caminhou em minha direção.

-Aqui não, na frente deles? - eu perguntei usando o resto de sobriedade que ainda tinha. Bill balançou a cabeça e fez um gesto com a mão de desdém para os garotos.

-Eles estão dormindo. - ele se aproximou mais passando suas mãos pelos meus braços, me fazendo olhar o seu rosto.

-Mesmo assim... - disse rindo um pouco.

-Você... não me quer... me beijar? - começou a questionar ainda confuso com as palavras, eu suspirei.

-Não é isso. - respondi, ele me olhava com uma cara de pidão.

-Então... - ele foi se aproximando mais, enquanto eu dava passos para trás, na tentativa de sair do meio dos garotos. - Você quer ou não quer me beijar? - perguntava calmamente.

Eu senti a parede bater em minhas costas, o que fez ele aproveitar para ficar muito próximo de mim. Ele continha um sorriso sedutor em seus lábios e olhava os meus olhos, ele levou sua mão a um cacho que caía sob meu rosto e o colocou atrás de minha orelha.

-É... óbvio que eu quero te beijar. - eu o respondi sincera. Seu rosto era a única coisa que eu conseguia enxergar bem por conta da curtíssima distância, enquanto tudo ao redor girava.

Bill só deu um sorriso de lado e me olhou por uns segundos, como se quisesse gravar minha face em sua memória.

Ele em seguida veio de encontro com minha boca, sem muita pressa e com calma, não perdeu tempo em levar sua língua e pude sentir sua mão pousando em minha cintura.

Eu realmente esperava que ninguém visse aquela cena, o som do rádio tocava baixinho, de forma que não impossibilitasse de escutar alguns estalos durante o beijo.

O garoto parecia sedento por aquilo, no meio do beijo ele não parecia querer parar, continuava a me dar leves mordidas no lábio inferior e retornava ao beijo.

Percebi que sua pegada se tornava mais firme, agora eram suas duas mãos que apertavam minha cintura e vez e outra pousando em meu quadril.

-Acho que... - eu o olhei com um certo desejo e notei que ele também me olhava assim. - Deveríamos ir para o quarto.

Garota Nova • BILL KAULITZ Onde histórias criam vida. Descubra agora