21. Quatro Da Tarde

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Lee Minho



- Andry! - Gritei e as pessoas dentro do laboratório me encararam.



- Conseguiu mais alguma informação? Ele conseguiu dizer mais alguma coisa? - Andry se aproximou e eu assenti. - Então fala! - Me sacudiu pelos ombros.



- Eu senti dores no abdômen mas são fracas, mas não foi sobre isso que ele falou. - Encarei as três amarradas a minha frente. - Ele disse o nome "Pedro". Isso te recorda de alguém? - Ergui a sobrancelha.



- Sim, o inspetor do colégio. - Deu de ombros e logo em seguida arregalou os olhos. - Mas o que isso quer dizer? Ele está lá?



- Acho que foi como um aviso. - Me encarou confusa.



- Aviso? - Jeongin se intrometeu.



- Sim, acho que não é nenhuma das três. Meu padrasto está errado, não é filha e sim filho. - Suspirei cansado.



- E agora? Vai nos soltar? - Eleanor perguntou sem paciência e eu assenti sem hesitar.



- Minho, acho que não é boa idéia confiar assim. Acho melhor soltá-las quando estiverem dentro do colégio ou sei lá. Já começamos os testes então podemos apenas finalizá-los. - Andry olhou desconfiada para as três mulheres. - Temos que dar um jeito delas não abrirem a boca. Também não as revistamos.



- Temos uma pílula aqui, vai deixá-las com sono e com a sensação de que tudo não se passou de um sonho. - Max mostrou o pote do medicamento. - Ou podemos fazer da forma tradicional, podemos levar o caso a justiça, solicitando uma ordem de silêncio.



- Não acho que seja necessário. - Sorri pequeno.



- Minho, sua preocupação com Jisung está te deixando um pouco apressado. Sabe mais que ninguém que qualquer deslize pode ser nosso fim. - Andry avisou mas eu continuei caminhando em direção a elas. - Estou falando! - A encarei e a mesma colocou as mãos nas facas em seu cinto. Jeongin empunhou uma das armas e fez sinal para os outros agentes ficarem em alerta. - Não as revistamos, Minho!



- Vai me soltar ou não? - Taylor perguntou sem paciência e eu a soltei rapidamente. - Patético! - Soltou uma risada desacreditada, que foi interrompida quando eu a virei bruscamente, puxando a faca que estava no cinto ao redor de sua cintura.



- Patético?! - Ri e neguei com a cabeça. - Vocês não me conhecem mesmo. - Apertei mais seus pulsos atrás do corpo e fiz um sinal para Andry fazer o mesmo com Eleanor. - A porta do subterrâneo tem detecção de metal. É um sistema silencioso. Os números foram baixos mas não nulos. Suas botas são de couro, não estão com acessórios... Me perguntei se você tinha algum tipo de implante no corpo, mas desconfiei de facas quando Eleanor também passou pelo sensor. - Suspirei cansado. - E eu não sou idiota, vi a reação de vocês ao falar do Pedro e vi o quão quietas ficaram o tempo todo. Estavam gritando e bem agitadas, mas permaneceram quietas quando comecei a falar sobre as informações que tenho. - Ouvi aplausos dentro do laboratório e revirei os olhos.



- Caralho, Lee! - Jeongin bateu palmas de forma exagerada. - Você é foda, cara! Pensei que você estava sendo burro... Me surpreendeu. Quando eu crescer quero ser que nem você. - Zombou e eu mais uma vez revirei os olhos.



- Faço das palavras do Jeongin as minhas. Me surpreendeu. - Andry puxou as facas do cinto de Eleanor e a empurrou contra o chão mais uma vez.



- Não temos muito tempo. Sabemos que o inspetor do colégio é um infiltrado. Pelo o que eu me lembro, ele entrou no final do ano passado, então estamos sendo monitorados desde então. Mas Taylor e Eleanor...? Por que as colocaria justo agora? - Balancei a cabeça. - Max? - O chamei e o mesmo sorriu satisfeito. - Temos os resultados?



Little Babies | Minsung | Série Little | Book 2 ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora