capítulo 33

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Domenico ON

_ chefe chegamos - fala me tirando dos meus pensamentos

Olho para janela e vejo que estamos na frente da minha antiga casa que está cercada de seguranças armados, saio do carro e caminho para dentro do local sendo seguido por dois homens armados. Assim que chego na sala vejo Ângelo andando de um lado para o outro e assim que ele me vê me comprimenta com uma leve reverência indicando respeito e lealdade a seu dom, em seguida começa a me explicar novamente o que aconteceu mais eu o corpo de apenas mando ele me levar até meu tio.

Ângelo me guia até um dos quartos de hóspedes da casa e assim que chegamos no local meus olhos quase não acreditam quando vê tio Franco deitado na cama com os olhos fechados, claro que ele está mais velho do que da última vez, mais me lembro claramente de seu rosto e apesar dele estar um pouco acabado sei que é ele mesmo que está diante de mim. Olho para Ângelo que está parado atrás de mim e mando dele ligar para meus irmãos pois os quero aqui o mais rápido possível, então ele concorda e vai fazer o que mandei, em seguida me aproximo mais do meu tio.

Domenico: tio - chamo e ele abre os olhos e me olha confuso pois a última vez que ele me viu eu era apenas uma criança de onze anos - sou eu Domenico tio

Franco: Domenico meu filho, como você cresceu - fala se sentando na cama e percebo que ele sente dificuldade em fazer isso

Domenico: o que houve tio? Aonde você estava? Porque sumiu por tantos anos? - pergunto tudo de uma vez

Franco: eu não me lembro exatamente aonde eu estava pois estive dopado por anos, só me lembro que poucos dias depois do seu aniversário sua mãe me chamou para conversar e depois de muita insistência acabei aceitando, então ela me deu uma bebida e minutos depois apaguei e quando acordei já não sabia maus aonde eu estava - fala me olhando - eu não sei quanto tempo se passou, mais só alguns dias atrás retomei minha consciência e consegui fugir

Domenico: desgraçada, eu vou matar aquela infeliz - falo com raiva - meu pai não te procurou porque achávamos que você estava morto tio, apareceu um corpo carbonizado e a perícia confirmou ser seu - explico

Franco: ela armou para mim Domenico, Andrea me enganou e me mandou para um lugar onde me torturaram e me manteram sedado por anos, mais ela vai me pagar por isso, eu vou desmembrar aquela cadela lentamente até que ela implode pela morte - fala com ódio

Domenico: você tem carta branca para isso tio, Andrea deixou de ser minha mãe a muito tempo - falo sério - mais tio porque ela sumiria com você, o que houve?

Franco: sua mãe sempre foi apaixonada por seu pai, mais ele nunca se interessou por ela afinal Andrea é nossa prima, mais ela insistiu tanto nele que acabou dopando meu irmão Nero para que ele dormisse com ela e foi assim que Andrea conseguiu engravidar de você - fala me deixando surpreso pois eu não sabia dessa história, apenas que meu pai foi forçado a se casar - depois disso seu avô e nosso tio obrigou seu pai a se casar Andrea, pois naquela época seu pai iria se tornar o novo dom e seria bom ele já ter uma esposa e um herdeiro

Domenico: então meu pai foi obrigado a se casar com ela por minha causa? - pergunto e ele concorda

Franco: no início seu pai não queria o casamento e nem sequer aceitava a gravidez, mais assim que você nasceu a vida de Nero ganhou um novo sentindo, você era a luz dos olhos dele, meu irmão fazia de tudo por você, ele te levava nas reuniões da máfia e ficava dizendo a todos que voce séria um líder ainda melhor do que ele - fala me fazendo sorrir de lado - seu pai te ama e amava seus irmãos, mais ele odiava Andrea, a única coisa que ele queria dela era os filhos, acho que por ela somente você teria nascido mais seu pai a obrigou a ter mais dois filhos pois era o sonho dele ter uma família grande, creio que você só não tem mais irmãos porque ela se operou escondido dele

Domenico: Andrea até hoje despreza meus irmãos, mais eles assim como eu odeiam ele então não faz diferença, na verdade ela só continua viva porque me deu a luz - falo o olhando - mais ainda não entendi do porque do seu sumisso repentino

Franco: no dia do seu aniversário de cinco anos, o seu pai estava no jardim com seus irmãos e Andrea subiu com você alegando que irei te vestir para a festa, quando eu cheguei na casa de vocês subi para te entregar o presente que você tanto queria e que eu tinha prometido comprar - fala e eu sorrio ao me lembrar de quando ele me deu meu primeiro fuzil - chegando no quarto eu esperava encontrar sua mãe te arrumando para a festa como seu pai disse que ela estaria fazendo mais não foi isso o que eu vi

Domenico: o que aquela maldita fez? - pergunto curioso

Franco: ela...ela estava nua deitada na sua cama se masturbando, você também estava sem roupas e olhando apavorado para ela que gritava dizendo que era pra você parar de ser tonto e chupa-la logo antes que ela perdesse a paciência e te batesse - fala me deixando com raiva

Domenico: ela abusava de mim - fala passando as mãos nos cabelos - por isso meu pai não gostava que a gente ficasse perto dela

Franco: naquele dia você estava apavorado com medo do que ela fez a você, então invadi o quarto gritando com ela peguei um lenço e te enrolei no mesmo, acho que seu pai escutou meus gritos e subiu correndo e assim que contei para ele o que estava acontecendo Nero ficou com sangue nos olhos, ele pegou Andrea pelos cabelos e levou ela até o galpão onde ela foi espancada por horas - fala me olhando - a noite seguimos com a festa normalmente e no dia seguinte sua mãe seria morta, mais nosso tio impediu ele de fazer isso alegando que tanto você quanto seus irmãos iria odia-lo caso ele a matasse

Domenico: ele deveria ter a matado, eu e meus irmãos teríamos agradecido e muito isso - falo com ódio

Franco: seu pai era um homem temido, conhecido por ser o próprio diabo em pessoa mais você e seus irmãos sempre foram as fraquezas dele, Nero podia ser a pior pessoa do mundo mais ele também era um ótimo pai para vocês - fala e eu concordo

Domenico: eu me lembro dele, meu pai sempre foi e sempre será o meu espelho, se hoje sou quem sou é graças a ele - falo e meu tio sorri

Franco: fico feliz em ouvir isso, quando eu consegui fugir vim pra cá na esperança de reencontrar meu irmão, mais fiquei sabendo que ele já não estava mais vivo, então os seguranças me informaram que iriam chamar Dom Domenico Espósito - fala dando um pequeno sorriso - seu pai estaria orgulhoso de ver o homem que você se tornou, mais me diz já está casado?

Domenico: sim, me casei recentemente e hoje mais cedo descobri que minha esposa está esperando quadrigemeos - falo e ele sorri

Franco: que ótima notícia, mais quatro herdeiros para seguir o legado da nossa família - fala sorrindo

Fico conversando com meu tio e lhe conto sobre minha esposa e como a conheci, então ele diz que quer conhecer a mulher que roubou o coração do sobrinho dele e lhe digo que ainda hoje irei leva-lo para almoçar na minha casa e conhecer minha mulher.

MÁFIA (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora