GABRIEL
Algumas lágrimas rolam pelo meu rosto e caem sobre a bochecha da Eduarda que tá desacordada no meu colo.
Eu tô chorando pra caralho porque nunca passei por isso aqui. Nunca!
A mulher que eu amo tá baleada e desacordada em meus braços e eu não posso fazer porra nenhuma porque não sou médico e até agora a porra da ambulância não chegou.
– Fabinho...– olho pra ele que tá ajoelhado do outro lado, sem reação– vai ficar tudo bem com ela, não vai?
– Vai sim, Gabi, vai sim.
Fecho os olhos e acaricio a bochecha dela.
Quando escuto a sirena da ambulância me sinto mais aliviado.
– Vai ficar tudo bem, amor– beijo sua testa– eu amo você, minha Barbie.
– Afastem-se dela por favor.
– Eu vou ficar aqui– digo e olho pro cara que tá com uma maca na mão.
– A gente tem que fazer nosso trabalho, por favor nos de espaço.
– Vamos afastar, Gabi, vai ser rápido– o Fábio diz e eu olho pra Duda.
– Ela tá sangrando, eu tô com a mão aqui pra estancar o sangue– mostro pra outro paramédico o lugar onde foi o tiro e ele se aproxima, colocando a mão no lugar da minha.
Abaixo a cabeça dela com cuidado e me levanto, sentido uma dor horrível só de vê-la desse jeito, jogada no chão, desacordada.
Minha mão tá suja de sangue. O sangue dela.
E quando eu olho pra trás, lá está o filho da puta causador de tudo isso.
Me tomo pelo ódio gigantesco e avanço pra cima dele, passando por todos os policiais e dando um soco na cara do desgraçado que cai no chão.
Ele tá algemado, o que vai ser melhor ainda.
Subo em cima dele e começo a socar seu rosto. Não sinto nada, meu corpo todo tá em puro êxtase e eu só quero ver ele sangrando.
Alguém me segura por trás e tenta me puxar de cima dele, mas não paro o meu trabalho.
– Seu filho da puta!– soco seu nariz e ele fica me olhando sem nenhuma reação– doente!
– Deixa ele, porra, o cara acabou de atirar na Duda, merda, deixa ele socar esse filho da puta– ouço o Fabinho dizendo.
– Eu juro que vou te matar– seguro ele pelo colarinho da camisa e levanto sua cabeça, batendo contra o chão.
– Me mata logo então, porra, assim eu com a Duda nos encontramos.
– ELA NÃO TÁ MORTA!– soco o rosto dele– mas você vai ficar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗖𝗢𝗗𝗜𝗡𝗢𝗠𝗘•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹
FanfictionDurante o dia ela é apenas a Eduarda, que tem o Gabriel como seu chefe. Durante a noite ela é a Blue, que usa toda sua ousadia e sensualidade para se transformar em outra pessoa. Quem diria que o Gabriel iria ficar obcecado a partir do momento em q...