Lycka Claire é uma jovem que cresceu longe da sua família biológica, vivendo sob o domínio abusivo de seu sequestrador. Após escapar, encontra refúgio com sua amiga Victória, construindo uma vida melhor juntas. Porém, um dia fatídico na escola resul...
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Aurora London
Pelos deuses, eu ainda não tinha digerido a informação que ia precisar me vestir feito uma palhaça pra voltar para minha casa em segurança.
Eu não podia vestir a roupa da Lycka pelo menos? Eu gostei do look dela.
Vi veio pro meu quarto avisar que eu ia me levantar muito cedo então eu precisava dormir, mas eu não tava conseguindo pegar no sono só de me imaginar vestida daquele jeito e fiquei andando de um canto para o outro.
E se eu não colocar a jaqueta?
Calça verde, blusa rosa? Não, eu não vou conseguir. Ele sabe que odeio Rosa o mais próximo que consigo chegar é o roxo, as férias no Brasil estão sendo as piores da minha vida toda.Se bem que o Sebastian mandou eu ficar e aproveitar mais tempo junto mas eu decidi vir nessa viagem idiota com os meus pais, eu devia começar a dar ouvidos ao meu namorado.
Preciso de um copo com água, sério!!
— Que susto — digo colocando a mão no coração enquanto fecho a geladeira com outra — Tá tentando me matar do coração cara azeda?
— O que você está fazendo acordada, mini diaba? — indagou sem dar importância ao meu drama
— Não estou conseguindo dormir.
— Quer que eu cante uma canção de embalar pra você?
— Tá achando que eu sou o quê? Uma criança de 4 meses? Tu me respeita que senão mando te decapitar
— Estava até sendo educada no início mas aí temos a mini diaba de volta.
— É AURORA.
— Ninguém liga se é Aurora, Aura, aff tanto faz — pegou uma maçã e deu uma mordida — Quer conversar?
— hum, vou esquecer o fato de você ter desrespeitado uma princesa e contar o que se passa pra você, talvez assim você me empreste suas roupas.
Contei que eu precisava sair do Alemão mas disfarçada já que ninguém pode saber que o Victor tem uma irmã, não sou burra então não dei detalhes do motivo, disse pra ela que o disfarce seriam as roupas da Fernanda e ela só fez uma cara de “sinto muito”.
— Ainda bem que eu não sou você, Aurora.
Deve tá com tanta pena que até chamou meu nome.
— Então, você me empresta suas roupas?
— E eu vou ficar o quê? Pelada? — Essa idiota e a mania de responder pergunta com pergunta — o mínimo que eu posso fazer pra você é tirar a roupa do corpo dela e colocar na máquina com muito detergente, secar e te ajudar a vestir.
