Lycka Claire é uma jovem que cresceu longe da sua família biológica, vivendo sob o domínio abusivo de seu sequestrador. Após escapar, encontra refúgio com sua amiga Victória, construindo uma vida melhor juntas. Porém, um dia fatídico na escola resul...
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Lycka Claire
Algumas horas atrás
Estou ouvindo zumbidos, não, não são zumbidos parece mais um forno apitando pra indicar que o bolo está pronto.
Bolo?Que tal de cenoura e cobertura de chocolate.
Ouço vozes no fundo mas não parece nada a voz da Victória cantando funk.
Victória?Mds Victória a gente faltou na escola e eu não fiz o trabalho de matemática!
Meus olhos estão pesados mas eu realmente preciso abri-los.
Que dor é essa na minha cabeça? Alguém desliga o cronômetro do forno, eu não aguento mais esses pip pip pip pip pip pip.
Victória vem desligar essa merda agora!
Porque ninguém me ouve? Victória?
Aff, deixa que eu mesma vou desligar.
— Ela acordou — digo a enfermeira que se aproxima
— Cuida dessa morta viva que eu vou avisar a família dela.
— Nunca entendi porque ela trata você assim — ela tá falando comigo? — Mas tudo, eu vou cuidar de você Lycka
— Consegue abrir os olhos?Não precisa fazer força, devagar, devagar, isso muito bem — Onde eu estou? —Perguntei confusa
— Cadê a Victória? — Isso não parece nada com a nossa casa
— Você precisa descansar — disse injetando algo em mim — Bons sonhos Lycka — Foi a última coisa que ouvi antes de começar a sentir os meus olhos pesarem
Porra moça eu acabei de acordar e tu tá injetando algo em mim dizendo que é pra eu descansar?
Eu ainda não descansei o suficiente?
Oh moçaaa
Na Recepção
—Eu já disse não Emma, ele deixou bem claro que quando ela acordasse era pra ligar noutras pessoas e não nele.
— Viu, até ela sabe — apontei pra recepcionista — Mas tu só quer ligar pra porra do Sr. Álvaro
—Foda-se eu sou a enfermeira principal dela e você é só a minha ajudante e ela uma mera recepcionista então vai ser do jeito que eu quiser.
— Vão tomar no cú vocês duas eu tenho um nome porra, recepcionista o caralho
— Por um acaso vocês se esqueceram que estão num hospital? — Doutora Rosângela perguntou se aproximando —O silêncio é terapêutico! — repetiu a sua famosa frase pela milésima vez — Podem explicar-me o que se passa aqui?
