SEMPRE É PARA SEMPRE MEU ETERNO AMOR.

Capítulo 35

"A favorita do professor, se eu
sou tão especial, por que sou um
segredo?
mas que porra é essa?
Você se arrepende?
das coisas que você me disse
que eu nunca esquecerei, se
você se arrepende, me diga.
Eu sei que sou nova, mas minha
mente vai além da minha idade."

*PODE DÁ GATILHOS EM MUITAS PESSOAS NESSE CAPÍTULO, SE VOCÊ TEM TRAUMAS COM ESTRUP* OU ALGO DO TIPO, POR FAVOR, PULE O CAPÍTULO E VÁ PARA O PRÓXIMO!!! ⚠️⚠️*

                                ANNE GREY

Dias passados

Sabrina- Por Deus, Anne! — a mesma diz me sacudindo. — estamos no último ano, ano que vem vamos pra faculdade e você está morando em Nova York, não acha que devíamos.. aproveitar?

Anne- aí depende de que tipo de aproveitamento você tá querendo. — fecho meu armário e começamos a andar em direção ao refeitório.

Voltei faz pouco tempo de Outer Banks, não vou mentir, Já estou sentindo falta. Talvez tenha sido melhor assim. Meu pai está focado no trabalho e eu nos estudos, eu não preciso de distrações, ou melhor, eu não preciso daquela distração.

Irei terminar meu estudos, seguir com a minha vida e ser feliz. Ou, pelo menos tentar.. eu preciso esquecer pelo o que passei e seguir em frente, mas, tem como reviver algo que já está morto?..

Sabrina- você é jovem, bonita, e cheia de luz, sei o quanto foi difícil perder seu irmão.. — Sabrina diz algo mais apenas continuo perdida em meus pensamentos.— é sei o quanto foi difícil passar pelo o que você passou naquela festa, mas, você tem a mim. Estou aqui para te apoiar. Você tem que perde esse medo, se não sair, se não se permitir ver que nem todos são como eles, como vai ficar bem?

Sabrina e eu nos conhecemos bem novinhas, ela era uma morena nojentinha e filinha de papai, não que eu não fosse, mas, eu não era fresca igual ela. A gente não se dava, a gente se bicava o tempo todo. damon tinha igual quedinha por ela, mas desistiu, pelo simples fato de eu não gostar dela. quando voltei, em um piscar de olhos viramos grandes amigas. ela sabe do que aconteceu naquela festa a algumas semanas atrás, desde então, ela tem me ajudado muito. Basicamente foi assim que nossa amizade começou, desde que Raphael morreu tenho tido fortes crises, é.. um dia após.. o ocorrido, vamos chamar assim, tive uma crise no banheiro, Sabrina chegou e me ajudou, e foi assim que viramos amigas, ela fez com que eu me sentisse segura para falar. E contei a ela o que aquelas pessoas fizeram comigo, como me tocaram, e como acabaram comigo.

Talvez ela tenha razão, talvez eu devesse dar uma chance, enfrentar meus medos e seguir em frente. talvez eu devesse viver, viver por mim e pelo meu irmão, como eu havia prometido. Mas, como poderia fazer isso se me sinto morta por dentro?

Já deixei claro para ela, não quero frequentar certo tipos de festas, não quero ir a certos lugares. quando cheguei fui naquela festa, nunca me esquecerei desse dia e do quanto me sinto suja até hoje. Nunca me esquecerei do toque e das vozes, da maldita voz que me persegue e da merda dos pesadelos, que nunca, nunca me dão descanso. Quando isso vai passar? Quando irei me olhar no espelho e não sentir nojo de mim mesma? Não importa. Acho que já fui quebrada o suficiente. Não há uma alma para que eles possam despedaçar ainda mais.

Sabrina- Terra chamando Anne? — a mesma estala os dedos na minha frente e me viro para ela saindo dos meus pensamentos. — está tudo bem?

Anne- Oh, sim! — digo e ela sorri e volta a andar e a acompanho. — estava apenas perdida em meus pensamentos.

Sabrina- ah, aqui está lotado. — ela diz revirando os olhos ao ver o refeitório cheio. — o que acha de irmos para fora e ficar na grama? Você pode ler seus poemas para mim.