SESSENTA E DOIS

8K 776 366
                                    

EDUARDA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

EDUARDA

Após abrir os olhos eu preciso de um momento pra raciocinar e minha ficha cair.

Estou deitada na cama de um hospital.

Me lembro de tudo que aconteceu antes de eu levar um tiro, o que rolou depois disso já não é algo que eu me lembre com clareza, apenas vem algumas curtas lembranças que não me ajudam em muita coisa.

E eu paro de tentar lembrar quando vejo o Gabriel beijando a minha barriga. Isso soa muito confuso pra mim.

– Por que você está beijando a minha barriga? Meu rosto é aqui em cima, Gabi– digo e no mesmo momento ele me olha. Parece meio assustado e surpreso.

– Caralho, você acordou!– sorri e se aproxima de mim, selando rapidamente nossas bocas e acariciando meu rosto– que susto que você deu na gente, Duda, puta merda! Eu fiquei com tanto medo.

– Eu tô dormindo a muito tempo?

– Na verdade não– afasta um pouquinho e eu posso ver melhor o seu rosto– tem algumas horas em que tudo aconteceu.

– Caraca, eu tô tão... Ferrada.

– Tá sentindo dor?

– Meu braço dói um pouco– abaixo o olhar e vejo que está enfaixado– e a minha barriga também, mas não muito.

– É que... Bom... Você... Acho que o doutor pode te explicar melhor– olha pra frente e eu faço o mesmo, vendo um cara que provavelmente é o médico.

– Eu sou o Fernando Martins e fiquei à frente do seu caso. Você passou por uma cirurgia não muito complicada para a remoção da bala que acabou ficando alojada. A cirurgia foi um sucesso e é normal você sentir uma dorzinha na região durante esses próximos dias, também terá que evitar tantos movimentos com esse braço para não correr o risco dos pontos se romperem.

– Obrigada por tudo, tô feliz que tô viva– digo e ele olha pro Gabriel– pera, eu vou morrer? Tenho só alguns dias de vida? Sério que um tiro no braço faz isso?

– Não– solta uma risada abafada– eu vou chamar a doutora Camila, ela vai conseguir conversar melhor com você já que também te examinou.

– Eu tô começando a ficar assustada!– digo– Gabriel...– olho pra ele que segura na minha mão.

Observo o doutor indo até a porta e fecho os olhos.

– Me fala que porra tá acontecendo, Gabriel, fala!

– Amor, você tá...

– Eu tô? Já que começou a falar, termina. Tô ficando angustiada e com medo.

– Ela vai conseguir falar melhor, amor, eu não sei direito como te dizer isso porque é um assunto delicado e...

– Me fala.

𝗖𝗢𝗗𝗜𝗡𝗢𝗠𝗘•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora