Toc-toc! é a paixão!

290 40 8
                                    

Quando desperto, já no outro dia ouço o som da chuva caindo do lado de fora e não há ninguém em minha cama, já notei que Samir é tipo de homem cafajeste, desses que vai embora sem dizer nada, se bem que não transamos então tudo bem se ele ter ido embora, somos amigos.
Levantei meio atônito direto ao banheiro e do banheiro após sair do quarto me deparei com Samir na sala, ele está sentado no sofá assistindo televisão e está enrolado no cobertor que Mariah havia esquecido no sofá.

— Bom dia, espero que não se importe.

— Não. — respondi sem saber com o que me importar

— Coloquei a roupa para secar, mas o tempo não está muito bom, coloquei era umas cinco da manhã, pelo menos até às dez vai estar menos úmida.

— Até as dez?

— Ah é, sua irmã ligou dez horas é o horário de visita no hospital, ela me falou — ele falou com os olhos vidrados na televisão — Fiz café, sei que você não gosta que tire as coisas da ordem então... Eu arrumei tudo certinho, e estão limpos os talheres que usei, sem misturar as cores.

Eu sorri negando com a cabeça.
Ual!

— Por que não me acordou quando minha irmã ligou, e meu pai?

— Ela falou que seu pai está bem. Era muito cedo era seis da manhã e você merecia dormir mais. Ela ficou surpresa ao me ouvir — riu e me olhou por cima do sofá enquanto eu derramava café na xícara.

— É, eu imagino.

— Mas ficou feliz que você não ficou sozinho, caraca esse tempo é doido do nada fez frio. — olhou para a janela

— Cê não devia ter se molhado ontem, agora está sem roupa.

— Nah, depois vou para casa mesmo que esteja úmida e troco de roupas, daí te levo no hospital, e aí? Gostou do café? — perguntou após eu bebericar e sentir aquilo descer rasgando.

— Não

— Na lata assim?

— Está sem açucar.

— Mas café é sem açúcar.

— Não — falei fazendo uma careta azeda — Café é com açúcar.

Ele quem fez a careta agora.
Peguei o potinho de açúcar.

— Por que você é todo o contrário?

— Eu? — falei espantado.

— É. Você.

— Todo mundo sabe que café é com açúcar Samir.

Ele riu, saquei que ele estava me irritando

— Não me irrita, hoje não.

Respirei fundo. Peguei algumas torradas coloquei no prato uma uma após passar manteiga. Sinto meus olhos um pouco cansados de mais após chorar a noite toda basicamente. Me sentei no sofá ao lado de Samir.

— Esse filme é muito tosco — riu.

Olhei para tevê.

A mentira? Está assistindo os filmes da minha biblioteca pessoal?

— Sim. Mas esse é mais divertido que sorte no amor.

— Ah não, não acredito. Assistiu esse sem mim? — indaguei.

— Ah .. é ué.

— Quer? — ofereci a torrada.

— Pensei que não fosse oferecer nunca — ele disse pegando uma do meu prato e eu afinei os olhos o olhando.

Sobre mentir e amarOnde histórias criam vida. Descubra agora