Capítulo 34

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"Essas coisas que eu estou pensando,
quando você olha nos meus olhos,
E eu não consigo controlar, a
maneira que você faz eu me sentir por
dentro, e agora você sabe, você tem um
controle sobre minha mente.
Eu não quero lutar contra isso.
Não quero lutar, o que você fez comigo
agora? Eu quero o seu amor em mim,
amor em mim agora, de tudo para
mim agora."

ANNE GREY

Damon- Anne.. acorde! — sinto algo me balançar. — vamos, é só um pesadelo. — abro meus olhos com dificuldade. — Acorda, anjinha.

Eu inspiro em buscar de ar, em busca de um ritmo calmo para as subidas do meu peito, ergo meu corpo lentamente sentindo uma forte dor e coloco a mão no local, enxaqueca.

Damon- é só um pesadelo, eu tô aqui. — escuto algo mais não consigo compreender bem o que foi dito.

Ainda estou tonta, mas vago meus olhos pelo local, vendo que estou no meu quarto, encaro a luz do sol que adentra pela janela e fecho meus olhos os apertando com força, sinto uma mão em cima da minha e viro meus olhos devagar encontrando os olhos de Damon em mim.

Damon- já passou. — escuto sua voz calma. — Anne, pensei que os pesadelos tivessem diminuído. Por que não me contou que ainda sonha com o que aconteceu naquela noite?

Há um resquício de mágoa em sua voz, eu o entendo. Está preocupado, desde que cheguei não tenho dormido muito bem, os pesadelos me perseguem. Havia dito a ele alguns dias atrás que os pesadelos tinham chegado ao fim, pois, não queria preocupa-ló. Ele já tinha coisas demais para se preocupar. Também não queria vê-lo triste por eu não está sabendo lidar com o passado.

Damon- deveria para de mentir para mim. — ele diz em um tom mais firme e o encaro. — não sou uma criança para você querer me proteger, Anne.

Encaro seus olhos que estavam escuros e irreconhecíveis e tinha um bico fofo formando seus lábios, sorri fraco ao ver a cena, ele era assim quando éramos mais novos. O bico continua igualzinho. Estendo a mão para o mesmo para puxa-lo pra um abraço, ele encara minha mão por alguns segundos e logo cede entregando sua mão a mim, puxo o mesmo e ele afundar seu rosto em meu pescoço, o aperto em meus braços e permaneço em silêncio.

Anne- eles nunca passaram. — sussurrei baixinho. — estou bem, Damon! Os pesadelos não me dão descanso, de fato. Eles estão aqui, todas as noites. Sem exceção. —digo e o mesmo se afasta e me encara em silêncio.- eu tô aprendendo a lidar com eles, não é fácil enfrentar aquela noite. Senti o medo que senti. Aquele desespero. — engulo o nó que se forma na minha garganta e olho para o mesmo. — Se algo estivesse errado, eu diria a você. Eu acho que preciso enfrentar aquela noite, para talvez finalmente supera.

Não sei quando aprendi a mentir para eles, eu nunca fui boa nisso. Eu dizia qualquer coisa é eles já sabiam que eu estava mentindo e que não queria falar o que realmente houve. Principalmente quando digo que não estou bem, Damon e Raphael eram os primeiros a saber quando eu estava mentindo sobre isso. Na verdade, não sei quando os pesadelos finalmente vão acabar. Acho que.. já me acostumei com eles. 2 anos e meio e bastante tempo pra isso, não é?

Não é só aquela noite percebi que vem me atormentando, são várias outras coisas que se infiltraram em minha mente. Aquela noite principalmente. Desde daquela noite percebi que, o ruim de perder alguém e ter que aceitar que não importa o quanto você chore, não importa o quanto você enlouqueça com a ausência, não importa o tamanho da dor, nada o trará de volta, a dor do luto é algo que nunca passar, ela dói o resto da sua vida. E com a dor, veio os pesadelos.

SEMPRE É PARA SEMPRE MEU ETERNO AMOR. Onde histórias criam vida. Descubra agora