PERGUNTADOS feat. Denkizin da Trovoada

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Ao som de seus aplausos, eu entro de braços abertos e um enorme sorriso, cumprimentando-os com uma reverência antes de continuar a andar pelo cenário, desta vez, do The Noite com Danilo Gentili. Uso uma regata com ombreira preta, uma calça social bege de cintura alta, um coturno — sim gente, eu herdei isso do Hitoshi — preto, uma corrente dourada, anéis dourados e enormes argolas nas orelhas, com meu cabelo cacheado completamente solto. De maquiagem, uso apenas um delineado simples e um brilho labial, optando pelo lado mais natural da coisa.

Me sento em minha mesa, admirando com muito louvor minha caneca preta de café, enquanto espero todos vocês se acalmarem da euforia. Quando finalmente calmos, tomo um gole do meu café amarguíssimo e começo a introdução.

— Sejam todos muito bem-vindes à este belíssimo Ask feito com muito amor e carinho! — Abro um sorrisão, olhando todos vocês com certa ansiedade. — Antes de tudo, eu queria dizer umas palavrinhas, sabe? Queria agradecer a todos vocês por terem acompanhado até aqui, sério, eu estava jurando que este segundo livro seria um flop total, mas vejam só, estamos agora em mais de 6K de leituras! Sério, vocês são incríveis, amo vocês. 

Vocês aplaudem ainda mais alto do que antes, e eu me seguro toda para não deixar nenhuma lágrima escorrer e borrar minha maquiagem. Mas né, vocês sabem como é difícil não se emocionar nessas horas.

— Bom, bom, vamos lá. — Ajeito minha postura, jogando meu cabelo para trás por um instante e focando em vocês. — No primeiro livro, nós também tivemos um especial em comemoração aos 5K, e nele nós entrevistamos o Hitoshi, certo? Bem, eu não achei muito interessante trazê-lo aqui mais uma vez, tendo em vista que o nosso ilustre protagonista teve uma mudança radical em dez longos anos. Então, com vocês, amigos e amigas… Kaminari Denki, vulgo Denkizin da Trovoada!

Ouço vocês entrando em loucura, ao mesmo tempo em que Kaminari entrava e acenava para todos animadamente, com um enorme sorriso. Provavelmente deve estar chapado, no mínimo. 

Seus cabelos estavam lindamente soltos, mas bem mais arrumados; usava roupas sociais pretas com o destaque de um sobretudo amarelo, junto de seus óculos escuros. Usava também anéis grandes e dourados. Gente, esse cara está parecendo um mafioso, não um artista mercenário viciado.

Me levanto e vou toda pomposa cumprimentá-lo com um aperto de mão, apontando para o sofá ao lado de minha mesa para que ele se sentasse, e assim ele fez, retirando seus óculos e passando a mão pelos cabelos de maneira elegante, jogando-os para trás enquanto me encarava.

Eu? Eu estou completamente surpresa com o poço de vaidade que criei.

Volto a me sentar, nem cogitando entregar uma caneca de café pra ele, mas sim, uma com suco de laranja natural, cheio de vitamina C. Até pensei em fazer uma vitamina de abacate, mas esse doido aqui tem uma relação de amor e ódio com ela, então, na dúvida, vai o suquinho mesmo.

— Antes de começarmos com as perguntas, eu queria que você desse algumas palavrinhas. — Ele acena positivamente com a cabeça. — Como se sente estando aqui, vendo toda a repercussão que a história da sua vida teve?

— É bem desesperador saber que tem um monte de maluco ficando ainda mais dodói da cabeça me acompanhando. — Ambos soltam algumas risadinhas, mas então nos calamos. — Mas também… também é desesperador porque eles estão vendo tudo. Tudo o que penso, faço, fiz, passei… não é algo normal, sabe? É como se sentir exposto para o mundo todo em coisas que eu não conto nem para os meus melhores amigos.

— É complicado… — Estreito meus lábios, me sentindo impactada pelo o que ele falou. — Você deve imaginar que recebe vários comentários te apoiando e, ao mesmo tempo, repudiando coisas que você faz e fala. Como se sente com isso?

Purplish Vampire IIOnde histórias criam vida. Descubra agora