Uma jovem mulher de pele parda e longos cabelos cacheados flutuava em frente ao salão.
— Me digam onde está Lilith Belman — A voz firme e angelical ecoou por todo o salão insistindo.
— Estou aqui — Bradou Lilith andando até a jovem.
— Oh, Lilith, a quanto tempo! — Ela sorriu.
— Digo o mesmo, Serafini — Olhava para o alto rangendo os dentes e firmando os dedos — Me diga o que quer.
— Vim derrotá-la de uma vez por todas.
Lilith deu sua risada mais sincera — Depois de tantos anos, você ainda pensa que pode me vencer? Serafini, você sabe que nunca vai me matar. Não atrapalhe meus eventos por isso!
— Tola! Eu passei anos me dedicando a isto, e agora, tenho certeza que estou mais forte que você!
— Mais forte que eu? Conta outra! Quantas vezes já tivemos esse mesmo diálogo?
— Basta! — Serafini gritou lançando uma esfera de luz sobre Lilith.
Todos do salão se chocaram ao ver a esfera se tornar maior e encobrir Lilith.
A luz branca some e debaixo dela se encontra a mulher dentro de uma enorme bolha roxa como uma ametista. — Eu avisei.
Seus pés firmaram-se brevemente no chão antes de pular na altura da garota.
Com apenas um soco, Lilith arremessou a mulher para longe. Serafini se irritou mais uma vez e arremessou a maior esfera de luz possível que é bloqueada.
— Edgar, Colen! Levem os convidados para a saída dos fundos! — Lilith se lançou em direção à mulher.
— Você pode se achar mais forte, mas seus demônios não podem lutar contra o poder divino de Deus — Serafini gritou.
— Você é louca, garota! — Lilith foi arremessada contra uma parede, rachando a mesma logo em seguida — Argh! — Sentiu seus ossos colidirem contra a parede.
A mulher se dirigiu até Lilith e a deu um soco no nariz, sendo devolvido. — Você está presa a uma ideologia falsa, Serafini — Cuspiu sangue.
Edgar correu de volta para o salão, vendo Lilith machucada.
Seus olhos completamente vermelhos brilharam, com a aura vermelho rubro emitindo de seu corpo. Em poucos segundos seu corpo veio a se transformar num enorme lobo branco que correu em quatro patas para atacar. Seus dentes se fincaram contra seu braço, cortando a pele fina e a fazendo sangrar.
Sua cabeça pendeu para trás, fechando os olhos e segurando a ferida — Argh! Seu filho da mãe!Com a breve distração, usou a perna para chutar a garota no estômago. Caindo com dor.
Se levantou — Imagino que tenhamos acabado por aqui... — Lutou contra a garganta rouca.
— Não acabamos... Eu vim te matar e preciso cumprir com isso...
Suspirou — Continue obedecendo as ordens de seu pai, viva a mercê dele e tente me matar. Dessa maneira, quem morrerá será você.
Lágrimas desceram por suas bochechas, fazendo a mulher franzir o rosto com pena. Sua mão estava contra a barriga que parecia levemente inchada.
— Eu chutei com força?
— O que...? — Soluçou.
— Chutei o bebê com força?
Os olhos brancos arregalaram e levantaram para ver Lilith agachada.
— É meio óbvio. Mas relaxe, não vou fazer nada contra ele — Sorriu, estendendo sua mão para ajudar a garota a se levantar — Podemos ajudar você. Eu te conheço, eu conheço quem você é por trás das ordens de seu pai — Seus olhos brilharam — A gente pode recomeçar de onde paramos, Serah. As coisas não tem mais que ser assim.
Fez uma expressão brava e bateu em seu braço — Morra! Não preciso da sua maldita ajuda, sua meretriz! — Se levantou sozinha — Eu jamais me juntaria de novo a você! Você é um monstro sanguinário que não sabe nada de mim! Não sabe nada sobre quem sou!
Lilith sorriu, abaixando a cabeça por um breve momento.
Deu um soco no rosto de Serafini.
— Saia logo antes que eu perca mais da paciência.
Mal teve tempo de suspirar, correu até que pudesse flutuar além das casas de luzes apagadas.Lilith se deixou cair de joelhos no chão. Seu corpo enfraqueceu e tremia, por um triz nada se partiu, mesmo que doesse como se tivesse. Doía ainda mais pelo fato de ter segurado por tanto tempo.
Sangue escorria pelos lábios e nariz entortado, segurou-o com força e puxou para que voltasse ao local correto. Deu um gemido leve e banhado de mais sangue.
— Lilith... — Edgar se abaixou — Vamos cuidar dessas feridas.
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Assassina de Pandora
FantasyÉ inevitável se perder na confusão do acaso. E é inevitável se entregar quando ele lhe oferece o que mais desejava. Neste complexo mundo literário, em meio aos meados do século XIX na Rússia, um mundo de reinos, magia e diversas espécies humanóides...