NOVE

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EDUARDA

Em uma disputa com a Dhiovanna não dá pra vencer, ela sempre ganha no cansaço e o fato de eu topar ter participado dessa resenha que o Gabriel está dando agora prova isso.

Eu sempre evitei porque sei que as pessoas aqui bebem e alguns até ficam bêbados, por conta de tudo que aconteceu no meu passado não gosto de estar no mesmo espaço que pessoas assim porque me dá um pouco de gatilho.

Sei que as pessoas não são iguais e que não irão fazer o mesmo que ele fez, só que isso é um bloqueio meu.

– Você tá paradona aí, Duda, vem dançar comigo– a Dhio aparece na minha frente– vamos?

– Não tô afim, Dhio.

– Uma mulher gata dessas, vai beijar na boca de algum cara, tem uns que dá pro gasto– torce o nariz– meu irmão tem que dar uma melhoradinha nos amigos pra eu poder pegar alguns, dar o troco.

Dou risada e olho pra mesa onde ele com os chicletinhos estão jogando poker.

– Vem cá, o Filipe Ret não participa? Bem que iria adorar cair no papinho dele– digo.

– Uiii, porra, ele é bonito mesmo mas nunca apareceu por aqui, não é tão amigo do meu irmão.

– Que pena– faço um biquinho– mas vem cá, o que tem lá atrás?– aponto com a cabeça pra porta, mesmo sabendo muito bem o que tem lá.

– Só um espaço onde acontece as festinhas– da de ombros– quem vê assim pensa que é algo muito UAU.

– Jurei que tinha algo muito UAU.

– Não tem, vem que eu te levo lá, na verdade já achei que você tinha entrado.

– Eu ainda não conheço tudo nessa casa, me encontro mais na cozinha.

– Eu sei disso, gata, cê tá quase virando um eletrodoméstico.

– Eu seria uma geladeira Eletrolux duas portas com freezer embaixo.

– Vou ter que concordar.

Ela segura na minha mão e sai me arrastando enquanto passamos pelas pessoas, não demora pra ela abrir a porta e nós entrarmos.

Tem umas mulheres dançando e uns caras numa rodinha de conversa e outros babando nelas.

Do nada a Dhiovanna corre e se pendura na barra de pole dance, mas só consegue dar um giro antes de quase cair.

Prendo a risada e minha mente viaja pra noite em que eu estava dançando ali.

Faz exatamente dois dias e eu queria esquecer a sensação de ter as mãos dele passando pelo meu corpo, mas não consigo. Quando eu fecho os olhos pra dormir aquela mesma sensação que eu senti me invade e porra... Não consigo controlar a vontade de senti-lo me tocando de novo.

𝗖𝗢𝗗𝗜𝗡𝗢𝗠𝗘•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora