Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Bati o marca texto no livro enquanto olhava a paisagem lá fora e abri um sorriso ao ver os filhos do vizinho passarem correndo com o cachorrinho deles.
— licença — escutei a voz da Márcia e me virei pra olhar ela que entrava segurando algumas roupas.
— oi Marcinha
— atrapalho?
— não — neguei rapidamente — eu tava tentando estudar, mas já desisti — ri enquanto fechava o livro.
— estou te achando mais radiante esses dias
— é?
— é, um sorrisinho bobo no rosto
— impressão sua
— sei — semicerrou os olhos — essa camisa estava no meio das suas roupas — mostrou uma camisa azul e abri um sorriso lembrando do dia que o cantor sujou sua camisa — sei que não é do Isac
— é de um amigo — peguei a camisa da sua mão.
— amigo? — franziu a testa — sei — riu fraco.
— você tá fofoqueira hein, Márcia — me joguei na cama.
— e você doida pra dividir com alguém
— pior que eu tô mesmo — sorri.
— é aquele amigo do Isac não é? que canta?
— ele mesmo — mordi a pontinha do lábio.
— você tá com um crush nele?
— não se fala mais crush, Márcia — ri fraco — mas pior é que eu tô
Eu tenho pensado muito nele, na forma que ele me trata e naquele selinho atrapalhado que me fez ficar me questionando como será o beijo dele.
— a gente se beijou um dia desses — murmurei.
— como assim?
— não foi um beijo, foi um selinho sem querer, mas me deixou mexida
— e aí?
— e aí nada, ele não gosta de mim e sem contar que é meio desligado — suspirei — e também tem aquela brega que ele tem um casinho
— você é a Izabella mesmo?
— por que? — ri.
— você sempre fez de tudo pra ter o que quer, o que mudou?
— eu não quero ele por status ou pra exibir por aí. Eu realmente sinto uma coisa diferente por ele e queria que ele sentisse por mim também
Uns anos atrás eu me xingaria por ter esse pensamento já que eu sempre fiz de tudo pra ter qualquer coisa, mas ele é tão especial que eu não consigo tratar ele como se fosse um objeto.
