XXII. A milímetros de distância do paraíso

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Olá! Desculpe-me o sumiço, dessa vez foram uns assuntos pessoais que levaram meu tempo, mas eu irei soltar os dois capítulos como forma de desculpas, beijos e até a próxima!

As aulas tiveram seu fim, durante elas, Taehyun contou a Beomgyu sobre o jornal enquanto Beomgyu se fingia de desentendido.

Os dois se levantaram e começaram a arrumar tudo para irem embora, os dois se juntaram ao quarteto e foram os seis até a saída.

— Bom, eu e o Heeseung vamos sair hoje. — Taehyun falou abraçando o tronco do mais alto. — Vocês vão fazer alguma coisa?

— Não, eu vou pra casa, e você Beomgyu? — Soobin falou abraçando o ombro de Beomgyu, o mais baixo o olhou de canto e sorriu sapeca. — O que vai aprontar?

— Logo você saberá Binnie. — Disse olhando para Minnie. — E vocês dois?

— Eu levarei o Sunoo pra Hondae-dong, pra ele ver como que é bom e só tem gente bonita. — Minnie falou e Heeseung junto a Taehyun lhe lançaram um olhar mortal. — E ele não vai sair sozinho nem pra ir no banheiro, eu sempre estarei na sua cola e amanhã eu levarei ele pra casa dele, pode ser?

— Vão passar a noite aonde? — Taehyun perguntou, Minnie sorriu mínimo.

— Eu tenho uma tia que mora ali perto, quando formos embora, dormiremos lá e assim, pegaremos o metrô assim que acordarmos, pode ser ou nao?

— Não poderia ser, mas estaremos confiando em você pra cuidar do nosso bebê. — Heeseung falou. — Então tchau gatitos e gatitas.

— Tchau garanhão! Usem camisinha. — Minnie os provocou quando eles já estavam longe. — E vocês dois? Quando vão assumir o namoro.

— Não tem namoro nenhum Min-ssi. — Soobin falou calmo – lê-se irado – enquanto tirava o braço ao redor de Beomgyu. — Tchau?

— Tchau seus idiotas! — Minnie falou e saiu em direção ao metrô com Sunoo.

— Vai fazer o que?

— Tô de cabeça cheia e com muita raiva, só tem um jeito de estravazar isso e vai ser transando. — Falou sorrindo com a cara de nojo de Soobin. — O que foi? Todo mundo vai fazer um dia.

— Sim, vai, mas não precisa ser tão vulgar assim não, é chato Choi Beomgyu! — Falou simulando um possível vômito. — Tchau seu nojento!

— Tchau Binnie-hyung! — Soobin parou o caminho.

— Espera, você é mais velho que eu, por que tá me chamando de hyung? — Beomgyu sorriu.

— Me acostumei, e sai bem melhor não acha, hyung? — Soobin sorriu achando aquilo fofo.

— Sim Gyu-hyung, tchau! — Beomgyu acenou em resposta e quando estava sozinho, caminhou para casa.

Beomgyu estava parado em frente a sua casa, percebendo que não conseguia se sentir em casa, a sensação boa de estar em casa só vinha quando estava na casa de Yeonjun ou um dos seus amigos, mas a sua casa não era a sua casa.

A cada passo Beomgyu ficava mais longe do mundo, a cada passo sua respiração ficava mais densa, a cada passo ele via que não tinha como fugir, e ele queria tanto isso.

Beomgyu tocou na campainha, e logo uma empregada qualquer abriu a porta, Beomgyu passou direto por ela, e correu pelas escadas até seu quarto, mas antes de tocar na maçaneta, as mãos frias e grandes de seu pai lhe alcançaram e lhe empurraram ao chão, Beomgyu sentiu sua cabeça bater na parede do corredor, e com a visão embaçada pela queda, não conseguiu correr pra se defender da sequência de socos fortes que foram desferidos em seu estômago, o deixando sem ar algum.

— Seu imprestável! Some dias e acha que é só chegar e se trancar no quarto?! — Disse parando os socos, Beomgyu tentava a todo custo se levantar, mas não conseguia, sua visão estava turva, seu corpo doía, e sua mente estava em branco. — Sua mãe tava tão preocupada! E eu também, pensei que ía perder meu brinquedo pessoal!

Beomgyu quis vomitar, mas ele não havia comido nada, sua barriga estava vazia, este fato fazia com que não tivesse forças para fazer algo.

Logo a mesma empregada de antes, apareceu de cabeça baixa e nariz vermelho, dizendo baixo que um homem importante veio, provavelmente um dos negócios da empresa de seu pai.

A empregada desceu correndo as escadas e sem ser percebida, subiu do mesmo jeito com uma caixa de primeiros socorros, por sorte, sua mãe era enfermeira e lhe ensinou a cuidar do tipo de machucados que Beomgyu acaba de receber.

Com custo, conseguiu o levantar e o levar ao quarto dele, observou ao redor vendo vários pôsteres da Bebe Rexha, Billie Eilish e Ed Sheeran, sorriu mínimo, Beomgyu parecia ser que nem outro adolescente, mas sua vida não foi feita para ele ser normal que nem os outros.

A empregada em silêncio, tirou a parte de cima do uniforme do garoto e limpou seus machucados, Beomgyu a observava de longe, normalmente era sua mãe ou até mesmo ninguém que lhe ajudava a se cuidar, por isso olhou atenciosamente aquela empregada, tal que ficou incomodada, mas o pensamento de que poderia viver um dorama com o filho de seu chefe lhe invadiu e ela sorriu boba.

— Por que tá me ajudando? — Beomgyu perguntou, sua voz estava rouca, mas mal dava para se ouvir.

— Eu sou nova aqui e não te conheço, também não sei o por que mas não podia te deixar ali caído. — Disse tímida, passando uma pomada em sua barriga. — Por que não o denúncia? Deveria fazer isso e se livrar desse monstro. — Pronunciou mais calma e séria.

— Eu sei, mas ainda não tenho coragem, me falta algo que eu não sei. — Disse sincero, a empregada lhe olhou e antes de continuar a limpar seus machucados, perguntou:

— Você tem alguma namorada? — Beomgyu abaixou o olhar e sorriu mínimo, a empregada deixou escapar um suspiro fraco.

— Não tenho namorada. — A empregada sorriu mais boba em deixar o sorriso sair dali, jogou todas as inseguranças de lado e continuou a limpeza. — Mas, eu tenho um namorado. — Disse vendo o empregada parar novamente e lhe olhar surpresa. — Não conta isso pra ninguém, ok?

— Uhum, desculpe se eu fui intrometida. — Disse ficando tímida novamente.
Ficaram em silêncio após isso, a empregada finalmente terminou de cuidar de seus machucados.

— Obrigado.. — Parou a fala e a empregada sorriu tímida.

— Suzy, sou do Canadá. — Beomgyu sorriu tímido.

— Obrigado então Suzy do Canadá! — Beomgyu tentou se levantar e logo conseguiu. — Eu vou sair com o meu namorado, pode me dar cobertura pra sair?

— Como quiser senhor Choi!

Após um tempo se arrumando, colocando um cropped largo da cor vermelho neon, que mostrava sua barriga, que ficava coberta por uma blusa preta, e uma calça de couro preta também, sua maquiagem pesada com os olhos borrados propositalmente, e acessórios que compunham o seu visual, Beomgyu pulou a janela do quarto e pelos telhados saiu de lá.

Carregava uma bolsa também, onde tinha a maquiagem pra retocar e seu celular junto a uma boa quantia de dinheiro também.

— Senhor Choi? — Beomgyu sorriu quando ouviu um suspirar do outro lado da linha. — Pode ir até a Interlux? Queria te ver lá.

Beomgyu? Aonde você tá gatinho. — Beomgyu sorriu bobo com a voz grave do outro.

— Interlux, chegue logo!

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𝘀𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗽𝗿𝗼𝗯𝗹𝗲𝗺𝗮𝘀 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮𝗿𝗲'𝘀 - 𝗵𝗶𝗮𝘁𝘂𝘀Onde histórias criam vida. Descubra agora