SESSENTA E TRÊS

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EDUARDA

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EDUARDA

Abro os olhos devagar e infelizmente ainda me vejo nessa cama de hospital.

Eu odeio estar aqui. Não posso levantar dessa cama a não ser que seja pra ir ao banheiro, preciso me movimentar, ficar parada não é algo pra mim.

Já fazem dois dias que estou aqui. Ontem recebi visitas dos meus sogros, Dhiovanna, Fabinho, Rose, as meninas da lebaza e também alguns jogadores que vieram dar apoio e dizer que tudo vai ficar bem.

É bom receber esse carinho de todos eles, fazem as coisas ficarem um pouco mais leves. Gosto de saber que estão torcendo para que tudo fique bem.

Levo a minha mão até a minha barriga e acaricio levemente, faço isso toda hora pra que, de alguma maneira, o bebê sinta que eu estou aqui. Que estamos juntos nessa.

Algumas batidas na porta fazem com que eu saia do transe, observo a enfermeira entrando no quarto enquanto empurra um carrinho com a bandeja com a comida do almoço em cima.

É, eles me alimentam bem aqui, porém as comidas são um pouco sem gosto e ontem eu praticamente tive que implorar pro Gabriel me dar uma bala pra que eu sentisse realmente algo doce na minha boca.

– Trouxe seu almoço– ela diz toda simpática.

– Obrigada, dona Carol.

– Eu sei que já tenho uma certa idade, mas não me chama de dona.

– Tá certo– sorrio.

É, já conheço algumas enfermeiras porque sempre que elas vem aqui cuidar de mim ficamos conversando sobre várias coisas.

– Qual é meu banquete hoje?– pergunto.

– Hoje temos arroz, feijão, carne e saladinha.

– Comida boa porém se poder me dar um salzinho ficaria extremamente grata– dou um sorrisinho.

– Espertinha, mas não posso fazer isso.

– Mas é muito sem sal, sério, cê não tá entendendo.

– Bom, eu como a marmita que trago, então não entendo mesmo.

– Ah, que beleza, não? Eu comendo essa comida toda sem gosto e você aí no bem bom.

– Hoje mais tarde você sai daqui e poderá comer o que quiser.

– Acho que não, viu? Agora vou ter que ficar sob cuidados médicos e até já imagino que vão me proibir de comer um monte de coisa.

𝗖𝗢𝗗𝗜𝗡𝗢𝗠𝗘•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora