Capítulo 18

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"Não consigo olhar no fundo dos
seus olhos, e enxergar as coisas,
que deixam no ar, me deixam no
ar, as várias fases e estações que
me levam com o tempo e o
pensamento, bem devagar,
outra vez, eu tive que fugir, eu
tive que correr, pra não me
entregar, as loucuras que me
levam até você."

ANNE GREY

As palavras dele não deviam ter me afetado tanto, mas, afetaram, eu amo aquele garoto, é isso me assustar muito, como eu posso amar alguém é tanto pouco tempo? eu de fato, não sei o que dizer, nem falar, não sei nem o que é sentir, só sei que algo dentro de mim, foi quebrado, estou indo pra casa, segurei o passeio inteiro as lágrimas que queriam descer, mas não ia dá esse gostinho pro JJ. Eu sorri eu brinquei, e até tentei me distrair, mas minha cabeça só estava nele, no quanto ele mexeu com minhas estruturas e no quanto suas palavras doeram, "você é só mais uma." E eu achando que ele tinha sido sincero em cada palavra que havia me dito.

"Todo mundo erra. O que determina o caráter de uma pessoa não são os erros cometidos. É como ela usa esses erros e os transforma em aprendizados, não em desculpas." Li essa frase uma vez, lembrando dela agora, me faz lembrar dele e do quanto fui tola por achar que seria amada por alguém.

Deixo com que as lágrimas desçam, Por que eu o amo? Por que tem que ser ele? Eu não pedi para amá-lo, eu não queria mergulhar nesse oceano, porque eu sabia que iria me afogar. Dirigi lágrimas nos olhos, mas cansei de prender elas, e as deixo cair, por que você tinha que ser tão babaca? Por que eu tive que me apaixonar logo por você? Chego na garagem e saio do carro, entro dentro de casa, vejo que está tudo apagado, meu pai provavelmente deve está no hospital, sorte minha, que ele não sabe que peguei o carro da mamãe hoje, ele não gostar que eu dirija, não que eu não saiba, até porque, eu sei, mas ele tem medo que a polícia me pare, e eu só tenho 15 anos, só 15 anos e me apaixonei pelo maior idiota do planeta terra, subo as escadas, indo em direção ao meu quarto, escuto barulhos no quarto de Raphael e vejo que o mesmo está em casa.

Tomo um banho e coloco uma roupa confortável, escovo meus dentes e olho no espelho o quanto meus olhos estavam inchados, sinto vontade de chorar novamente, mais me seguro, vou em direção a minha cama, paro por alguns segundos, pego minha coberta e vou em direção ao quarto do Raphael com os olhos cheios de água.

Anne- Raphael? — digo, batendo na porta e adentro a mesma, vendo Raphael abrindo os olhos bem devagar.

Raphael- Anne? — a voz de grogue de Rapha atinge meus ouvidos e olho pra ele.

Anne- posso dormir com você? — pergunto.

Raphael- Aconteceu algo? — pergunta.

Anne- tem uma aranha no meu quarto, você sabe, eu tenho medo, não quero dormir sozinha com ela lá. — limpo os olhos, para vê se as lágrimas param de cair.

Eu tenho uma grande fobia com aranhas e baratas, por que? Eu também não sei, mas não posso ver uma que já me tremo toda, gosto das baratas e aranhas longe de mim, elas lá e eu aqui, a última vez que vi uma barata, fui para em um hospital, pra vocês terem noção de como é a minha fobia.

Raphael- Vem, monstrinha. — Diz, batendo na cama, me aproximo, enrolada no cobertor, me deitando ao meu lado de costas pro mesmo, sinto Raphael me abraçar me puxando contra ele, enfiando o rosto no meu cabelo.

Raphael- que fedor. — reviro os olhos, dando uma cotovelada no mesmo.

Anne- cala a boca, idiota! — O mesmo me puxa ainda mais contra ele, me fazendo me sentir protegida, seguro ao máximo as lágrimas, mas não consigo, acabo cedendo, deixando elas descer, imagino que Raphael já esteja dormindo, ele dorme tão rápido, então não tem o que me preocupar.

SEMPRE É PARA SEMPRE MEU ETERNO AMOR. Onde histórias criam vida. Descubra agora