Jenna
Na rua em frente ao clube havia um táxi estacionado. Não quis saber se estava esperando alguém ou disponível. Abri a porta com um safanão e praticamente empurrei Emma lá dentro, indo logo atrás, meu corpo ardendo, gritando por uma necessidade esfomeada que me atacava sempre que eu prendia uma mulher e usava o meu chicote. Mas daquela vez tudo foi bem diferente. A mulher por quem meu corpo gritava não era a submissa do clube, mas Emma. O taxista olhou para trás e já ia nos cumprimentar com um sorriso, mas rosnei já me virando para a mulher que me tirava completamente do eixo:
- Yeatman Hotel. Pago o dobro se for bem rápido.
Na mesma hora o homem arrancou com o carro. Emma me fitou com seus olhos claros um pouco arregalados e não dei tempo para que reagisse. Enfiei a mão em seu cabelo na nuca e a puxei para mim, já saqueando a sua boca, abrindo a minha e metendo minha língua esfomeada entre seus lábios, beijando-a com tudo, com paixão, tesão e aquele desejo duro e bruto que me dominava quando sentia o gostinho do poder. Ela agarrou minha camisa com força e me beijou com o mesmo desespero, como se a ânsia que me percorria fosse contagiosa. O tesão veio violento e chupamos a língua uma da outra, em combustão, alucinadas. Trouxe-a tanto para mim que só faltou sentar em meu colo, colada e arfante, suas unhas em minha pele, a mão em meu seio, afastando o tecido da camisa, como se precisasse me tocar ou morreria. Esquecemos o motorista. Meus dedos se firmaram em seu cabelo e puxei sua cabeça para trás, descendo a boca aberta por seu queixo e garganta, chupando-a, mordendo-a, adorando o gosto e o cheiro de sua pele, dominada pela luxúria. Ela gemeu e seus dedos subiram por meu pescoço e se enterram em meu cabelo, torcendo-o com força, esfregando os seios fartos nos meus. Espalmei a mão em sua bunda e puxei sua coxa para meu colo, na mesma hora Emma pressionou a coxa em minha vulva enquanto se arrepiava toda com as mordidas que eu dava em seu pescoço e ombro, ambas já no limite, arquejando, apertando, se dando.
Só me dei conta que o táxi tinha parado quando o motorista avisou alto:
- Yeatman Hotel, senhora.
Eu me imobilizei e respirei fundo. Ergui a cabeça e encontrei o olhar pesado e cheio de lascívia de Emma. Foi um custo me afastar dela, mas tive que fazer. Respirei fundo, puxei a carteira do bolso e puxei várias notas, possivelmente mais do que o triplo do que valia aquela corrida. Quando enfiei na mão do homem, ele nos olhava com olhos arregalados e que quase pularam da órbita ao ver o tanto de dinheiro.
- Obrigada. – Escancarei a porta, agarrei meu blazer com uma das mãos, o braço de Emma com a outra e saímos do carro de uma vez, enquanto o homem sorria e agradecia várias vezes
Entramos no saguão do hotel e havia algum tipo de evento ali, pois várias pessoas se reuniam para pegar os elevadores. Engoli um palavrão, sabendo que não poderia ficar ali esperando. Ouvi os saltos altos de Emma batendo no piso enquanto a carregava para as escadas e subia pelos degraus da escadaria com corrimão de madeira trabalhada. Não olhei para trás enquanto subíamos um lance, mas ao chegarmos ao segundo patamar silencioso, eu a puxei para a parede e a encostei ali. Só deu tempo de nos olharmos nos olhos e nos agarrarmos esfomeadas, logo o beijo explodindo quente e gostoso entre nós. Emma apertou minha bunda com as duas mãos e se esfregou enlouquecida em minha vulva, enquanto eu puxava com violência seu decote para baixo e massageava seu seio nu, a outra mão subindo por sua coxa dentro da saia, sobre a meia calça, até gemer rouca ao finalmente tocar a pele nua de seu quadril entre a renda da meia e a calcinha. Deslizei os dedos por sua virilha e cheguei a calcinha molhada para o lado, encontrando sua carne macia e depilada toda melada, deixando-me mais doida ainda. Enfiei dois dedos dentro dela com tudo e sua bocetinha se abriu e latejou, despejando mais do seu mel, enquanto arfava na minha boca, chupando minha língua. Na escada silenciosa e vazia, nós nos beijamos com volúpia e lascívia. Emma levou as mãos para a frente da minha calça e abriu o botão, desceu o zíper, ansiosamente baixando a calcinha e agarrando minha boceta com todos os dedos. Masturbou-me e foi minha perdição. Líquido escorreu mais, mas segurei o gozo. Meu blazer caiu no chão.
- Merda ... – Reclamei puta, soltando-a para pegar. Emma riu e aproveitou para se soltar e correr para os degraus. Agarrei o blazer do chão e corri atrás dela, dizendo rouca: - Onde você pensa que vai?
- Para o quarto! Vamos ser presas por atentado ao pudor!
Nem tinha subido dois degraus eu a agarrei por trás. Fechei firme a mão em sua garganta, um dos braços em sua cintura, roçando minha boceta nua pela calça aberta em sua bunda. Rosnei esfomeada:
- Queria que fosse você naquelas cordas. Nesse momento eu estaria fodendo cada orifício seu e chicoteando essa bunda gostosa ...
- Eu sei que queria. – Remexeu-se contra mim e, safada e provocante, ergueu a própria saia até a cintura, deixando-me alucinada com a calcinha fio dental que pouco fazia para cobri-la. – Mas vai ter que se contentar com isso.
- Hum ... Até que não é tão mau ... – Com um safanão, puxei violentamente sua calcinha e a arranquei. Emma deu um grito estrangulado e tentou se livrar, não sei se por que estava mesmo querendo terminar tudo no quarto ou se só para continuar com aquela perseguição de gato e rato
Subiu correndo os degraus, sua bunda nua me chamando, linda e redonda, as pernas intermináveis naqueles saltos altos, o cabelo curto batendo na altura do ombro. Coloquei o resto de sua calcinha em farrapos no bolso. Deixei que desse distância suficiente enquanto eu pegava o meu blazer. Então subi os degraus de dois em dois, decidida, diminuindo rapidamente a distância. Ela olhou para trás e tentou correr mais ao me ver tão perto. Já tinha chegado no outro patamar quando agarrei seu tornozelo e puxei. Se desequilibrou e segurou no corrimão, mas então eu já a erguia por trás e descia de joelhos no chão, dando um tapa violento em sua bunda, ajoelhando atrás e trazendo seu quadril para mim.
- Vem aqui, cadelinha ...
- Me solta! – Reclamou entre furiosa e excitada, mas não lhe dei escapatória. Segurei-a firme e coloquei dois dedos abrindo caminho em sua boceta toda encharcada, deixando-me doida em sua maciez e quentura, apertadinha e em espasmos. Deixei a roupa que carregava pendurada em meu braço e não a soltei.
Meti com vontade e Emma arquejou, apoiou as mãos no degrau em frente e deixou que eu enfiasse os dedos todo, várias vezes, em estocadas duras e brutas. Agarrei uma de suas coxas por baixo, em um gancho com o braço, erguendo-a alto, arreganhando-a mais para enterrar três dedos. Gememos juntas, arrebatadas pelo tesão. Puxei seu cabelo com força e a fodi ferozmente. A porta de baixo que dava para as escadas bateu e ouvimos vozes e passos de pessoas que subiam. Xinguei baixo. Emma se jogou para frente, ajeitando a saia para baixo, se levantando. Fiz o mesmo e riu ao ver minha cara de fúria, agarrando minha mão e me puxando:
- Vamos sair logo daqui, Jenna. – E subimos o resto da escadaria até sairmos no corredor vazio e corrermos para o quarto como duas crianças fujonas.
Bati a porta. Emma olhou para trás, excitada, o tesão em cada parte da sua expressão. Então seguiu em frente já arrancando a blusa e a saia. Eu a segui mais lenta, largando o blazer no sofá, tirando minha camisa e depois o salto e a calça. Emma me provocou com seu rebolado, com aquela bunda bonita que era uma tentação. E então, não fez nada do que imaginei. Trepou no banquinho alto do bar e apoiou os braços no balcão, a bunda nua quase para fora do banco de tão empinada, sua cabeça se voltando para trás e me lançando um olhar travesso, cheio de tesão, lambendo os lábios. Fui até ela, meu coração disparado, meu sangue correndo violento nas veias. Fui consumida por sua visão sensual e linda, pelo desejo que me corroía por inteira. Quis muito pegar um cinto e surrar aquela bunda. Quase voltei para pegá-lo, mas sabia que perderíamos tempo brigando e tudo o que eu queria era estar de novo dentro dela. Parei às suas costas e fitei seus olhos, afastando o cabelo de seus ombros, escorregando minhas mãos por sua pele macia até a bunda, enchendo-as com a carne redonda e firme. Abri as duas bandas e passei o dedo indicador em seu ânus, avisando em tom baixo e firme:
- Fique bem quietinha. Vou cuidar de você.
- Cuidar como?
- Vou te mostrar. Vire para frente e feche os olhos.
- Ou?
Eu apenas a encarei bem firme, séria, o tesão acumulado desde o clube me deixando sem espírito para brincadeira. Pensei que reclamaria, tentaria se impor, mas não fez nada disso. Surpreendentemente, obedeceu, virando-se para frente. O desejo aí me pegou de vez e abri mais sua bunda, me abaixando de joelhos. Estremeceu da cabeça aos pés quando lambi seu cuzinho devagar.
- Ah, Jenna ...
Deixou escapar, rouca, quase dolorosamente. Passei a língua lentamente, enchendo o orifício de saliva, me embriagando com a delícia que era provar mais um pouco dela. Desci até sua vulva encharcada e chupei um pouquinho, retornando pelo mesmo caminho até voltar a lamber e rodear o ânus que já latejava em antecipação. Era mais do que hora de fazê-la me ter ali, com meu strap-on todo enterrado dentro dela. Deixei-a bem molhadinha, até que tremia e se empinava cada vez mais. Só então me levantei, meu polegar já se enterrando no buraquinho, minha boca subindo por sua coluna, mordiscando suas costas, arrepiando-a toda. Senti que estava fora de si de tanto desejo. Cheguei a sua nuca e beijei ali várias vezes, uma de minhas mãos indo para a frente do seu corpo e beliscando vagarosamente seu clitóris. Ondulou, alucinada, arfante.
Movi o polegar para dentro e para fora, dizendo baixo perto de seu ouvido:
- Peça meu “pau”, Emma.
Não pediu. Estremeceu, vi seus dedos se cerrarem na bancada, seu corpo muito excitado e receptivo. Então puxei o polegar fora e meti dois dedos em sua vulva, melando-os todos. Voltei a beliscar seu clitóris e lambi sua orelha, dizendo baixinho:
- Peça ...
Ela lutaria, eu sabia. Mas eu também sabia lutar. Tirei os dedos molhados e forcei um em seu cuzinho, entrando apertado, mas sem dificuldade. Penetrei ali várias vezes, até enterrar os dois. Ordenei:
- Levante mais a bunda ... Assim ... – Os dedos em seu clitóris escorregaram para baixo, abrindo seus lábios vaginais, sentindo como estava melada, entrando lentamente em sua bocetinha.
Emma continuava lá, sendo penetrada por mim com dois dedos enterrados em cada orifício, seu corpo se sacudindo e tremendo, seus gemidos ecoando pela suíte. Eu estava doida para enterrar meu strap-on nela. Chupei o lóbulo da sua orelha, precisando da sua rendição, querendo domá-la aos poucos, necessitando de um pouco do gostinho do poder, de dobrar uma mulher forte e apaixonada como ela.
- Peça ... Ou vou me afastar. Vou para o banheiro me masturbar e deixo você assim.
- Não ... – Sua voz saiu em um arquejo rouco.
- Não o quê?
- Não vou pedir ... – Murmurou, mas seu tom era de súplica.
- Tudo bem. – Tirei os dedos de sua vulva. E depois do seu ânus. Vi como respirou fundo e me olhou rápido, girando a cabeça para trás, como se não pudesse acreditar que eu a deixaria mesmo naquele ponto.
- Jenna ...
- Boa noite, Emma. – Virei, minha boceta latejava de tesão. Se ela não voltasse atrás, não haveria masturbação que desse jeito no meu tesão, ia passar uma noite de cão.
Dei um passo. Dois. Cerrei os dentes, a ponto de voltar. Três passos. No quarto, sua voz veio quente, lânguida:
- Jenna ... – Mais um passo angustiante. E o pedido veio, nem parecendo que era Emma. Devia estar tão desesperada como eu: - Vem meter seu strap-on em mim, Jenna. Por favor ...
“Por favor”. Não acreditei. Fui até minha mala, peguei meu strap-on e então voltei como uma animal, já avançando para ela. Tudo dentro de mim gritava, meus instintos mais violentos e sedentos de poder, minha lascívia descontrolada, meus sentimentos cada vez mais abalados por Emma. Agarrei seu cabelo e puxei sua cabeça para mim, beijando a sua boca, apertando com força a sua bunda. Levantei-a um pouco e meu “pau” se meteu por baixo dela, abrindo seus lábios melados, entrando com tudo até o fim. Gotejava, toda molhada e quente. Gemeu em minha boca e se moveu contra mim, querendo mais do que eu dava. Afastei a boca e a olhei pesadamente enquanto a fodia e enterrava meus dedos em seu quadril, nossos olhares se misturando, se confundindo, se conectando como nosso sexo. Fui bruta, rosnei e tomei o que quis. Mas queria mais.
- Segure-se. – Disse baixo, forçando-a para frente sobre o balcão, largando seu cabelo, erguendo um pouco mais sua bunda. Saí da vulva, meu strap-on todo lubrificado dos seus líquidos, babado. Quando forcei a cabeça em seu buraquinho, Emma apoiou bem os pés nas madeiras laterais do banco e praticamente se deitou para frente, empinando-se, querendo. E eu dei.
Comi seu cuzinho, entrando com tudo. Gritou e tentou escapar quando a estiquei com a largura e longitude do strap-on, mas não havia mais volta.
- Quietinha ... – Segurei-a bem forte e passei a penetrá-la em movimentos duros, enterrando tudo, fodendo-a sem pena. E então se abriu, me sugou, gemeu. Quando rebolou no meu “pau” eu me descontrolei de vez. – Porra de mulher gostosa ...
Devorei seu cuzinho, estocando com tanta força que fazia barulho quando batia contra ela.
- Isso, Jenna! Vem ... Ai, que delícia de “pau” ... Assim ...
Ficou descontrolada, devassa, alucinada. Tirou a bunda do banco, sua vagina pingando na madeira, seus movimentos mais intensos para receber cada golpe dentro dela. Deixei-a mais louca quando passei a esfregar seu clitóris inchado em sincronismo com as metidas que dava.
- Gosta assim? Que eu seja bruta? Ou assim? – Dei um tapa bem forte em sua bunda com a mão direita.
- Ah! – Gemeu e a safada estava gostando. Dei um tapa mais firme, seco, com a mão fechada. Puxei o strap-on para fora e me afastei o suficiente para continuar masturbando-a pela frente e espancando sua bunda sem pena, cada vez mais forte, dos dois lados. – Ah, Jenna ... Pare! Pare!
Mas não fugia das bofetadas, enquanto eu a surrava e via sua pele ficar vermelha, toda marcada de dedos. Estava quente quando parei e a agarrei forte de novo, meu “pau” abrindo-a, penetrando-a, enterrando-se no cuzinho delicioso. Emma arquejou e me tomou toda, fora de si, agoniada, pingando em meus dedos por baixo dela.
- Não vou aguentar ... – Desabafou em meio à tensão sexual que crescia e nos envolvia, suas unhas raspando o balcão, sua cabeça jogada para trás, fazendo as pontas do cabelo macio roçarem o meu braço. Encostei em suas costas e passei a língua em sua orelha, sabendo que se arrepiava toda, confessando baixinho: - Jenna, você ainda acaba comigo ...
Não, quem estava acabando comigo, me dominando por inteira era ela. Naquele momento compreendi o quanto estávamos ligadas, o quanto nos queríamos e nos encaixávamos além do lado físico. Não sentia desejo por nenhuma outra mulher. Era só Emma que dominava meus pensamentos e sentimentos, meu corpo e minha razão. E aquilo me deixou ainda mais excitada e feliz, sem medo do que o futuro poderia trazer para nós.
- Minha gata brava e gostosa. – Murmurei rouca. – Vamos nos acabar juntas então. De todas as formas. Assim ...
Abri bem sua bunda para os lados e enterrei meu strap-on em movimentos bruscos e contínuos, cerrando os dentes para conter o tesão que se acumulava mais e mais, que crescia e se avolumava, me deixando excitada além do limite. Esfreguei os dedos molhados em seu brotinho ereto e ela arquejou, se debateu, sacudiu os cabelos alucinada. Então gritou, se retesou e começou a ter espasmos sem fim, devassa e quente, latejando contra meu “pau”. Deixei que o orgasmo viesse arrebatador, solto de suas amarras, livre. Fui bruta e feroz em minhas estocadas, gemendo contra seu cabelo, fechando os olhos e me entregando às sensações embriagantes e luxuriosas do corpo, mas tudo indo muito além do sexo puro. Era também conexão, doação, arrebatamento. Era coração disparado, pele ardente, sentimentos revoltos e um desejo que atingia a alma, que tocava fundo, alucinava. Foi longo e avassalador. Emma desabou sobre o balcão suada e choramingando e meti mais algumas vezes no ânus molhado e apertado, sem conseguir parar. Mas então firmei as mãos na madeira do bar e respirei fundo, de pé, ainda toda encaixada dentro dela. Beijei suavemente sua pele entre o meio das costas e a nuca, passando a ponta do nariz ali, aspirando seu perfume e o cheiro bruto de sexo no ar. Só então tive coragem de puxar meu strap-on para fora, ambas lamentando com um gemido. Passei uma das mãos em seu cabelo e somente então desfiz o fecho de seu sutiã nas costas, abrindo-o e tirando-o. Deixei-o no chão e girei Emma para mim no banco, descendo meu olhar pór seu corpo nu coberto só com a meia-calça preta até as coxas, aqueles cabelos curtos e claros se espalhando por seus ombros. E então encontrei seu olhar tão intenso no meu, os lábios levemente entreabertos. Larguei o strap-on no chão. Segurei sua cintura e me aproximei mais entre suas coxas, mordiscando de leve seu lábio inferior, roçando meus seios nas pontas duras de seus seios.
- Olha o que faz comigo, safadinha ... Me deixa com tesão o tempo todo, mesmo quando acabo de ter um orgasmo junto com você.
- E o que acha que faz comigo? – Sua voz veio baixa e macia contra meus lábios. Subiu as mãos pelos meus braços e acariciou meus cabelos na nuca, passando a ponta da língua no contorno dos meus lábios, parando só para completar: - Quero você o tempo todo.
- Nunca pensei que o tesão duraria tanto. – Confessei a verdade, me afastando o suficiente para encontrar seus olhos claros. – Principalmente pelo que somos.
- Ainda bem que estávamos enganadas. – Sorri devagar, um pouco mais tranquila agora que tinha esvaído parte do meu tesão, sabendo que a noite ainda seria uma criança. A última nossa em Portugal, longe dos problemas e das tensões do dia a dia. Somente para curtirmos e ter prazer. – Quer tomar um banho de banheira?
- Quero.
- Vou preparar pra gente. Mas antes ... – Enfiei uma das mãos em seu cabelo na lateral do rosto e inclinei a cabeça para beijar sua boca. Saboreei primeiro seus lábios, para então enfiar minha língua e buscar a dela em um beijo quente e gostoso. Emma trouxe-me mais para perto de si e retribuiu da mesma maneira. Fomos envolvidas por várias sensações e sentimentos, tão ligadas que parecia impossível poder nos separar naquele momento.
Eu deixei Emma dentro da banheira e fui pegar champanhe no bar e duas taças. Voltei, deixei a garrafa em um banquinho e sorri pra ela, com as duas taças na mão. Estávamos à vontade e relaxadas. Entreguei a dela, puxei a toalha do meu corpo e a larguei no banco, antes de entrar na água morna e espumante e me sentar à sua frente, observando-a enquanto tomava um gole, seus cabelos presos em um coque, seus ombros nus brilhando molhados. A água ficava praticamente na altura de seus mamilos, que hora ou outra despontavam na espuma, tentadores. Eu a observava, o desejo se avolumando dentro de mim.
- Por que essa cara de tarada, Jenna? – Indagou com uma risada, apoiando a cabeça na borda.
- Por quê? Ainda pergunta?
- Acabamos de transar. Podia estar mais relaxada.
- E estou. Mas não posso ficar imune com você nua na mesma banheira que eu. – Passei o olhar em seus seios e, provocante, Emma ergueu um pouco mais o tronco. Os mamilos ficaram de fora, cheios de espuma. Fiquei totalmente excitada na hora. – Você provoca, depois reclama
- Quando eu reclamei? – Piscou sedutora. – Pode olhar a vontade, querida.
- Sabe que não quero só olhar
- E é isso que mais gosto em você. Não pede, toma
Sorri, achando graça de seu tom, segurando minha taça.
Então tomei um gole do champanhe, dizendo com sinceridade:
- Essa viagem foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Até lamento ter que voltar para a Califórnia.
- Eu também. – Observa-me atenta. Disse com cuidado: - Está chateada com o lance do seu pai, não é?
- É.
Aquilo me incomodava muito. Sabia que teria que conversar novamente com ele, mas saber que pensava o pior de mim, mesmo tendo me conhecido a vida toda, magoava. Fui julgada e condenada sem chance de defesa, tudo por causa de uma mentira. E durante boa parte do tempo aquela sensação ruim permaneceu comigo. Só me livrava dela quando estava com Emma.
- Seu pai vai entender que errou, Jenna. Não fique chateada.
- O que mais me deixa puta é ele ter acreditado em Grace sem vacilar.
- Mas por que descobriu o lance do BDSM e confundiu tudo. Na cabeça dele, você é uma devassa.
- O que não deixa de estar certo. – Terminei todo o champanhe e pus a taça vazia ao lado, no banco. Olhei-a, acrescentando: - Com exceção do fato de dar em cima da minha madrasta.
- Isso seu pai vai entender. Como pode um homem ser tão bobo, tão cego por uma mulher? – Parecia irritada.
- Paixão. Costuma cegar as pessoas.
- Deve saber do que está falando. – Terminou sua bebida e deixou a taça ao lado também, lançando-me um olhar atento. – Já foi apaixonada. Pela mulher do seu amigo.
- Mas não fiquei cega. Acho que nenhuma mulher me dominaria assim, por mais que eu a amasse. Meu pai acha que Grace é uma santa. Chega a dar raiva!
- Ele vai enxergar.
- Vai. E quando isso acontecer, vai ficar decepcionado demais e sofrer como um condenado.
- Infelizmente, só assim para as pessoas aprenderem. – Deu de ombros. E então se ajoelhou na banheira e veio assim até mim, deixando a água até a cintura e os seios nus. Na mesma hora meus instintos de gritaram e fui invadida pelo tesão. Acariciou meu rosto.– Tadinha. Tem algo que eu possa fazer para afastar essa ruga entre seus olhos e esse olhar triste?
- Posso pensar em uma meia dúzia de coisas. – Falei baixo, sem tocá-la, apenas olhando-a, querendo saber até onde ia.
- É? Tipo isso? – Por baixo d’água, agarrou minha boceta com a mão e me masturbou devagar, sorrindo lentamente, lasciva. – Essa boceta é tão gostosa que fico molhadinha só em colocar a mão nela.
- Pode fazer mais com ela, dividir com a sua boca. Quer? – Sentia as pálpebras pesadas, o coração batendo forte, o desejo já dominando meu corpo.
- Quero. – Murmurou lambendo os lábios, os olhos brilhando.
Apoiei o peso do corpo nos braços em volta da borda e me ergui, sentando na beira da banheira, abrindo as pernas, água e espuma escorrendo do meu corpo. Emma passou os olhos luxuriosos sobre mim, excitada, suas mãos já vindo em minhas coxas enquanto se metia entre elas. Fitou minha boceta e gemeu baixinho. O tesão estava lá, estalando o ar entre nós, deixando-nos prontas para mais uma maratona deliciosa de sexo e loucura. Pensei que me chuparia, mas sensual e experiente como era, Emma foi além. Introduziu dois dedos em mim e começou a me chupar loucamente. Abri mais as pernas e apenas deixei que se divertisse, sem tocá-la, apenas aproveitando a delícia que era ser chupada daquele jeito. Quando ergueu os olhos pesados e safados para mim, cheios de lascívia, sua boca docemente em meu clitóris, quase gozei. Mordi forte o lábio e a encarei, vendo como ficava satisfeita me tendo dominada por ela, presa na teia do seu tesão. Mas não podia durar muito, pois era gostoso demais. Falei baixo:
- Vamos para o quarto. Preciso comer você também.
Emma tirou a boca e ergueu a cabeça, mas continuou deslizando os dedos dentro de mim.
- Quer comer minha bocetinha?
- Não.
- Não?
Segurei suas mãos e a fiz se levantar na banheira, enquanto eu fazia o mesmo, meus seios ainda cheio de espuma enquanto eu saía da banheira com ela e pegava uma toalha de qualquer jeito. Fitei seus olhos e completei:
- Hoje a noite é do seu cuzinho. Quero ele de novo.
- Você é uma mulher muito gulosa. E se eu não quiser? – Provocou, usando a toalha só para enxugar o pescoço, dando-me as costas e seguindo para o quarto.
- Vai querer. – Falei com Certeza
Fomos para a cama. Emma largou a toalha e foi de quatro até o espaldar, mostrando-me sua bunda e seu sexo, seu corpo todo nu e úmido, a tentação em pessoa. Não me fiz de rogada. Fui atrás, me ajoelhando na cama, já mordendo a carne firme e redonda de uma nádega, arrancando gemidos de sua garganta. Remexeu-se e murmurou:
- Ai, assim dói ...
- Você ainda não viu nada. – E mordi mais, cada parte da sua bunda, meus dedos masturbando-a, fazendo-a rebolar, arfar, ficar toda molhadinha. Então meti dois dedos em sua bocetinha e lambi seu cu cheiroso, forçando a língua dentro dele. Deixei-a no ponto, excitada, respirando irregularmente.
Emma agarrou o espaldar da cama e se empinou toda enquanto eu a segurava firme pelos quadris. Mergulhei dois dedos dentro de sua bocetinha só um pouco para matar a saudade e lubrificar mais meus dedos com seus líquidos melados. Eu a comi ferozmente, estocando brutamente. Então tirei os dedos e forcei em seu cuzinho. Emma também se forçou contra mim e o resultado foi que a fodi ali de uma vez, bem forte, fazendo-a arquejar.
- Ah, que dedos gostosos ... Arde tanto ...
- E você gosta. – Gemi rouca, enterrando tudo, passando a estocar com violência.
Foi delicioso. No quarto na penumbra e silencioso, eu a fodi ríspida, até que ambas estávamos perdidas, alucinadas no nosso prazer. Nos devoramos sem reservas, entregues e arfantes. Em determinado momento, saí de dentro dela e sentei na cama. Emma segurou em meus ombros e montou-me de frente, com os pés apoiados no colchão ao lado do meu quadril e as pernas abertas. Fechei a mão direita, deixando três dedos para cima, enquanto a outra mão agarrava sua bunda e a fazia descer sobre meus dedos. Enfiei em seu cuzinho, até que sentou em minhas coxas tendo meus três dedos todos enterrados dentro dela. Estremeceu e se contraiu, fora de si, lábios entreabertos, olhar devassamente perdido.
- Mexa essa bundinha para mim. – Ordenei cheia de lascívia, enquanto a olhava e a via cavalgar, deslizando em volta de mim, recebendo-me por inteira. Enterrou as unhas em meus ombros, gemendo, choramingando. – Isso, minha gata brava. Toma tudo.
Era gostoso demais. Esfreguei o polegar em seu clitóris e enfiei um mamilo na boca, chupando com força.
- Ah! – Emma gritou, alucinada, jogando a cabeça para trás, perdendo o controle de vez.
A fome dentro de mim era voraz. Queria mais dela, tudo e mais um pouco. Rodeei o botãozinho algumas vezes sem conta com o polegar e puxei o mamilo com os dentes até deixa-lo muito duro e pontudo. Então, fiz com o outro mamilo. Ela pulava e me engolia, fora de si, as unhas enterradas em minha pele ardendo, mas não sendo nada perante o tesão que nos engolfava em sua violência. Ergui a cabeça e me recostei mais, lambendo os lábios, descendo o olhar por seu corpo lindo e curvilíneo até sua vulva toda aberta e gotejante para mim, vendo meus dedos sumir dentro do seu cuzinho. Era uma visão espetacular, capaz de desnortear e abalar qualquer uma. Movi a mão, fodendo-a com fúria, mordendo o lábio e indo ainda além de tudo. Virei a outra mão de lado e dei um tapa seco e estalado direto contra os lábios vaginais depilados e o botãozinho saliente.
- Jenna! – Emma berrou, abrindo os olhos abalada, estremecendo, ondulando. Fitei-a duro e bati de novo em cheio em sua vulva, fazendo-a gritar e se contorcer, se sacudir toda. Suas unhas se cravaram fundo na minha pele e xinguei um palavrão, dando outro tapa, tão forte que na mesma hora ela começou a gozar sem controle e a pular, engolindo-me loucamente, dizendo palavras desconexas.
E foi então que a abracei bem colada contra o peito, agarrei sua nuca e sua bunda e a fiz roçar a bocetinha em minha boceta, beijando apaixonadamente sua boca, bebendo de seus gemidos entrecortados. Foi assim que gozei também, sua bocetinha roçando na minha, um rosnar violento vindo de dentro de mim, deixando-me tonta de tanto prazer. Quando acabou, caímos na cama, exaustas. Emma lambeu meu seio e eu acariciei sua cabeça, soltando seu cabelo, espalhando-o por seus ombros. O sono veio e nos entregamos a ele, entrelaçadas na cama.
O dia seguinte foi idílico. Seguimos para o centro do Porto logo de manhã e fomos tomar café no Majestic, um Café histórico localizado em um ambiente cultural que o envolvia como se o tempo tivesse parado. Tinha uma arquitetura de identidade Arte Nova e Emma me disse que ali tinham se encontrado várias personalidades da vida cultural e artística da cidade. Explicou também que em 2011 foi considerado o sexto café mais bonito do mundo e isso era bem fácil de entender. Portas de madeira escura com vidro estavam abertas e nos davam as boas-vindas para o salão do café Majestic com um lustre magnífico que espalhava luz dourada, seu chão de mármore escuro rajado, o bom gosto nos detalhes de gesso no teto e nas mesas de madeira cercadas pelas paredes de um amarelo escuro. Havia um piano à vista, de cauda longa, onde mais tarde alguém tocaria. O café da manhã foi bem servido, tudo delicioso, enquanto nos fartávamos e conversávamos bem à vontade e felizes. Em vários momentos segurei a mão de Emma ou simplesmente a acariciei, embora parecesse levemente surpresa com cada toque, como se carinhos assim sem motivo sexual a deixassem sem graça. Isso só me divertiu, mas não me impediu de continuar. Havia dentro de mim uma necessidade de senti-la, mais do que tudo. De lá, saímos de mãos dadas e Emma me levou pra conhecer a Livraria Lello, de um ímpar valor histórico e artístico, sendo reconhecida como uma das mais belas livrarias do mundo por diversas personalidades e entidades. Era enorme, de teto alto e amplo, como uma escadaria vermelha cercada de corrimão de madeira, subindo e dando em uma outra escada curva que atravessava o segundo andar de uma ponta a outra. Já estava bem movimentada de manhã e descobrimos que nós duas adorávamos ler. Circulamos por várias sessões e ficamos lá, percorrendo os corredores, folheando livros de diversas partes do mundo, discutindo sobre nossos gostos. Eu preferia biografias e livros sobre arte. Separei alguns. Emma me surpreendeu ao pegar alguns romances eróticos e exclamar, animada:
- Tem várias autoras aqui, que eu adoro. Algumas mais ligadas ao romance, outras ao hot. Vou levar todas!
- Agora sei de onde vem toda essa lascívia em você. Os hots combinam. Mas o romance, me surpreendeu. – Falei com um sorriso.
- Guardo o mínimo de romantismo que tenho para o meio literário. – Brincou, com vários livros na mão, piscando sensualmente.
Meu sorriso se ampliou. Deixei meus livros sobre a mesa e peguei os dela, lendo o nome das autoras:
- Hum ... Nana Pauvolih, Megan Maxwell, E.L James, Lauren Layne ... só mulheres?
- Homem não sabe escrever sobre sexo. – Debochou.
- Nisso eu tenho que concordar.
- Então, minha querida.
Peguei meus livros e os dela e indo em direção ao caixa.
Brigou comigo quando paguei os livros e brigou de novo para pagar o almoço, o que também não deixei. Ficou emburrada e tive que encostá-la em um canto da Estação de Comboio em que visitávamos e beijá-la até seu mau humor passar e me fitar com olhos pesados de desejo. Só então me deu a mão e passeamos pelo local da estação de temática histórica, com seus belíssimos painéis de azulejo que representavam cenas passadas no Norte do país, além de contar a história do transporte em Portugal. Foi um verdadeiro passeio de turista e voltamos ao hotel satisfeitas e cansadas. Depois de um banho e jantar no lindo salão do Hotel, fomos para a cama. Eu a esperei recostada nos travesseiros, nua, só um lençol me cobrindo. Emma veio ao quarto linda e nua, segurando seu robe negro com o braço ao redor do seio, o tecido de seda caindo à sua frente e escondendo apenas o seu sexo. Parou sorrindo em uma pose sensual, seu olhar me devorando, demonstrando um desejo que se equiparava ao meu. Então largou o robe no chão e veio até mim com um andar sensual de gata, linda e nua, deixando-me completamente arrebatada. Senti o coração bater forte e fui invadida por uma série de sentimentos poderosos, como nunca conheci antes, nem por Chloe. Emma parecia ter o poder de despertar o que havia de mais intenso e desconhecido dentro de mim. E me dei conta, meio que nervosa que estava ficando apaixonada por ela.
- O que esse lençol está fazendo aí, cobrindo minha bocetinha lredi? – Sorriu jocosa ao se ajoelhar na cama, segurando o lençol que me cobria e jogando-o para o lado, seus olhos brilhando ao ver minha boceta lisinha, enquanto lambia os lábios. – Hum ... que gostoso.
Estava sem querer brincadeira naquela noite, louca para chupar a boceta dela, ansiosa não só com o desejo e a lascívia, mas também por me dar conta que o que sentia por ela era muito mais sério do que pensei.
- Querida, eu quero chupar sua boceta ... To salivando aqui ...
Depois. – Rosnei, já agarrando-a e jogando-a na cama enquanto dava um gritinho e seus cabelos se espalhavam pelo lençol branco. Abri suas pernas para o lado e caí de boca em sua bocetinha, chupando com vontade e desejo, adorando seu gosto picante, seu cheiro único e ímpar no qual já estava viciada, passando a língua pelos lábios inchados e lisos, deliciosos.
- Ah ... – Emma estremeceu, se arreganhando mais, jogando a cabeça para trás e ondulando sem controle. Seus dedos foram em meu cabelo e seus gemidos como miados romperam o quarto.
Suguei o clitóris com força, até ficar fora de si entre a dor e o prazer. Então lambi bem no meio da rachinha, encontrando-a toda melada do jeito que eu gostava. Só então me ergui e encaixei o meu sexo no dela e assim começamos uma deliciosa tesoura. Então tirou a cabeça do travesseiro e buscou minha boca. Eu a encontrei no meio do caminho e nos devoramos, nossas línguas duelando, nossos corpos sendo um só. Fui invadida por emoções violentas, dando-me conta do quanto estava feliz e realizada. Eu tinha encontrado minha felicidade. E jurei a mim mesma não deixá-la escapar. Gozamos juntas, em uma foda bem gostosa e romântica, nos beijando o tempo todo e nos acariciando. Não teve luta pelo poder, tapas, nem arranhões. Só o desejo e os sentimentos rolando soltos, deixando-nos como que embriagadas, mostrando uma nova forma de prazer. Depois dormimos juntas abraçadinhas, sem dizer nada. Não havia necessidades de palavras. Na manhã seguinte, pegamos um voo de volta aos Estados Unidos. Durante as dez horas de viagem, conversamos, lemos, cochilamos. Mas percebi que Emma estava mais calada que o habitual, parecendo preocupada. Peguei-a me observando diversas vezes, mas sempre disfarçava ao me ver olhá-la. Indaguei a mim mesma se estava se sentindo tão ligada a mim quanto eu a ela e tive certeza que sim. Mas, como já havia notado antes e ela mesmo admitido, não queria envolvimentos. Havia algo em seu passado que a assustava e pelo jeito que reagia quando eu a imobilizava, soube que foi algo bem ruim e marcante, talvez uma violência sem igual ou um estupro. O que só de imaginar me dava vontade de matar o desgraçado que fizera aquilo. Sabia que a única maneira de derrubar suas defesas seria fazendo com que confiasse em mim. Eu teria que conquistá-la e aos poucos penetrar em toda aquela carapaça. Mas felizmente era uma mulher paciente quando desejava alguma coisa. E pus como minha meta principal fazer Emma se apaixonar por mim e confiar. Chegamos a Califórnia por volta das sete horas da noite, bem cansadas. Acompanhei-a até seu apartamento e nos despedimos com um beijo quente e gostoso. Não falou muito, mas também não insisti em conversar. O recado principal tinha sido dado. Depois de um banho e de beliscar um sanduiche rápido, sentei na sala e pensei no meu pai. Estava preocupada e com saudades, sem falar com ele há dias. Assim, peguei o celular e disquei seu número. Atendeu um tanto frio:
- Jenna.
Senti-me uma garota, quando me olhava de cara feia por ter feito algo errado. Nunca precisou me bater. Aqueles olhares me faziam sentir vergonha e culpa e rapidamente me retratar. Só que daquela vez eu não tinha culpa de nada.
- Oi, pai. – Mesmo assim, aquela sensação ruim continuava, como se o tivesse decepcionado. – Como estão as coisas?
- Bem. – Foi polido.
- Acabei de chegar e viagem. Correu tudo conforme planejado com os novos contratos.
- Que bom.
- Amanhã podemos discutir como faremos com os pacotes europeus e ...
- Não vou ao escritório amanhã. – Disse secamente.
- Não? Está doente? – Fiquei preocupada, chateada, me sentindo mal.
- Estou pensando em me afastar um tempo de lá. Está mais do que na hora de me aposentar.
- É por minha causa? – Indaguei baixo. Ficou em silêncio e foi como tomar um soco. – Pai, precisa acreditar em mim. Nunca fiz nada com Grace, nem mesmo a olhei. Não faria isso com o senhor.
- Não quero falar desse assunto.
- Mas ...
- Preciso de um tempo, Jenna. – Parecia cansado. – Estou pensando em viajar por uns dias para o Sul. Por isso, não estaremos aqui no Natal. Espero que entenda.
O Natal era dali a quatro dias, na quinta-feira. Percebi que era uma maneira de me dispensar, de não se ver obrigado a me receber na casa em que fui criada e em que passei todos os natais da minha vida. Fiquei arrasada.
- Tudo bem. – Não havia mais nada que eu pudesse dizer.
- Se precisar de algo sobre a empresa, é só ligar. Agora preciso ir. Está tarde. Tenha uma boa noite.
Desligou antes que eu tivesse tempo de me despedir.
Apoiei a cabeça no sofá, magoada, meu peito apertado. Tive ódio de Grace, mas também raiva por meu pai acreditar nela e me castigar daquele jeito. De início, pensei em me isolar ali e nem querer saber de Natal. Mas então respirei fundo e lembrei do convite de Noah e de Chloe para passar com eles. Outros amigos como Dona Margaret, Ian, Ava e Stella , a avó de Noah, também passariam lá. Até James ficou de dar um pulo depois da meia-noite. Pensei em Emma, sem família e de volta aos Estados Unidos depois de tanto tempo. Queria estar naquela data com ela e resolvi convidá-la. Com esses planos feitos, as coisas não pareceram tão ruins. Mas mesmo assim, enquanto me levantava e ia para a cama, sentia o aperto no peito continuar e a mágoa lá, dentro de mim, disputando espaço com uma incipiente tristeza.
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Submissão - JEMMA
FanfictionEm Submissão temos o foco na dominatrix Jenna ou Jennie como gosta de ser chamada por seus amigos. Jenna é uma Domme fora do comum. A cara de boa moça, o romantismo e suas boas maneiras mascaram seu lado mais sombrio, que adora submeter e ter uma mu...