Bem ou mal

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O olhar de Samir transformou num desgostoso olhar. Notei seu olhos encherem-se de lágrimas odiosas, um tremendo desgosto que pairava em seu ser.

— Adriano? O quê? Quê esse cara está fazendo aqui dentro com você? — Disse ele um tanto descrente.

— Eu ... Eu... — não tive forças para empurrar Jonathan. Meus olhos se encheram ao notar aquele seu olhar desgostoso.

Era como se eu tivesse empunhando, sem querer, uma faca no peito de Samir.

— Ele me convidou para entrar, não é amor? Sabe que no fundo você só foi um passa-tempo — disse Jonathan.

— Não, isso não é verdade, isso não é verdade — falei assustado olhando para o Jonathan.

— Você acabou de me beijar Adriano, disse que estava com saudade de nós

— Não é verdade isso — falei com a voz de choro e sentindo a lágrima escapar, empurrei Jonathan para longe de mim — Não é verdade Samir

— Você até me convidou para subir — disse ele.

— É isso mesmo Adriano? — perguntou Samir me olhando com um olhar inexplicável.

— Não é verdade, não é verdade eu não fiz isso ele já estava aqui ele.... Você me agarrou Jonathan, você... Você me beijou —  passei a mão no rosto secando as lágrimas — eu não fiz isso Samir eu juro, ele me agarrou ele....

Antes que eu continuasse Samir deu um soco repentinamente no Jonathan, e eu dei um grito assutado, Samir o pegou pelo colarinho e o puxou e ao Jonathan tentar se desvincular e eu tentar apartar aquela situação Jonathan me atingiu em uma bruta cotovelada sem querer, mas fora tão forte qu bati a cabeça conta o batente da porta e cai no chão, nunca havia notado dão de perto o piso de madeira do chão, naquele instante os dois pararam, ergui a cabeça sentindo o algo quente escorrer, coloquei os dedos abaixo do nariz e tirei os vendo encharcado de sangue, olhei para Samir com os olhos chorosos, entrando quase em Pânico pelo sangue, não gosto de sangue. Dei um mugido choroso deixando o ar escapar pelos dentes.

— Seu filho da puta! — gritou Samir mordendo os dentes num timbre de voz grosseiro.

Samir voou no Jonathan, ele deu um soco no rosto de Jonathan de cima para baixo como se jogasse o peso do seu corpo todo no braço, e quando Jonathan atordoou ele pegou o mesmo pelo pescoço dessa vez, o arrastando para fora do apartamento.
Eu queria me erguer, mas perdi as forças, estava atônito e notei sangue correr da minha testa além de uma tontura sutil, me arrastando consegui me sentar no chão e encostar na parede tomando um fôlego, mas do lado de fora dava para ouvir os estrondos dos dois se esmurrando, meu celular e minha carteira estavam no chão mais ao longe mas nem conseguia ir até meu celular, eu estava muito sem sentidos, confuso, era possível escutar os sons dos murros, e não saber quem estava batendo em quem além dos murmuros e as arfadas daquela briga, tentei levantar sem força mas não consegui, minha cabeça estava doendo. Foi então que escutei o grito da minha mãe.

— Segura ele! — ela disse num berro — Meu Deus Davi, não faz isso!

— Mãe, mãe! Para! — gritou minha irmã do lado de fora.

Ouve mais gritarias mas eu não estava conseguindo entender.

— Amor segura o Samir, ele vai matar ele! — ecoou Aline

Então minha mãe surgiu na porta quando me viu gritou histericamente.

— O quê fizeram com meu filho! Liga para polícia! — gritou desesperada vindo me segurar.

— Mãe? — disse minha irmã entrando da porta

Aline segurava seu bebê no colo, que chorava sem parar, toda aquela gritaria e confusão estava fazendo eu perder a cabeça, tapei as orelhas gritando para que parassem e chorando desesperado. O barulho, muitos anos confusos pareciam fazem meus neurônios explodirem.

Sobre mentir e amarOnde histórias criam vida. Descubra agora