VI | Trasgo nas masmorras!

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Na manhã seguinte, Daphne e seu grupinho pareciam horrorizados ao ver que nem Draco, nem Harry, tinham sido expulsos.

Harry ficou contente em juntar os amigos e contar sobre sua teoria de que o cachorro de três cabeças protegia aquilo que Hagrid tinha retirado de Gringotes. Chegaram à conclusão de que, ou era algo muito importante, ou muito perigoso. Mas como não faziam ideia do formato da coisa, não era possível que imaginassem o que era.

Enquanto comiam, um grande grupo de corujas carregando dois pacotes imensos veio entrando pelo salão. Uma última, branca e bonita, vinha carregando uma outra única carta, era Edwiges, a coruja de Harry e sua mãe.

— Harry, que está acontecendo? — Serpens perguntou, deslizando pelos ombros do menino enquanto observava o fuzuê de corujas. A essa altura, a maioria dos alunos da escola já tinha se acostumado a ver uma serpente branca enroscada no famoso Harry Potter, e já não estranhavam quando ela aparecia. Embora Theo Nott às vezes ainda desse um pulo de susto quando a encontrava deslizando pelo quarto.

— Não tenho ideia — respondeu baixinho para que ninguém percebesse. Embora acostumados ao ver Serpens, Harry tinha certeza que a maioria dos alunos não iam reagir bem ao saber que ele falava língua de cobra.

Os pacotes foram largados sobre a mesa da sonserina, bem em frente a Harry, Draco e Hermione, que continuava se sentando com eles durante as refeições. Curiosa, a menina viu uma carta anexada em cada um dos pacotes e, sem cerimônias, pegou um deles e o abriu. Os dois meninos, um em cada lado de Hermione, leram a escrita junto com ela.

NÃO ABRAM O PACOTE À MESA (sim, falo no plural porque sei que onde quer que um esteja, também está o outro e vão ler isso juntos). Eles contém as sua novas Nimbus 2000, mas não quero que todo o
mundo saiba que você ganhou uma vassoura ou todos vão querer uma. Karina Jones os encontrará mais tarde em seu salão comunal, para lhes explicar o necessário.
Prof. Severus Snape

Os três olharam surpresos para a mesa dos professores, onde estava Snape, que lhes deu uma piscada e fez um sinal pedindo segredo. O trio soltou uma risadinha, achando muito cômico o sentimento de cumplicidade estranha trocado com o professor naquele momento.

Harry puxou a segunda carta, que só podia ser de sua mãe. Era, sem dúvidas, realmente de Elise: assim que abriu, deu de cara com as letras caprichosas da mãe.

Harry,

Sim, essa foi uma resposta muito mais rápida do que a outra, mas não pude evitar!

Eu deveria lhe repreender por ter quebrado as regras ou parabenizar por ser o mais novo apanhador da Sonserina? A segunda opção me parece mais correta.

Também fico muito feliz por ter visitado Hagrid, da próxima vez diga a ele que estou com saudades, ok?

Por favor, me avise quando for o primeiro jogo da Sonserina, quero muito vê-lo em sua primeira performance como apanhador. Draco também, é claro. Mande meus parabéns a ele pela posição de artilheiro.

Com amor, de uma mãe muito orgulhosa!

Harry involuntariamente, sorriu. Contou também a Draco que Elise tinha lhe mandado os parabéns.

— Harry, sua mãe parece maravilhosa — comentou Hermione, ao dar uma espiadinha na carta.

Os dois meninos correram até o salão comunal da Sonserina assim que terminaram o café e guardaram as vassouras em seus dormitórios, debaixo das camas. Quando voltaram a se encontrar com Hermione, suas mentes pareciam involuntariamente pousar no pacote recebido por Snape e seu conteúdo, duas vassouras novinhas em folha lhes esperando para serem abertas e utilizadas.

HP 1| O Conto de Zahir (DRARRY!)Onde histórias criam vida. Descubra agora