Joseph viu Raven sozinha na beira da floresta e aproximou-se lentamente, a abraçou por trás e ela virou-se rapidamente. Raven havia pensado que era Ian, que pensamento tolo.
- Assustada? - Joseph riu.
- Bom dia pra você também.
- Não acho certo você ficar por aqui.
- Por que, não? - indagou ela.
- Foram achados dois guardas nossos mortos aqui dentro. Sangue por todo lado, um estava sem a cabeça e outro sem os dois braços, parte do corpo comida, terrível a cena.
- Me-men-tira, não é? - Raven gaguejou com medo.
- Verdade! Isso foi tudo ontem, pelo visto.
- Mas como? Sabem?
Ravena lembrou de seu demônio, era o único a solto, seria ele quem causou tudo isso? Ela não queria acreditar.
- Os guardas ainda estavam patrulhando, dividiram-se, e dois deram o azar. Cremos que foi o demônio que está fugido.
Raven ficou pensativa, como conseguiria convencer ao seu pai de não fazer nada com o demônio, se o próprio começava uma exterminção?
- Tudo bem, Raven? - Joseph perguntou olhando em seus olhos.
Ela apenas sorriu, ele afastou uma mecha do cabelo dela, pousando sua mão em seu pescoço e beijou a Raven, foi então que uma voz conhecida falou em sua mente: - Que nojo.
Ravena afastou-se rapidamente e olhou para os quatro cantos, Joseph a olhava com olhos interrogativos.
- Que foi?
- Nada! Vamos sair daqui. Preciso falar com meu pai.
- Certo.
A voz voltava: - Melhor assim. Até de noite.
Ravena deu uma última olhada para trás e seguiu com passos apressados para dentro do acampamento, Ian estava deixando ela doida. Ivis encontrava-se no quarto com Ely, Raven despediu-se de Joseph em frente a biblioteca com um beijo no rosto e seguiu.
- Pai? - disse dando duas batidinhas na porta.
- Entre, princesa! - foi a mãe que respondeu.
- E então? - Ivis a olhou.
- Precisamos conversar. É sobre o demônio.
- Sobre ele já está tudo resolvido. Não se preocupe.
- Pai, não quero que o matem!
Ely e Ivis olharam impressionados para a filha.
- Por que não? E por que eu deveria obedecer você?
- Não é uma questão de me obedecer, mas ele é o demônio que eu fui encarregada, quero terminar minha missão!
- Mas filha, ele possui a fúria de Lilith, ele matou dois guardas.
- Mas a fúria de Lilith diminui o grau demoníaco.
- Quem te disse isso?
- Eu li. - mentiu - Todos equivocados vocês que dizem que aumenta o mal de um demônio. Só quero que me escute e pare com essas buscas.
Ivis estava assustado com sua própria filha, como ela dizia aquilo? O chamava de equivocado?
- Respeite-me - foi a única coisa que ele disse. Coçou a cabeça e respirou fundo - Eu não posso simplesmente ceder ao seu desejo.