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Caminhei em passos longos pelo corredor do hospital ao lado da Izabella que não falou nada o caminho todo até aqui

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Caminhei em passos longos pelo corredor do hospital ao lado da Izabella que não falou nada o caminho todo até aqui.

O pior de toda essa situação é saber que nada que eu fizer ou falar vai tirar essa angústia dela, o medo de perder a pessoa que ela mais ama no mundo.

— cadê meu irmão? — ela perguntou assim que deu de cara com seu pai que parecia aflito.

— Izabella...

— CADÊ O MEU IRMÃO? — ela perguntou novamente alterada e a segurei pela cintura antes que ela partisse pra cima do homem na nossa frente.

— amor, fica calma — sussurrei no seu ouvido.

— como você quer que eu tenha calma?

— ele chegou aqui em estado grave e levamos ele pra cirurgia  — o homem na nossa frente falou calmo fazendo a Izabella amolecer nos meus braços e a segurei com força pra ela não cair no chão — assim que a cirurgia terminar eu venho avisar vocês — ele voltou a falar e em seguida me encarou sério — cuida dela pra mim? — assenti com a cabeça e observei ele sair em passos firmes.

— vem cá, amor — dei um abraço apertado nela.

— ele é tudo que eu tenho, Tico — fungou — se eu perder ele, eu perco tudo — soluçou.

— o Isac é forte, ele vai ficar bem, tu vai ver. Acredita em Deus, vida — sussurrei.

Eu não sei quantas horas se passaram desde que o pai da Izabella nos avisou sobre a cirurgia, mas já sentia minhas costas doerem e meu braço dormente já que a Izabella não me soltou por um minuto.

O pai dela se aproximou com um semblante cansado e ela rapidamente se soltou de mim e se levantou ficando cara a cara com ele.

— como ele tá? — perguntou aflita.

— foi tudo bem na cirurgia — falou calmo e a Izabella soltou um suspiro longo e deixei um beijo na sua cabeça — ele teve um sangramento na bacia, mas no momento ele tá fora de perigo

— graças a Deus — murmurei.

— eu posso ver ele? — a Bella perguntou em um sussurro.

— ele está na UTI, não pode receber visitas agora

— por favor

— quando ele acordar eu falo com você, tudo bem?

— mas...

— tudo bem! — a interrompi — senta aqui, vida

Puxei a Bella pra sentar de novo e ela rapidamente se aconchegou em mim deitando a cabeça no meu peito, se encolheu e em seguida apertou meu braço.

— tá com frio? — perguntei baixo.

— to com um pouquinho de cólica

— não quer ir pra casa tomar um banho e descansar?

Vida chique - VeighOnde histórias criam vida. Descubra agora