"Acho que eu esqueci, como
ser feliz, e algo que não sou
Mas é algo que posso ser.
Algo que eu espero, algo
para qual eu fui feita.
Para que eu fui feita?"ANNE GREY
Vamos embora de Outer Banks, e eu não sei como reagir, não sei como dizer que eu quero ficar. Mas, ao mesmo tempo, eu quero ir. As lembranças estão todas aqui, o quarto de Raphael, suas roupas, suas correntes, seus perfumes, está tudo no mesmo lugar, toda vez que durmo lá ou passo por lá, sinto como se tivesse levando uma facada em meu peito, uma dor enorme me consome cada vez mais. Isso tá me matando, saio do chuveiro e olho para o espelho, vendo meu semblante cansado, respiro fundo e troco de roupa, coloco a jaqueta de couro de Raphael, que agora, é minha. E logo em seguida saio do quarto.
Estava indo em direção a cozinha, faz mais de um mês que eu não sei o que é comer direito, eu não deixo de comer, meu pai e meus padrinhos não permitem, pois, levam comida para mim todo dia, mas, não sinto fome, perco a fome por qualquer coisa, mas, eu to tentando. Eu tô tentando, eu prometo que tô tentando, Rapha.
Logo vejo alguém estranho entrar dentro do quarto de Raphael, dou meia volta, voltando para o quarto do Raphael, vendo uma mulher mechando nas coisas do meu irmão.
que merda é essa?
Anne- o que você está fazendo aqui? — pergunto, já irritada. — quem te deu permissão de tocar nessas coisas? — vejo a mesma ficar tensa, e arqueio as sobrancelhas. — eu estou falando com você, me responda, que te deu permissão para tocar nas coisas do meu irmão?
Moça- senhorita.. — cruzo os braços. — são ordens, eu tenho que pegar as roupas e os pertences do menino para colocar lá em baixo.
Anne- como é? — digo, intrigada. — porque ninguém me falou nada? — pergunto mais para mim do que pra ela. — nunca mais encoste nessas coisas. — respiro fundo e olho pra mesma, que ainda me olhava com atenção. — sair daqui!
Moça- senhorita.. — Descruzo os braços, passando a mão pelo cabelo. — eu tenho que fazer meu trabalho. Não posso sair assim.
Anne- Por favor, sair daqui — digo novamente, tentando manter a calma. — só sair daqui.
digo e ela permanece parada, olhando pra mim, com a blusa preferida de Raphael nos braços, assim que vejo, sinto uma tristeza misturada com ódio dentro de mim, que droga.
Anne- EU MANDEI SAIR — digo, me alterando. — E TÃO DIFÍCIL DE DEIXAR A PORCARIA DA BLUSA AÍ E SAIR DA MERDA DO QUARTO? SAIR DAQUI — vejo ela me olhar com pena. — QUE PORRA, SÓ SAIR DAQUI — ela coloca a blusa de Raphael sobre a cama e ficar me olhando. — SAIR DAQUI.
Derek- que gritaria e essa? — meu pai entra no quarto, vendo a moça soltar o ar que ela parecia tá prendendo a tempo. — O que tá acontecendo aqui?
Anne- porque essas pessoas tão mexendo nas coisas deles? — Pergunto, com os olhos marejados. — eles não tem o direito de tocar nas coisas dele! — olho pra moça que pegar a blusa novamente e olho mais brava ainda para ela. — DEIXA A BLUSA AÍ, QUAL A MERDA DO SEU PROBLEMA? DEIXA A BLUSA AI E SOME DAQUI.
Derek- ANNE! — meu pai me repreende, sinto as lágrimas caírem e as limpo, com raiva. — filha, olha pra mim.
Anne- Eu tô bem — digo, respirando fundo. — eu tô bem. — repito, para mim mesma. — Pra onde está levando as coisas do Raphael?
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SEMPRE É PARA SEMPRE MEU ETERNO AMOR.
Fanfiction"Eu queria odiar você, queria mesmo, era pra ser a droga de uma mentira, mas eu amo você, porra, eu te amo, filho da puta!" - Anne, uma menina que anos depois a morte de sua mãe, retorna a Outer Banks com seu pai, conhecendo um loiro convencido que...