Capítulo 7: Fotógrafo Lobo

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Remus Lupin, o lobisomem do grupo Marotos. Um covarde em todos os níveis, de muitas maneiras. Remus não estava orgulhoso de si mesmo, ele mal se lembrava de uma vez que isso aconteceu com ele. Ele sabia que era muito submisso, muito frágil, sem que isso realmente fizesse sentido. Sua escolaridade tinha sido quase perfeita. Eles tiveram amigos, amigos de verdade, aqueles que ultrapassam os limites para apoiá-lo. E o que ele fez com esse apoio, essa amizade infalível? Nada. Ele decepcionou Sirius quando precisou dele, ele decepcionou Harry da mesma forma. Tudo isso porque ele se via como perigoso quando na verdade, olhando-se no espelho, era apenas um fracote, um coitado que submetemos à sua boa vontade. Tudo estava quebrado em casa, ele tinha que admitir. Ele não sabia como evoluir, como despertar. Remus Lupin odiava ninguém mais do que a si mesmo.

Então talvez essa fosse sua chance de mudar tudo isso. Ele ainda tinha dificuldade em acreditar no que estava fazendo ali. Talvez tenha sido o pior erro de sua vida, mas ele queria pela primeira vez tentar encontrar a verdadeira coragem dentro de si. Apertou um pouco a passagem de avião, engoliu em seco ao ler nas placas que a partida estava próxima. Casualmente, ele estava bastante confortável com o mundo trouxa, ele viveu um pouco lá desde que a situação precária dos lobisomens no Reino Unido o empurrou para lá. Ele gastou todo o seu dinheiro de emergência para comprar a passagem só de ida. Os preços dispararam, como esperado, impactando o mundo trouxa de algumas maneiras também. Ele estava jogando em dobro ou desistiu com essa decisão, sem saber se era por coragem ou medo. Porque Remus sabia muito bem que ele era inútil aqui. Os lobisomens não tinham motivos para ouvi-lo, ele não era realmente um deles, nunca aceitará o animal que dormia nele. E por outro lado, sair do seu país onde sabia que tinha apoio, não foi nada. Ele nem sabia se Sirius ainda estava vivo ali. Poderia haver tantas coisas acontecendo sobre as quais ele não tinha controle.

Uma vez no avião, Remus se recusou a dar uma última olhada no solo inglês. Ele havia escolhido mudar e seguir em frente. Era hora de ficar com ele. Ele não havia avisado Dumbledore, o homem certamente pensaria que ele havia voltado a tentar convencer as matilhas de lobisomens. Ele suspirou e fechou os olhos, o medo em seu estômago, ainda presente, tão vívido agora. O avião fazia suas últimas manobras para decolar, ainda poderia aparatar, sair dali. A nave saiu do chão para correr em direção ao céu nublado... E Remus ainda estava a bordo. Para ver quando essa aparência de coragem que ele construiu desmoronaria sobre si mesma.

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-Rony! Você fez sua lição de casa? Rony!

Ronald Weasley fez uma careta ao ouvir sua amiga Hermione Granger gritar com ele. Ele odiava quando ela fazia isso, mesmo que fizesse sentido. Ele ia ter que parar de ser tão preguiçoso. Agora que Harry não estaria mais na aula com eles, ele teria que levar isso a sério se quisesse se orgulhar de si mesmo. Até então, as aventuras que viveram bastaram para que ele se sentisse glorioso e importante. Claro, Harry obteve muito mais honra do que ele no final, mas foi preciso ficar lúcido dois minutinhos: vis-à-vis com basilisco por exemplo, não teria durado um minuto. E ele nunca teria ousado usar uma espada contra a serpente. Estranhamente, a ausência de Harry permitiu que ele se questionasse e visse o quanto ele era um mau amigo. Mesmo para Hermione, na verdade. Ele chamou seu inimigo Draco Malfoy de pirralho mimado, mas ele agiu da mesma forma. Sem o dinheiro que acompanhava. Mas não era tão fácil para ele admitir que era teimoso, ciumento, preguiçoso, caprichoso. Não era fácil para ele dizer a si mesmo que havia baixado os braços diante das sombras de seus irmãos e até de sua irmãzinha. Ele teve que aceitar. Ele teve que aceitar que invejava seu melhor amigo tanto quanto não queria sua vida. Enquanto o. Ser marido de uma criatura sagrada deve ter sido ótimo, mas ser odiada por um país inteiro e ter que deixá-lo para viver com o marido foi no mínimo complicado.

E ao nascer do sol. [TRADUÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora