Capítulo 12: A China é bonita? (2)

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Na realidade, Alderion estava apenas pasmo. Mas ele não colocou tudo nas costas de Cornélio Fudge, ele não foi o único ministro após a primeira guerra civil, ele foi apenas uma continuação de seus predecessores. Portanto, celebrando a magia branca, ignorando os danos da primeira guerra, estagnando as coisas mais importantes apenas por diversão. Alderion entendeu que precisavam esquecer, os filhos se voltaram contra os pais, todos se despedaçaram, quando eram as mesmas pessoas, que deveriam querer as mesmas coisas: evoluir o melhor de suas habilidades. O que mais o incomodou nessa história foi que, por medo de fazer mal, bruxos adultos pareciam esquecer deliberadamente que haviam terminado seus estudos e normalmente eram capazes de se defender até um pouco, sozinhos, enquanto esperavam por ajuda. E isso Alderion não entendia.

Ele não entendia como e por que uma população iria querer se infantilizar a tal ponto. Ele não sabia exatamente o que pensava disso, mas era claramente necessário para acordar os magos do Reino Unido. Isso era tudo o que ele acabara de explicar aos colegas no hemiciclo.

-É muito preocupante, Alderion. Não podemos protegê-los de si mesmos. Eles têm que crescer.

O conselheiro indiano ficou tão chocado quanto muitos deles. Ele falou do mesmo jeito dos bruxos em um país dito industrializado e rico, parte da Europa que teve um poder e crescimento econômico difícil de esquecer. Mas que viviam como se a Idade Média ainda estivesse à sua porta. Bem, mais como o início da era moderna.

-Certamente, mas se não fizermos nada, são os filhos que vão pagar pelos pais. E sério, não temos ideia do estrago que causaria deixar esse país afundar completamente.

Começou a levantar vozes em todos os lugares, sem argumentos reais, mas ficou claro que muitos já tinham uma opinião forte sobre o assunto. Alderion olhou para Pierrick.

-Você fez bem em começar pelos lugares de asilo. Pelo número de Aurores, não adianta tentar fazer mais.

Amélia Bones sentiu-se envergonhada por não ter conseguido ver a gravidade da situação no seu país.

-Eu cuido de achar alguma coisa para comer, Alderion.

Ela queria alcançá-lo. Ela deveria trabalhar em silêncio, mas por que ela iria querer agradecimentos? Ela deveria ter feito mais. Ela também acreditara nesse parêntese encantado oferecido pelo fim da guerra. A reação foi mais do que dolorosa, nos lembrou o quanto você nunca deve descansar em suas conquistas. Amélia e Pierrick saíram da reunião, era preciso mais agir do que discutir. Mas ambos esperavam que os outros conselheiros não fossem tão estúpidos...


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Asami finalmente se permitiu tirar os olhos de Fei Long, bem ciente de que o chinês aproveitaria a oportunidade para fazer seus truques. Ele estava um pouco frustrado por não poder dizer ao seu 'parceiro' que seu plano era estúpido. Ele teve que deixar seu momento de triunfo para o marido, que queria destruir todas as tensões para que pudessem trabalhar com a maior calma possível com o homem de cabelo comprido. Ele esperou para ter certeza de que Fei Long havia se afastado para cumprimentar o conselheiro chinês que se juntou a ele imediatamente.

O homem curvou-se o mais educadamente possível, olhou por sua vez para as fábricas, agradecendo a Asami por não ter ateado fogo ao que permitia que toda a vila ao redor vivesse e se alimentasse. Asami não se importou com seus agradecimentos, ambos sabiam o que ele estava fazendo ali, ele estava fazendo por ele. Eles entraram juntos no complexo, estava quente por causa da água fervente que corria pelos canos.

Asami viu Kirishima se juntar a ele, para liderar o caminho. Ao redor, seus homens terminaram de recolher os cadáveres. Eles subiram vários degraus para uma vista bastante agradável da paisagem chinesa circundante, ao longe a água dos campos de arroz brilhava. Mais perto, flores de papoula dançavam na brisa suave, espalhando seu pólen no ar. Então Asami se concentrou no que tinha a seus pés. Chun Tseng se juntou com o que parecia ser sua prole. O olhar do chinês não o afetou, contentou-se em observar um pouco mais o filho que não tinha a coragem do pai. Isso lhe deu uma ideia e ele esboçou um pequeno sorriso tranquilizador para seus inimigos.

E ao nascer do sol. [TRADUÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora