CINQUENTA E NOVE

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GABRIEL

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GABRIEL

Algumas lágrimas rolam pelo meu rosto e caem sobre a bochecha da Eduarda que tá desacordada no meu colo.

Eu tô chorando pra caralho porque nunca passei por isso aqui. Nunca!

A mulher que eu amo tá baleada e desacordada em meus braços e eu não posso fazer porra nenhuma porque não sou médico e até agora a porra da ambulância não chegou.

– Fabinho...– olho pra ele que tá ajoelhado do outro lado, sem reação– vai ficar tudo bem com ela, não vai?

– Vai sim, Gabi, vai sim.

Fecho os olhos e acaricio a bochecha dela.

Quando escuto a sirena da ambulância me sinto mais aliviado.

– Vai ficar tudo bem, amor– beijo sua testa– eu amo você, minha Barbie.

– Afastem-se dela por favor.

– Eu vou ficar aqui– digo e olho pro cara que tá com uma maca na mão.

– A gente tem que fazer nosso trabalho, por favor nos de espaço.

– Vamos afastar, Gabi, vai ser rápido– o Fábio diz e eu olho pra Duda.

– Ela tá sangrando, eu tô com a mão aqui pra estancar o sangue– mostro pra outro paramédico o lugar onde foi o tiro e ele se aproxima, colocando a mão no lugar da minha.

Abaixo a cabeça dela com cuidado e me levanto, sentido uma dor horrível só de vê-la desse jeito, jogada no chão, desacordada.

Minha mão tá suja de sangue. O sangue dela.

E quando eu olho pra trás, lá está o filho da puta causador de tudo isso.

Me tomo pelo ódio gigantesco e avanço pra cima dele, passando por todos os policiais e dando um soco na cara do desgraçado que cai no chão.

Ele tá algemado, o que vai ser melhor ainda.

Subo em cima dele e começo a socar seu rosto. Não sinto nada, meu corpo todo tá em puro êxtase e eu só quero ver ele sangrando.

Alguém me segura por trás e tenta me puxar de cima dele, mas não paro o meu trabalho.

– Seu filho da puta!– soco seu nariz e ele fica me olhando sem nenhuma reação– doente!

– Deixa ele, porra, o cara acabou de atirar na Duda, merda, deixa ele socar esse filho da puta– ouço o Fabinho dizendo.

– Eu juro que vou te matar– seguro ele pelo colarinho da camisa e levanto sua cabeça, batendo contra o chão.

– Me mata logo então, porra, assim eu com a Duda nos encontramos.

– ELA NÃO TÁ MORTA!– soco o rosto dele– mas você vai ficar.

𝗖𝗢𝗗𝗜𝗡𝗢𝗠𝗘•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora