Capítulo 4

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"Me ajude, e como se as paredes
estivessem desmoronando, às
vezes tenho vontade de desistir,
mas, não posso desistir, isso
não está no meu sangue, deitada
no chão do banheiro, sem sentir
nada.

                                 ANNE GREY

Sarah- amiga, tá em casa? — escuto a voz de Sarah, e agradeço a Deus mentalmente. — Seu pai pediu pra mim te dá carona hoje, ele disse que vocês dormiram bem tarde ontem. — respiro, sentindo o alívio me dominar.

Anne- Você tá aqui! — seguro em sua mão, sorrindo. — Se eu fosse andando hoje, chegaria na escola só amanhã. — pego minha mochila e saio.

Sarah- Vamos de carro, com ele! — olho para o carro, vendo rafe e reviro os olhos.

Rafe- Oi, tampinha. — rafe diz, apenas o ignoro e escuto sua risadinha.

Anne- dá pra me dá licença! — digo, cruzando os braços. — Estamos atrasados, Cameron!

Rafe- É se eu não quiser? — ergui minhas sobrancelhas pro mesmo. — Vai fazer o que, tampinha?

Anne- olha aqui seu.. — começo, mas sou interrompida antes mesmo de falar algo.

Sarah- Vocês querem se matar? O problema é de vocês, vocês se odeiam? Eu não tô nem aí! — revirei meus olhos, recebendo uma olhar mortal de rafe. — Se matem se vocês quiserem, eu tô pouco me fudendo pra isso, só entrem na porra do carro!

Rafe- tava com saudade. — Agora é minha vez de lançar um olhar mortal para o mesmo.

Anne- Eu não.

Rafe- como você é chata, se fosse minha esposa colocaria veneno no seu café. — reviro os olhos, exageradamente.

Anne- se você fosse meu esposo, eu faria questão de beber. — O mesmo olhar pro retrovisor, focando meu olhar no seu.

Sarah- Por Deus, sossega o cu vocês dois. — Sarah diz, fecho meus olhos sentindo o vento gelado bater contra minha pele.

Eu não começo isso, ele que fica me provocando, eu também não vou ficar quieta escutando suas provocações idiotas, ele é um idiota, essa e a questão, ele não consegue, não um completo babaca.

Isso é desde que éramos pequenos, ele é tão implicante, eu não suporto ele, Rafe Cameron, você conseguiu o que ninguém conseguiu ainda, você entrou na merda da minha lista negra.

{•••}

Professora- Ok pessoal, agora, só falta.. — ela pega um papel, peço mentalmente para que não me chame de novo. — Anne Grey é JJ Maybank. — ela faz um sinal com a mão, para que eu fosse até a frente. — Senhorita Anne, pode começar! — Assenti com a cabeça, fui até a frente, respirando fundo.

Anne- O silêncio? Virou doença de tanto não falar sobre meus sentimentos, começou a me corroer por dentro, em uma bala enrola a angústia. E miraram bem no meio do meu peito, amarram minhas mãos com algemas escrito "solidão" mas me via em uma multidão, me jogaram em um mar de tristeza. E quando eu decidir gritar por ajudar, taparam os ouvidos e disseram rindo, "vocês estão ouvindo isso?" Que ridículo, não era vocês que falavam "não, mas quando tu precisa, pode conta comigo!" Me vi boiando em lágrimas que nunca foram enxugadas, mas sempre foram guardadas! Vi minhas cartas de socorro sendo rasgadas e desprezadas. Vi meus sofrimento serem motivo de risada.

Professora- muito bem, senhorita Grey! — ela diz, os aplausos começam de novo, ignoro e subo sentando do lado de Sarah, que sorria, igual uma mãe orgulhosa. — Senhor Maybank, sua vez.

SEMPRE É PARA SEMPRE MEU ETERNO AMOR. Onde histórias criam vida. Descubra agora