Quando o sol se pôs, o homem caído finalmente abriu os olhos, uma garota estava ao lado da cama e assustou-se. Gritou os pais e logo toda a família estava no quarto minúsculo: a mãe, o pai, os irmãos pequenos.
- Ele está acordando? - a pequenina perguntou ficando perto dele.
- Saia daí menina! - a mãe puxou a garota.
O homem estava de olhos abertos mirando o teto, todos que se encontravam no quarto estavam receiosos de dirigirem-se a ele. Até que a pequenina gritou.- Fala alguma coisa, seu idiota!
- Menina! - a mãe gritou, a menina encolheu-se atrás dela.
- Desculpa... - o homem falou por fim e com esforço sentou-se na cama. Todos se afastaram - Onde estou?
- Uma fazenda - respondeu o pai.
- Ah. - o homem ficou olhando para a parede.
- Você está se sentindo bem? - perguntou o pai.
- Estou! - respondeu.
- De onde você veio? Encontramos você no meio do mato.
- Eu... eu vim andando da outra cidade e não tive mais forças, acabei caindo por aqui! - mentiu.
- Você deve está com muita fome - a filha mais velha deduziu.
- Sim!
- Oh... venha, venha! - a mãe abriu espaço e seguiu para a cozinha.Todos a seguiram depois que o homem levantou e começou a andar. Ele tinha um ar de mistério que deixava todos confusos e a menina mais velha atraída.
- Toma esse leite e coma esses biscoitinhos, jovem! - a mulher falou.
- Como é seu nome? - ele perguntou depois de bebericar o leite.
- Pode me chamar de Zilah.
- Okay. Vocês moram aqui mesmo?
- Eu acho que quem deve fazer perguntas aqui somo nós! - disse o pai.
- Ah senhor, desculpa.
- Me chame de Alex. Onde você morava?
- Nunca tive lugar fixo. Sou nômade.
- Cigano?
- Não, não!
- E sua família?
- Fui abandonado! - parcialmente era verdade.
- Sem ninguém?
- Ninguém.
- Quantos anos você tem?
- Acho que 22 anos.
- Você acha?
- Sim.
Os filhos de Alex , presentes na cozinha, riram.- Trabalhava em algo?
- Não. Mas posso ajudar no que quiser.
- E por que eu iria querer? - perguntou Alex.
- Eu quero que ajude-me. Pelo menos que deixe-me por aqui até amanhã ou depois, até eu realmente encontrar quem procuro.
- E quem você procura? - a menina mais velha se interessou.
- Uma garota.
- Quem?
- Não sei. Mas ela está por aqui.
- Você é estranho! - falou o menino mais velho.
O homem riu e voltou a comer. Ele estava escondendo toda a verdade e suas origens. O nome da garota ele realmente não sabia, só tinha o rosto dela formado na mente. E sabia que algo havia acontecido entre eles. Mas suas memórias estavam parcialmente apagadas. Era tudo estranho. Somente achando a garota que conseguiria encontrar o sentido de sua vida.- Estou precisando de alguém para trabalhar, sim! Você poderia capinar para mim.
- Posso sim, senhor!
- Sabe mexer com plantas?
- Não. Mas se o senhor auxiliar-me, posso ser útil.
- Minha filha fará isso.A pequenina começou a pular e foi em direção ao homem para abraça-lo.
- Talita, eu estava falando da Giovana. Ela que ajudará. Afaste-se dele.
A pequenina estava com a mão no braço do homem e encolheu-se. Ele até que queria abraçá-la, a inocência emanava dela.
- Gio, você pode?
- Posso, papai! - a garota até se animou com o pensamento de ficar sozinha com o desconhecido
- Bom, você irá continuar naquele quarto. E tenha cuidado com o que faz, não tenho medo de matar homem! - falou Alex.O homem continuou intacto. Nada o afetava. Ele apenas assentiu. Sua fome estava passando. Depois comeu um pão. Estava até incomodado, as pessoas na cozinha não tiravam os olhos dele.
- Oi pequenina! - ele olhou para a menina.
- Oi! - ela sorriu.
- Talita, seu nome?
- Uhum.
- Tudo bem?
-Tuuuuuudo! - ela continuou sorrindo.
- Talita, vá para cama!
- Mas, já?!
- Sim! - respondeu a mãe.
- Chata!A menina pequena de cinco anos seguiu para o quarto. No meio do corredor parou e virou-se olhando diretamente para o homem.
- Moço...
- Talita... eu já lhe disse... - gritou a mãe.
- Calma, mamãe. Só mais uma coisinha. Moço, qual o seu nome?
Ele sorriu. O nome dele. Ele ainda não havia dito.
- Ian. Pode me chamar de Ian!
OBS.: Iarlla, se estiver lendo, acho que foi você quem disse uma vez que personagens que morrem devem permanecer mortos. Cara, impossivel. Apaixono-me pelos meus bbs antes mesmo de criá-los. Beijo, gatona!