Na manhã seguinte, Daphne e seu grupinho pareciam horrorizados ao ver que nem Draco, nem Harry, tinham sido expulsos.
Harry ficou contente em juntar os amigos e contar sobre sua teoria de que o cachorro de três cabeças protegia aquilo que Hagrid tinha retirado de Gringotes. Chegaram à conclusão de que, ou era algo muito importante, ou muito perigoso. Mas como não faziam ideia do formato da coisa, não era possível que imaginassem o que era.
Enquanto comiam, um grande grupo de corujas carregando dois pacotes imensos veio entrando pelo salão. Uma última, branca e bonita, vinha carregando uma outra única carta, era Edwiges, a coruja de Harry e sua mãe.
— Harry, que está acontecendo? — Serpens perguntou, deslizando pelos ombros do menino enquanto observava o fuzuê de corujas. A essa altura, a maioria dos alunos da escola já tinha se acostumado a ver uma serpente branca enroscada no famoso Harry Potter, e já não estranhavam quando ela aparecia. Embora Theo Nott às vezes ainda desse um pulo de susto quando a encontrava deslizando pelo quarto.
— Não tenho ideia — respondeu baixinho para que ninguém percebesse. Embora acostumados ao ver Serpens, Harry tinha certeza que a maioria dos alunos não iam reagir bem ao saber que ele falava língua de cobra.
Os pacotes foram largados sobre a mesa da sonserina, bem em frente a Harry, Draco e Hermione, que continuava se sentando com eles durante as refeições. Curiosa, a menina viu uma carta anexada em cada um dos pacotes e, sem cerimônias, pegou um deles e o abriu. Os dois meninos, um em cada lado de Hermione, leram a escrita junto com ela.
NÃO ABRAM O PACOTE À MESA (sim, falo no plural porque sei que onde quer que um esteja, também está o outro e vão ler isso juntos). Eles contém as sua novas Nimbus 2000, mas não quero que todo o
mundo saiba que você ganhou uma vassoura ou todos vão querer uma. Karina Jones os encontrará mais tarde em seu salão comunal, para lhes explicar o necessário.
Prof. Severus SnapeOs três olharam surpresos para a mesa dos professores, onde estava Snape, que lhes deu uma piscada e fez um sinal pedindo segredo. O trio soltou uma risadinha, achando muito cômico o sentimento de cumplicidade estranha trocado com o professor naquele momento.
Harry puxou a segunda carta, que só podia ser de sua mãe. Era, sem dúvidas, realmente de Elise: assim que abriu, deu de cara com as letras caprichosas da mãe.
Harry,
Sim, essa foi uma resposta muito mais rápida do que a outra, mas não pude evitar!
Eu deveria lhe repreender por ter quebrado as regras ou parabenizar por ser o mais novo apanhador da Sonserina? A segunda opção me parece mais correta.
Também fico muito feliz por ter visitado Hagrid, da próxima vez diga a ele que estou com saudades, ok?
Por favor, me avise quando for o primeiro jogo da Sonserina, quero muito vê-lo em sua primeira performance como apanhador. Draco também, é claro. Mande meus parabéns a ele pela posição de artilheiro.
Com amor, de uma mãe muito orgulhosa!
Harry involuntariamente, sorriu. Contou também a Draco que Elise tinha lhe mandado os parabéns.
— Harry, sua mãe parece maravilhosa — comentou Hermione, ao dar uma espiadinha na carta.
Os dois meninos correram até o salão comunal da Sonserina assim que terminaram o café e guardaram as vassouras em seus dormitórios, debaixo das camas. Quando voltaram a se encontrar com Hermione, suas mentes pareciam involuntariamente pousar no pacote recebido por Snape e seu conteúdo, duas vassouras novinhas em folha lhes esperando para serem abertas e utilizadas.
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HP 1| O Conto de Zahir (DRARRY!)
Hayran KurguEssa não é uma história em que Harry Potter foi criado por uma desagradável família de trouxas. Não, aqui você não encontrará isso! Elise Potter, naquela fatídica noite em que tudo ruiu, encontrou seu pontinho de luz em meio às trevas. O pequeno men...