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Fechei o livro de direito penal e soltei um suspiro de cansaço, bem que podia existir um livro que fale as palavras e economize nosso tempo.
— Bella? — meu irmão entrou no quarto todo arrumado e cheiroso — tá estudando?
— terminei agora e não, eu não vou te emprestar meu cartão de novo
— já achei o meu, cabeça de bagre — mostrei meu dedo do meio e ele riu — to indo no show de um mano, quer ir comigo?
— não — falei como se fosse óbvio.
Até porque é bem óbvio, nunca que eu vou nesses lugares de baixo nível que o Isac costuma ir.
— tu só vai nessas festinhas chata e fica com a cara enfiada nesses livros de 10 quilos, bora se divertir
— cadê seus amigos?
— quero que você vá — dei uma risada sarcástica.
— sabe quando eu vou pisar nesses lugares insalubres que você vai? — levantei a sobrancelha e ele riu — isso mesmo, nunca
— sabe aquela bolsa super exclusiva que você queria? da hermès, né? — me encarou com um sorrisinho nos lábios e franzi a testa.
— não blefa, Isac. Precisa ter nome na lista pra poder comprar
— a mãe da mina que eu tô saído por acaso tem o nome na lista e ela não gostou muito da coleção desse ano — jogou a cabeça pro lado — ia pedir pra sei lá... ela comprar e dar pra você
Sujo!
Isac sabe muito bem o quanto qualquer item de moda mexe comigo, ainda mais quando esse item é uma bolsa.
— aonde é esse show? — perguntei afobada enquanto me levantava e ele riu.
— Vitrinni
— que roupa se usa nesse tipo de lugar? — perguntei enquanto pegava um dos meus vestidos da Saint Laurent.
— isso definitivamente não se usa em uma boate
— as pessoas não andam arrumadas lá? — franzi a testa confusa e coloquei meu vestido de volta no lugar.
