Epílogo

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Boa noite, queridos leitores!

Infelizmente a fic chegou ao fim, mas estou pensando em fazer outra! Aeeee

Comentem ai se vcs gostariam de uma nova fic de Jemma. 

:*


Jenna


Arianna Myers Ortega nasceu praticamente três anos depois de Benjamin. Veio finalmente a nossa menininha, só para completar a felicidade da nossa família. Pouco menos de um ano antes, Noah e Chloe tinham tido mais um filho, Gaio. Abby estava com 5 anos e Carl, filho de James, que só ficara nele mesmo, tinha quase 4 anos.

De repente os três amigos que farrearam muito no Clube Catana eram casados e responsáveis, pais e mães de família. E nossos filhos seguiam nossos caminhos, tornando-se amigos, frequentando as mesmas escolas, indo no aniversário uns dos outros.

Eu era uma mulher muito feliz e apaixonada por Emma e por nossos filhos. Onde eu ia os carregava comigo, nem que fosse para dar uma caminhada na praia ou um pulo na padaria. Emma achava graça, mas era do mesmo jeito. Era uma mãe maravilhosa.

Nunca pensei que seria tão realizada. Ela me completava em tudo, era minha amiga e companheira, minha parceira nos negócios da agencia, minha amante mais do que perfeita. Eu não mudaria nem uma vírgula nas escolhas que fiz, no fato de ter ficado com ela quando tudo parecia contra. Foi a maior surpresa e a maior conquista que eu poderia ter.

Pensei como poderíamos nos enganar com as pessoas. Lembrei da mulher metida e arrogante que me comprou naquele leilão do Catana, e quando olhava para Emma hoje, minha esposa carinhosa e apaixonada, via que nem sempre as coisas que pareciam uma coisa eram aquilo. Ela tinha usado uma carapaça que caiu, mostrando a joia rara que tinha dentro. Era perfeita para mim. A mulher da minha vida.

No aniversário de Arianna de um ano, fizemos uma grande festa. As crianças corriam de um lado para outro, subiam nos diversos brinquedos infláveis espalhados no gramado, se divertiam com os palhaços e animadores, aproveitavam a bela tarde de sábado.

Eu andava no meio de todos, animada, conversando com amigos, aproveitando tanto quanto as crianças. Vi Emma e Chloe conversando de mãos dadas com os caçulas, Arianna que ainda não tinha firmeza nas pernas, Gaio brincando de se esconder da minha filha atrás das pernas da mãe. Sorri e segui em frente, vendo que em uma mesa ali perto estava Amy e Carl, o menino de 5 anos muito quieto e sério, que não corria nem brincava como as outras crianças. Não era a primeira vez que eu tinha notado aquilo no filho de James.

Carl era um garoto quieto, sempre bem arrumado e comportado. Não parecia uma criança feliz e aquilo me doeu o coração. Enquanto Abby descia no escorrego gritando e Benjamin corria atrás de uma bola de futebol com os colegas, Carl só olhava.

Era um garoto extremamente bonito, parecido com o pai, com cabelos negros que contrastavam com seus olhos azuis. Mas de que adiantava se não era feliz? Será que James não via aquilo?

Busquei meu amigo com os olhos. Fui vê-lo a um canto perto do bar montado, pegando um copo de uísque para si. Fui até ele e dei um tapa em seu ombro. Virou-se e percebi que estava concentrado em alguma coisa longe dali, perturbado. Mas na mesma hora concentrou-se em mim e falou:

- Bela festa.

- É. Pena que o Carl não está aproveitando. O que ele tem?

James franziu o cenho e buscou o filho com os olhos, como se só então percebesse o que eu dizia. Sacudiu a cabeça.

- Isso é coisa da Amy. Cria o menino cheio de regras. – Parecia um pouco irritado.

- Como se você não fosse também cheio de regras. – Ironizei. Encarou-me e sabia que eu estava certa.

- É, sou controlador e sistemático mesmo, mas não com meu filho. Acho que Carl vai ser pior do que eu. Vou lá falar com ele.

- Espere. Aconteceu alguma coisa? Estava aí com uma cara.

- Nada. – Negou na hora. Mas as sobrancelhas franzidas e o olhar perturbado contavam outra história. Percebi que parecia um pouco nervoso e isso em James era um fenômeno.

- O que houve?

Fitou-me e algo sério parecia ter acontecido. Sacudiu a cabeça.

- Ontem encontrei uma pessoa que não via há muito tempo. – Disse baixo.

- E isso é ruim?

- Não.

Não falou mais nada. Eu o observei. Poucas vezes o tinha visto assim, parecendo um pouco fora do seu eixo. Era sempre muito seguro e dono de si. Afirmei:

- Pelo visto essa pessoa é importante. Ele não respondeu e arrisquei:

- Layla?

- Como você sabe? – Olhou-me de imediato, muito alerta e empertigado, seus olhos intensos fixos em mim.

- Uma vez me falou dela, lembra? Quando conversávamos naquele bar.

- Eu só falei o nome dela, Jenna.

- E foi o bastante para notar que mexeu com você. Como agora.

- Não quero falar sobre isso. Foi só um encontro.

- Entendo. Um encontro casual.

- É.

Acenei com a cabeça, como quem diz: "Me conta outra!". James fechou a cara e deixou a bebida intocada sobre o bar.

- Vou falar com meu filho.

- Vai lá. Mas James...

- O que é?

- Se quiser conversar sobre esse encontro, sabe onde me encontrar.

- Eu sei, amiga. – Forçou um sorriso. - Mas acredite, está tudo bem.

Ele se afastou em direção ao filho triste. E me dei conta que, de nós três, era o que parecia também menos feliz.

Continuei meu caminho e vi Noah rindo ali perto de Chloe, pegando Gaio no colo. Era uma pena que não pudéssemos ver um riso daqueles no rosto de James.

- O que você tem? – Emma parou ao meu lado, com Arianna no colo, que ria para mim. Eu a peguei, pensando em como meus dois filhos nasceram loirinhos.

- Não foi nada.

- Parecia preocupada.

- Está tudo bem. – Sorri para ela e depois para meu tesouro no colo: - Não é, aniversariante da mamãe?

Ela riu, expondo dois dentinhos na frente. Puxei Emma para mim e beijei seus cabelos, murmurando:

- Minhas duas mulheres lindas.

Fitou-me feliz. Eu olhei em volta, vi Benjamin correndo cheio de saúde. Notei meus amigos, meu pai, Grace, até Susan tinha vindo. E mais uma vez suspirei de puro êxtase, pois desde sempre quis casar e ter filhos. E agora meu sonho tinha sido mais do que realizado.

Fitei os olhos claros de Emma e ela retribuiu, como se pensasse a mesma coisa que eu. Murmurei sobre a cabecinha de nossa filha:

- Eu te amo.

- Eu te amo. – Repetiu de volta, baixinho.

- Minha submissa perfeita.

- Meu anjo submissa.

Rimos e a apertei mais contra mim, beijando sua boca. Arianna deu um gritinho, Benjamin veio correndo e abraçou nossas pernas, e meu coração se encheu da mais pura e comovente felicidade.

Aquela vida era muito boa.



FIM.

Submissão - JEMMAOnde histórias criam vida. Descubra agora