08. Ainda Estou Ouvindo

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Lee Minho



- Então, Eleanor... - Jisung quebrou o silêncio depois de alguns segundos. - Chegou no colégio a quanto tempo? - Fingiu interesse e tomou um longo gole de seu suco de caixinha.



- Uns três dias atrás. - Deu de ombros. - Minha prima e eu viemos juntas. - Sorriu simpática, se ajeitando na cadeira e dando uma boa olhada ao redor.



- Pretende ficar aqui por quanto tempo? - Sorriu falso e eu me recostei na cadeira, já esperando sua atitude ácida e nada amistosa.



- Permanentemente. Nós duas conseguimos uma bolsa de estudos aqui, não iremos perder essa opor...



- Acho que você não me entendeu muito bem. Eu perguntei sobre o fato de estar nesta mesa. Você está lançando olhares indiscretos para o meu noivo. Eu estava gostando de você até você perder a noção. Por que insiste em tentar tocá-lo? Não está me vendo aqui? Está me deixando muito desconfortável, então se puder ir... - Foi ríspido. - Quero conversar com o meu noivo e meus amigos sem precisar com essa sua mãozinha no braço dele.



- Jisung! - O repreendi.



- Oh, me desculpe! Eu não percebi seu desconforto, eu apenas gosto de contato físico e acabo... An... Não sabia que estava incomodando. - Arregalou os olhos parecendo realmente constrangida.



- Agora sabe. A Lucy já está aqui, eu não preciso de outra. - Jisung sorriu falso e eu apertei sua mão algumas vezes, tentando desviar o foco de Eleanor.



- Jisung, eu acho que ela já entendeu. - Suspirei e envolvi meu braços por seus ombros, o puxando mais para perto, tentando acalmá-lo. - Desculpe, Eleanor, ele está grávido. Está um pouquinho sensível. - Interferi e me desculpei por ele.



- Agora vai ser assim? Tudo que eu disser vai ser a gravidez falando por mim, Lee Minho? Não posso ter uma opinião agora?



- Hannie tem razão. - Andry apoiou. - Ele é marrento mesmo sem estar grávido. E aparentemente um pouco... Pois é. - Vi o ômega jogar um pedaço de pão na mesma.



- Guerra de comida! - Jeongin gritou e em seguida o refeitório virou um completo caos.



Comida era jogada de um lado para o outro e vi Changbin ir para de baixo da mesa.



- Jisung! - O repreendi quando ele jogou um punhado de macarrão em meus cabelos. - Está rindo, engraçadinho? - O observei colocar as pequenas mãos sobre a boca para abafar as risadas. - Volte aqui! - Gritei quando o vi correr para longe e peguei um punhado de arroz.



- Opa, com licença! - Gritou empurrando as pessoas que entravam no caminho, enquanto uma mão pousava protetoramente sobre a barriga.



Grávido atentado.



- Eu ouvi isso, Minou! - Gritou de longe.



"Cuidado com a barriga!" Pensei.



"Deixa de ser um chato." Sua voz ecoou na minha mente.



O mesmo correu em direção ao depósito de comida e entrou.



- Jisung! - Usei meu tom alpha assim que o mesmo me puxou para dentro.



- Calado, eu preciso de você! - Seus lábios se juntaram aos meus rapidamente e o mesmo arfou.



- Espertinho. - Ri quando nos separamos por um momento mas ele logo me puxou de novo e juntou nossos lábios.



- Cala a boca e me beija! - Sussurrou contra minha boca.



- O que significa isso?! - Ouvi minha mãe gritar do lado de fora. - Quem é o responsável por isso? - Encarei Jisung e nós arregalamos os olhos. - E onde está o senhor Han e o senhor Lee? - Suspirou alto.



Fofoqueiros.



- Jisung e Minho, saiam daí agora mesmo! - Grunhiu e bateu na porta com força.



- Oi, mamãe, como vai? - Saí ajeitando meus cabelos.



- Dona Anne! É sempre bom rever a senhora, parece que sempre nos encontramos em uma situação desse tipo, hum? Me desculpe. - Jisung abaixou o rosto e mexeu os pés acanhado.



Falsidade.



"Eu continuo ouvindo, Minou."



- Posso saber o que faziam no depósito? - A olhei sugestivo mas logo tentei manter um sorriso inocente. - No meio da comida?! - Bufou audível e olhou ao redor, fazendo um gesto para todos se retirarem. - Hum... E como estão os meus netinhos? - Afinou a voz e acariciou a barriga de Jisung.



- Estão agitados, chutam o tempo inteiro! - Sorriu amoroso.



- Mas ainda não posso sentir. - Bufei e acariciei a barriga dele também.



- É assim mesmo, meu filho. Logo você poderá sentir. - Sorriu. - Okay, mandarei todos limparem o refeitório, com exceção de Jisung, claro. Ele está grávido.



- Obrigado, dona Anne. - Deu um beijo em sua bochecha e saiu saltitando.



- Onde pensa que vai, Minho?! - Minha mãe segurou minha blusa quando eu tentei seguir Jisung. - Você também vai ajudar a limpar! - A olhei incrédulo.



- Eu também estou grávido!



- Não é gravidez, é o monte de comida que come no café da manhã. Só use isso como desculpa se for parir. - Levantou a mão antes que eu protestasse mais.



"Boa limpeza, amor!" Ouvi a risada de Jisung ecoar na minha cabeça.


...

Façam suas apostas:

"Eleanor é a filha do Calvin?"

+5 comentários e eu volto :)

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