Me come logo

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limpei a garganta um pouco incomodado, não estávamos de frente um para o outro na verdade ele estava deitado atrás de mim o que me parecia ser um alívio agora.

— Vo-você tá... Tá trabalhando com seu pai é? — falei mudando de assunto.

— É — escutei seu riso — Quero ser acompanhante de uma única pessoa só agora.

Minha vez de sorrir.

— Vamos dormir... Amanhã o senhor trabalha então — falei fechando os olhos

— Posso dizer algo antes?

Fiquei meio incerto em querer saber, não respondi, nem que sim e nem que não, e na dúvida ele tomou como um sim tomando a iniciativa de falar.

— Eu gosto de você — começou ele — Digo, de verdade, e bom... Eu, eu estou apaixonado por você, é diferente, tudo entre nós é diferente das outras pessoas que me envolvi, tudo o que sinto. Eu nunca pensei que, bom... Que com meus 33 anos estaria apaixonado por um rapazinho que nem é tão novo assim, não é? — riu, parecia estar muito nervoso.

Me ajeitei me girando meu corpo para olha-lo.

— O quê está querendo dizer?

— É que, eu só queria partilhar com você essa sensação boa que você me provoca. Eu sei que você teve um término conturbado com seu ex, e que fica todo complexado...

Eu ri.

— Não sou complexado.

Ele pareceu se empolgar e subiu em cima de mim outra vez com um olhar animado, me roubou um beijo, ou dois, talvez três.

— Você não me faz ter medo de quebrar a cara, por mais que tenha medo que eu faça isso com você — explicou — Mas eu não vou, também não quero te decepcionar. Você sempre quis alguém que quisesse ficar, e eu sempre quis alguém que me fizesse ficar

Eu ri envolvendo meus braços em seu pescoço, dei um outro beijo nele. Talvez ele merecesse milhares dos meus beijos e eu dos dele.

— Vamos ser namorados — ele disse e eu deixei escapar uma gargalhada alta ele tapou minha boca — Shhh!! Vamos ser quer queira ou não, não é um pedido eu só estou lhe informando.

Ele balançou a cintura esfregando seu pênis ereto em mim, ambos de nós excitados novamente.

— Não sou o único que está apaixonado por você, meu amigão lá embaixo também está — falou.

Dei outra risada e um tapa de leve nele mordendo os dentes.

— Para — falei me livrando suas mãos tapando meus lábios.

Ele sorriu, aquele sorriso bonito e torto que ele tinha.

— Dizem que homens gostam de desafios, você é um dos bons — ele falou com uma carinha alegre, desses de bobo apaixonado.

Fazia-se muito tempo na qual eu não tinha aquele sentimento fogoso dentro de mim. Uma paixão que crescia em meu coração.

— Você é lindo. — continuou ele

— Você também.

— Não, não, você é lindo mesmo — insistiu ele — E eu nunca senti ciúme de ninguém mas de você, caralho eu fico louco de verdade, tenho ciúme até de suas amigas, mas eu juro que estou aprendendo a lidar. Um pouco de ciúme não faz mal né? — ele enrugou o nariz.

— Me diz você?

— Nunca senti isso antes.

— Tudo bem, não vou punir você por nunca ter ter sentido isso, mas — levantei o indicador — Tente ser paciente consigo mesmo.

Sobre mentir e amarOnde histórias criam vida. Descubra agora